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Estudo - 1

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PROJETO
múLTIPLO
Cláudio Vicentino
Gianpaolo Dorigo
José Vicentino
História
Ensino Médio
VOLUME
,
UNICO
Parte
editora scipione
PROJETO
múLTIPLO
História
Ensino Médio
Cláudio Vicentino
Bacharel e licenciado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo. Professor de História em
cursos pré- vestibulares e de Ensino Médio. Autor de obras didáticas e paradidáticas para Ensino
Fundamental e Médio.
Gianpaolo Dorigo
Bacharel e licenciado em História pela Universidade de São Pau lo. Mestre em Filosofia pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo. Professor de História em cursos pré-vestibulares e de Ensino
Médio. Autor de obras didáticas.
José Vicentino
Bacharel e licenciado em História pela Pontifícia Universidade Católica (PUCl. Professor de História
em cursos de Ensino Fundamental. Médio e pré-vestibulares.
LIVRO PARA
ANÁLISE DO
PROFESSOR
editora scipione
VENDA PROIBIDA
editora scipione
Diretoria editorial: lidiane Vivaldini Olo
Editaria de Ciências Humanas: Heloisa Pimentel
Edição: Vanessa Gregorut
Colaboração: André Nicácio, Carina Carvalho
Supervisão de arte e produção: Sérgio Yutaka
Edição de arte: Eber Alexandre de Souza
Equipe de arte: Mauro Roberto Fernandes,
Claudemir Camargo, Fábio Cavalcante
Supervisão de arte e criação: Didier Moraes
Coordenação de arte e criação: Andréa Dellamagna
Design gráfico (c,pa • miolo): UC Produção Editorial e Andréa Dellamagna
Grafismos: Shutterstock/Glow lmages
(utilizados na capa eabenuras de capltulos e seções)
Gerência de revisão: Hélia de Jesus Gonsaga
Equipe de revisão: Rosângela Muricy (co0<d.); Ana Paula Chabaribery Malta,
Gabriela Macedo de Andrade, Gloria Cunha ePatrícia Travanca: Flávia Venézio dos Santos c...09.1
Supervisão de iconografia: Sílvio Kligin
Pesquisa iconográfica: Carlos Luvizari, Denise Duranol Kremer,
Evelyn Torrecilla e Claudia Cristina Balista (a«i<tl
Tratamento de imagem: Cesar Wolf e Fernanda Crevin
Foto da capa: Universal History Archive/The Bridgeman Art library/Keystone \Pane o
Direitos desta edição cedidos à Editora Scipione S.A.
Avenida das Nações Unidas, 7221, 3' andar, Setor D
Pinheiros - São Paulo - SP - CEP 05425-902
Tel.: 4003-3061
www.scipione.eom.br/atendimento@scipione.eom.br
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Vicentino, Cláudio
Projeto Múltiplo: história, volume único 1
Cláudio Vicentino, José Vicentino, Gianpaolo Dorigo.
-· São Paulo: Scipione, 2014.
1. História (Ensino médio) LVicentino, José.
li. Dorigo, Gianpaolo. Ili. rnulo.
14-07955
CDD-907
Índice para catálogo sistemático:
1. História: Ensino médio 907
2014
ISBN 978 85 262 9394-6 (AL)
ISBN 978 85 262 9395-3 (PR)
Código da obra CL 738775
CAE 502788 (Al)
CAE 502789 (PR)
3' edição
1ª impressão
Impressão e acabamento
Uma publicação .
Abril
EDUCAÇÃO
Ensino Médio é a época na qual a maioria dos adolescentes faz uma
escolha que os acompanhará por toda a vida : a da profissão que
desejam seguir.
Além da profissão, a escolha da universidade também é um fator
decisivo para o seu futuro sucesso profissional. E, para que você tenha um bom
desempenho no exame vestibular da universidade que escolher, além de conhecer
muito bem todo o conteúdo do Ensino Médio, você deve ter uma ótima habilidade em resolver exercícios. Por esse motivo, este caderno reúne mais de 200 questões das mais variadas e renomadas universidades do país, questões de níveis
complexos, que, no todo, represent am um momento único de preparação para o
vestibular. Para auxiliá-lo com as resoluções, cada sequência de exercícios de um
mesmo tema é preced ida por quadros-resumos que sintetizam os principa is tópicos do conteúdo.
Encare o período de estudo com este caderno como oportunidade de aperfeiçoar sua capacidade de resolver exercícios de forma rápida e segura.
Utilize este caderno como um instrumento de aperfeiçoamento de suas habilidades e não desista dos seus sonhos.
Bons estudos!
•
..
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Sumário
Vestibular em foco ................................................ 5
Bastidores da História ........................................................... 6
Os primeiros agrupamentos humanos ................................. 10
As mais antigas civilizações: a Mesopotâmia ......................... 15
As mais antigas civilizações: o Egito .................................... .. 18
Antigas civilizações: orientais, da África e da América ............. 21
A Grécia antiga: das origens ao Período Arcaico ....................... 25
A Grécia antiga: Períodos Clássico e Helenístico ........................ 29
Roma: das origens à crise republicana .................................. 34
Roma: período imperial ...................................................... 40
O Império Bizantino ............................................................ 46
O Islã e o mundo após o século V ......................................... 50
Surgimento da Europa: a Alta Idade Média ........................... 54
As Cruzadas da Europa medieval. ......................................... 58
O renascimento comercial e urbano medieval. ....................... 62
A cultura medieval europeia ................................................ 66
As relações de poder na Europa ocidental medieval ............... 70
Desafio .........................................................................1s
Respostas ..................................................................... 79
Significado das siglas................................................ 88
Vestibular
em foco
TEMA 1
~
BASTIDORES DA HISTORIA
A escrita da História ontem e hoje
Durante o século XIX
Renovação no século XX
• O saber e o ensino de História privilegiavam os fatos
políticos e os feitos de "grandes homens".
• Ampliação das abordagens e temáticas, dos documentos considerados fontes históricas e do próprio papel
do historiador.
• A escrita tinha f unção de sustentar e legitimar as
nações que nasciam ou se consolidavam.
• Toda atividade humana é objeto da história (noção de
História totall.
• Os documentos oficiais escritos muitas vezes eram
entendidos como a única e verdadeira versão dos
acontecimentos.
• Leitura do passado com base em indagações e
problemas postos pelo presente.
A construção do conhecimento histórico
O historiador: um leitor do passado com os olhos do presente.
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Preocupações com o presente
( - - - - -)
Interpretação do passado
Relações de poder
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Método
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Tempo histór ico:
diferentes durações
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Fotografias
Outros
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Periodização:
expressa valores de
uma sociedade.
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J --
Vestígios materiais
Idade Antiga: da invenção da escrita (cerca de 4000 a.C.l até a desagregação
do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C.
Idade Medieval: de 476 até a tomada de Constant inopla pelos turcos
otomanos. em 1453.
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Idade Moderna: de 1453 até 1789, data do início da Revolução Francesa.
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1
Idade Contemporânea: de 1789 até os dias de hoje.
6
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1
I
Eurocentrismo:
determinou a
periodização
predominante hoje.
Exercícios
1.
{UPE)
A diversidade dos testemunhos históricos é quase infinita. Tudo o que o homem diz ou escreve, tudo o que
fabrica, tudo o que toca pode e deve informar sobre ele.
BLOCH, Marc. Apologia da História ou o ofício de historiador. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001, p. 79. (Adaptado).
Sobre as fontes hist óricas, com base no t exto acima,
assinale a alternativa CORRETA.
a) O pensa mento marxist a aboliu a ut ilização de font es escri tas nas pesquisas históricas.
b) A afirmação do text o sint etiza a nova perspectiva
historiográfica sobre as fontes históricas.
c) Os utensílios produzidos pelo homem se enquadram como registros arqueológicos e não como
fontes para o hist oriador.
d) Ma rc Bloch, no text o, defende a primazia das f ontes escri tas.
e) A escola posit ivista foi a prim eira a fazer uso da
chamada história oral.
2. {UFU-MG)
[...] devia ser um ponto capital para o historiador reflexivo mostrar como no desenvolvimento sucessivo do
Brasil se acham estabelecidas as condições para o aperfeiçoamento de três raças humanas [...).
MARTIUS, Carl F. Ph . von. "Como se deve escrever a História do Brasil".
ln:
de direito entre os autóctones do Brasil. Belo
--·- --. O estado
Horizonte: Itatiaia; São Pau lo: Edu sp, 1982. p. 89.
Considerando o text o, escrito por von Marti us e publicado em 1845 pela Revista do Instit uto Histórico e
Geográfico Brasileiro, assinale a alt ernativa correta.
a) O autor demonstra que o branco português não
obt eve participação tão signifi cat iva na formação
hist órica do Brasil quanto o africano ou o indígena.
b) O autor procura, em uma perspectiva evolut iva da
humanidade, demonstrar que a hist ória do Brasil
é o resultado do cruzament o gradat ivo ent re brancos, indígenas e af ricanos.
c) O aperfeiçoamento das t rês raças no Brasil é resultado de um conjunto de políticas de branqueamento populacional, ao mesmo tempo em que se extinguem as populações af rica nas e ind ígenas.
d) O branco t eria que aprender a cult ura e a língua
do indígena para sobreviver no Brasil, assim como
deveria aprender a cultura do t rabalho com o af ricano para desenvolver- se economicamente.
3. (UFSM-RS) Leia os t extos:
Texto I
A intensa radiação solar na região equatorial é responsável direta pelas altas taxas de evaporação da água de sua
superfície, levando à formação de massas de ar quente e
úmido que condicionam os altos índices pluviométricos
observados. Assim, elevadas temperaturas, intensa radiação
solar e muita chuva caracterizam o clima das regiões tropicais e nos Jazem entender as luxuriantes formações fio-
restais e as riquezas dos recifes de corais típicos dessas latitudes. Esses fatores reunidos explicam, ainda, a elevada
produtividade associada aos referidos ecossistemas.
UZUNIAN 8, BIRNER. Biologia. São Paulo: Harbra, 2007. p. 820.
Texto li
É seguramente fácil
encontrar casos de correlação ín tima entre um Jato geográfico e um Jato social. A contiguidade• de duas regiões, planície e montanha, onde a
ordem dos trabalhos não é a mesma e onde as colheitas
amadurecem em datas diferentes, torna disponíveis os
trabalhadores que alugarão periodicamente seus braços.
A presença de uma grande cidadeJaz nascer à sua porta
cultivas especiais, associados a hábitos igualmente especiais, como o dos horticultores. A ocorrência bem localizada de um produto de primeira necessidade pode engendrar consequências sociais e políticas.
VIDAL DE LA BLANCHE, Pa ul. As condições geográficas dos Jatos sociais.
Disponível em: <www4.fct .unesp.br/raul/saude_ ambiental/
cond icoes_geogra fica s_faros_ socia is.pdf >.
·contiguidade= proximidade, vizinhança.
O desenvolvimento das ciências neste século XXI oferece uma variedade de explicações sobre os processos que
envolvem as relacões
entre os seres humanos e os ecos,
sistemas. A História, ciência social, na medida em que
est abelece o diálogo e o debate com os demais campos
do conhecimento científico, pode confrontar explicações
e buscar novas e mais abrangentes formas de entender
o conjunto dos processos que envolveram as ações humanas ao longo do tempo e nos diversos espaços.
Como se pode perceber, através das informações da
Biologia e da Geografia nos t extos apresentados, essa abertura é possível e necessári a, porque a História
é uma ciência cada vez mais
a) pragmát ica.
d) interd isciplinar.
b) experimental.
e) f actua l.
c) t eórica.
4. (UPE) A Hist ória é uma área do conheciment o, que
sofreu várias inovações metodológicas no século XX.
Essas inovações provocaram mudanças que estão
ligadas à eclosão da Escola dos Annales. Nessa perspectiva, é correto afirmar que:
a) a Escola dos Annales reafirmou os post ulados positivistas, reforçando uma história política como a
única perspect iva de análise da sociedade.
b) a prod ução cult ural humana assim como as mentalidades, o imaginário, o cotidiano e a cu ltura
popular foram vistos como novos int eresses de
estudo dos historiadores.
c) a análise econômica desaparece da pa uta de temáticas estudadas pela Hist ória após o advent o
dos Annales.
d) a única preocupação dos historiadores influenciados
pelo pensamento dosAnnales se refere à cultura.
e) não existem ainda hoj e ecos do pensa mento dos
Annales nos estudos sobre a hist ória do Brasil.
Vestibular em foco
7
5. (Osec-SP)
Se o conhecimento da História nos apresenta uma importância prática, éporque nela aprendemos conhecer os homens
que, em condições diferentes e com meios diferentes, no mais
das vezes inaplicáveis à nossa época, lutaram por valores e
ideais análogos, idênticos ou opostos aos que possuímos hoje; o que nos dá consciência de Jazer parte de um todo que
nos transcende, a que no presente damos continuidade e que
os homens vindos depois de nós continuarão no porvir.
A consciência histórica existe apenas para uma atitude que ultrapassa o eu individualista; ela é precisamente
um dos principais meios para realizar essa superação.
GOLDMAN, Lucien.
De acordo com o texto, podemos afirmar que:
a) a Hist ória é im portant e porque fornece à atua lidade os meios de resolver seus problemas;
b) o estudo da História mostra a universalidade e a
identidade dos valores e ideais humanos;
c) tem consciência o homem que con hece os fatos
históricos de sua época;
d) a consciência histórica existe na medida em que o homem é capaz de se reconhecer no processo histórico;
e) a importância prática da História se relaciona com
o estudo e o conhecimento do presente.
6. (U FC-CE)
A História humana não se desenrola apenas nos cam pos de batalha e nos gabinetes presidenciais. Ela se desenrola também nos quintais entre plantas e galinhas,
nas ruas de subúrbios, nas casas de jogos, nos prostíbulos,
nos colégios, nas usinas, nos namoros de esquinas.
GULLAR, Ferreira.
No que refere ao fat o hist órico e à produção do conhecimento histórico, é correto afirmar que:
a) o fato histórico não tem que ser, necessariamente,
um grande acontecimento; ele também se faz no
cotid iano das pessoas.
b) a missão do historiador é, a partir dos documentos
primários; estabelecer os fatos históricos e estudá·
-los em sua li nearidade.
c) o traba lho do historiador é mostrar os fatos como
realmente ocorreram, não cabendo uma abordagem crítica.
d) a nova História tem-se preocupado, basicamente,
em gerar uma produção histórica objetivando contestar a interpretação marxista da História.
e) a história marxista enfoca fatos históricos protagon izados por "heróis", reforçando a ideologia da
classe dominante.
7. (UnB-DF) Pode-se dizer em relação à História que:
(O) Hoje, ela está voltada preferencialmente para o
estudo dos grandes fatos políticos, com destaque
para a biografia dos governantes.
(1) Tendo em vista sua atual opção por compreender
globalmente a sociedade, a Hist ória não mais se
preocupa com a investigação dos eventos.
(2) Ao contrário do que ocorreu no século passado,
8
Caderno de estudo
hoje a História busca um caminho próprio, desvinculado das demais ciências sociais.
(3) A chamada História Nova recusa -se a admitir a
Hist ória como ciência do passado e a "reduzir o
presente a um passado incoativo".
(4) O estudo das fontes e a crítica dos documentos
são partes fundamentais do processo de produção
historiográfica.
8. (UFPA)
Os judeus tinham que usar uma estrela amarela, [...] tinham que entregar as bicicletas, (...) não podiam andar de
bonde, [... ]ficavam proibidos de dirigir automóveis.[...] só
podiam fazer compras das três às cinco horas e só em casas
que tivessem placa dizendo 'casa israelita'. Os judeus deviam
recolher-se às suas casas às oito da noite [.. .]. Ficavam proibidos de ir a teatros, cinemas e outros lugares de diversão.
FRANK. Anne. Diário de uma jovem. São Paulo: Ed it ora M érito S. A.,
1958, p. 14, 3@ edição.
Esse trecho, que foi retirado do diário de uma adolescente judia prisioneira num campo de concentração,
na Alemanha, onde morreu em 1945, revela
a) poucas e distorcidas informações para se compreender o que foi a 2ª Guerra Mundial.
b) detalhes das perseguições sofridas pelos judeus
na Alemanha, durante a 1ª Guerra Mundial.
c) ideias falsas, pois os alemães não podiam abrir
mão do dinheiro que os j udeus gastavam em locais
como cinemas e teatros.
d) aspectos importantes para nossa compreensão
acerca das perseguições sofridas pelos judeus, desde a 2ª Guerra Mundial até os anos de 1960, com
o fim do apartheid.
e) a importância desse diário como documento histó·
rico que registrou, para a posteridade, a perseguição
sofrida pelos j udeus durante a 2ª Guerra Mundial.
9. (UFPE) Ent re as diversas concepções que norteiam os
estudos históricos, destaca-se a Nova História, a qua l:
( ) compreende a História como a ciência que estuda os fatos ocorridos no passado humano, utilizando como suporte para a construção desse
conhecimento apenas as fontes escritas.
( ) tem como foco de análise a evolução das sociedades humanas e as mudancas
ocorridas através
•
dos movimentos sociais, utilizando como testemunhos principais os documentos manuscritos.
( ) corresponde a uma concepção surgida no século XIX, que acredita ser a História mestra da vida,
constituindo-se uma ciência por possuir objetos
e métodos próprios de análise.
( ) surgida no início do sécu lo XX, consiste no estudo da História como uma área do conhecimento
humano de caráter mu lt idisciplinar, que rompe
com a "História na rrativa", postulando a "H istória problema".
( ) defende a ideia de que a realidade social é culturalmente constituída, compreendendo-a em suas
múltiplas dimensões, utilizando-se de uma gama
variada de fontes ou testemunhos históricos.
12. (Fesp-PE) A História é marcada por cont inuidades e
10. (UFBA)
O Estado deve ser fundamentalmente diferenciado
da Nação, porque o Estado consiste em uma organização
política, um poder independente no plano externo, e supremo no interno, provido de recursos humanos efinanceiros para sustentar sua independência e autoridade.
Não podemos identificar o primeiro com a segunda, como
se costumava Jazer, até entre os próprios patriotas catalães, que falavam ou escreviam sobre uma nação catalã
no sentido de um Estado catalão independente. [...] .
{CASTELLS, 1999, p. 60}.
O conceito em aná lise, contido no t exto, permi te reconhecer como Estado
(01) os reinos e os impéri os da Antiguidade, visto constituírem organizações políticas dirigidas por governos geralmente autoritários, apoiados no poder da
classe dominante e na força militar, a fim de garant ir as conquistas e a defesa de ameaças externa s.
(02) os feudos da Europa medieval, por terem conservado as f ronteiras e a divisão política vigentes no
antigo Império Romano do Ocidente.
{04) as form ações políticas que se const ruíram na Idade Moderna eu ropeia, por possuírem fronteiras
defin idas, território unificado, sistema de leis e de
justiça organizados, língua oficial predominante,
moeda única e governo centralizado sob a forma
de monarquias ou oliga rquias aristocráticas.
{08) os rei nos da Itália {1860) e da Alemanha {1871),
depois das lutas t ravadas interna e externamente,
por alcançarem a unifi cação dos seus respectivos
t erri tórios, fator indispensável à concepção do
Estado e ao reconhecimento de sua existência por
outros países europeus.
(16) a Nação Palestina, cujos cidadãos, dispersos no
Egit o, no Irã e em campos de refugiados da Síria,
t êm ut ilizado métodos pacifista s, pa ra manterem
o status de Estado, j á reconhecido pela ONU desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
{32) a Organização dos Estados Americanos {OEA), por
aglutinar todos os países da América e por estar
submet ida aos princípios da Doutrina Monroe.
11. {Unioeste-PR) Sobre a História, enquanto disciplina,
é INCORRETO afirma r que
a) construir a hist ória é uma tarefa de investigação
e o historiador a faz media nte o estudo desinteressado e neut ro dos vestígios que documentam
a atividade huma na.
b) o hist oriador formul a as perguntas a serem feitas
aos documentos selecionados e ele o faz com base em sua cultura e suas escolhas.
c) muitos historiadores, até meados do século XX,
privilegiavam o estudo do documento escrito e
davam preferência aos documentos oficiais.
d) os documentos escritos ainda são considerados
fontes f unda mentais para a compreensão dos fa tos, mas, nas últi mas décadas, a noção de documento se ampliou.
e) o estudo das fontes e a crít ica dos documentos são
partes fundamentais do processo de investigação
histórica.
descontinuidades que most ram as dificuldades encontradas pelos homens na sua luta para construir
sua cultura. Para compreender esses processos, o
historiador deve considerar que:
a) cada cultura é um ref lexo das vontades e das necessidades individuais dos povos, sendo important e destacar que as conquistas materiais det erminam mecanicamente a maneira de sent ir a pensar;
b) os processos históricos são um conjunto de comport amentos que se repetem, criando cult uras
com est ruturas semelha ntes;
c) a análise dos fatos históricos exige critérios t eóricos
e metodológicos, para que se possa ter uma melhor compreensão do que aconteceu;
d) a História é um conjunto de fatos que jamais se
repetirão, onde o papel das grandes personalidades merece destaque especial, para que se chegue
a uma verdade definitiva;
e) os povos produzem suas histórias determinadas pelos
seus desejos e pelas suas necessidades, mas não conseguem se libertar do domínio das forças da natureza.
13. {U FRN) No text o abaixo, o historiador grego Tucíd ides
apresenta elementos essenciais da constituição da
História como disciplina cient ífi ca.
Os homens [comuns], na verdade, aceitam uns dos
outros relatos de segunda mão dos eventos passados,
negligenciando pô-los à prova. [...]
Quanto aosfatos da guerra, considerei meu dever relatá-los, não como apurados através de algum informante
casual nem como me parecia provável, mas somente após
investigar cada detalhe com o maior rigor possível, seja no
caso de eventos dos quais eu mesmo participei, seja naqueles a respeito dos quais obtive informações de terceiros. O
empenho em apurar os Jatos se constitui numa tarefa laboriosa, pois as testemunhas oculares de vários eventos
nem sempreJaziam os mesmos relatos a respeito das mesmas coisas, mas variavam de acordo com suas simpatias
por um lado ou pelo outro, ou de acordo com sua memória.
Pode acontecer que a ausência dofabuloso em minha narrativa pareça menos agradável ao ouvido, mas quem quer
que deseje ter uma ideia clara tanto dos eventos ocorridos
quanto daqueles que algum dia voltará a ocorrer em circunstâncias idênticas ou semelhantes em consequência de
seu conteúdo humano, julgará a minha história útil e isto
me bastará. Na verdade, elafoifeita para ser um patrimônio sempre útil, e não uma composição a ser ouvida apenas
no momento da competição por algum prêmio.
Segundo o texto,
a) a pretensão de o historiador possuir a verdade é
ilegít ima, j á que ele tece a narra t iva com elementos de segunda mão.
b) o historiador, para enriquecer a narrativa, deve recorrer ao auxílio de fábulas.
c) o t estemunho baseado na memória garant e acredibilidade do relato histórico.
d) a História é defini da como um saber que, através
da apuração ri gorosa dos fatos, tem relação privilegiada com a verdade.
Vestibular em foco
9
TEMA2
OS PRIMEIROS AGRUPAMENTOS HUMANOS
Pré-História
Periodização
1
1
'41
Origens
1
'41
Diversas espécies de hominídeos
Idade da Pedra Polida
Idade da Pedra Lascada
• nomadismo
• prática da agricultura e criação
de animais
• abrigos provisórios
• seminomadismo e sedentarismo
• instrumentos de pedra. ossos e.
possivelmente, madeira lascados
• moradias fixas
• coleta. caça e pesca
1
'+'
A origem do ser humano !Homo
sapiens sapiensl, na África
--,
• instrumentos de ossos polidos,
cestarias e cerâmica
• bandos pouco numerosos
• transição para a Idade dos Metais
1
• bandos numerosos
1
'41
Grandes mudanças climáticas
e
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G
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"í
Idade dos Metais
,
f!
1
• metalurgia
• organizações soc1a1s m ais numerosas
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2
'41
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-
A expansão humana para
outros continentes
"
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O ser humano na América
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I
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1
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Hipóteses para a chegada do
ser humano à América
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1
1
1
1
Para a América do Sul, pelo oceano
Pacífico, teriam chegado habitantes da
Austrália e das ilhas polinésias (rota menos
aceita no meio científico!.
Pela América do Norte, pelo estreito de
Bering, teriam vindo grupos asiáticos
(a rota mais provávell, que povoaram o
continente.
'
~---------------r--------------- -,
P.ovos e civilizações
Rr.é-colombianas
1
1
1
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y
~
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1
Nativos norte-americanos
Civilizações mesoamericanas e andinas
10
1
,
Nativos sul-americanos
-
,
Exercícios
1. {UFPE} Na Pré-História encontramos fases do desenvolvimento humano. Qual a alternativa que apresenta características das atividades do homem na fase
Neolít ica?
a) Os homens praticavam uma economia coletora de
alimentos.
b} Os homens fabricavam seus instrumentos para
obt enção de alimentos e abrigo.
c) Os homens aprenderam a controlar o fogo.
d} Os homens conheciam uma economia comercial
e já praticavam os ju ros.
e) Os homens cult ivavam plantas e domesticavam
animais, tornando-se produtores de alimentos.
2. (U FG-GO} As pinturas rupestres são evidências materia is do desenvolvimento int elect ual dos seres h um anos. Embora tradicionalmente estudadas pela
Arqueologia, elas ajudaram a redefinir a concepção
de que a História se inicia com a escrita, pois
a) f uncionam como códices velados de uma comunidade à espera de decifração.
b} expressam uma concepção de tempo marcada
pela cronologia.
c) ind icam o predomínio da técnica sobre as forças
da natureza.
d} atestam as relações entre registros gráficos e mitos
de origem.
e) registram a supremacia do ind ivíduo sobre os
membros de seu grupo.
3. (UTFPR} Tradicionalment e, podemos definir a pré-h istória como o período anterior ao aparecimento da
escrita. Portanto, esse período é anterior há 4000 a.e,
pois foi por volta desta época que os sumério s desenvolveram a escrita cuneiforme. Com base nesse ent endimento, qua l a alternat iva que apresenta características das atividades do homem na fase
paleolítica?
a) Os homens aprenderam a poli r a pedra. A partir de
então, consegui ram produzir inst rumentos (lâminas de corte, machados, serras com dentes de pedra mais eficientes e mais bem acabados).
b) Os homens descobriram uma forma nova de obter
alimentos: a agricultura, que os obrigou a conservar e cozinhar os cereais.
c) Semeando a terra, criando gado, produzindo o próprio alimento, os homens não t inham mais por que
mudar constantemente de lugar e tornaram -se
sedentários.
d} Os homens conheciam uma economia comercial
e já praticavam os j uros.
e) Os homens ainda não produziam seus alimentos,
não plantavam e nem criavam animais. Em verdade, eles coletava m frutos, grãos e raízes, pescavam
. .
e cacavam
an1
ma1s .
•
4. (Fuvest-SP} Sobre o surgimento da agricultura - e seu
uso int ensivo pelo homem - pode-se afirmar que:
a) foi posterior, no tempo, ao aparecimento do Estado e da escrita.
b} ocorreu no Oriente próximo (Egito e Mesopotâmia)
e daí se difundiu para a Ásia (índia e China), Europa
e, a partir desta para a América.
c) como tantas outras invenções teve origem na China, donde se difundiu até at ingir a Europa e, por
último, a América.
d) ocorreu, em tempos diferentes, no Oriente Próximo (Egito e Mesopotâmia), na Ásia (Índia e China)
e na América (México e Peru).
e) de todas as invenções f undament ais, como a criação de animais, a meta lurgia e o comércio, foi a
que menos contribuiu para o ulterior progresso
mat eria l do homem.
(UEL-PR} Leia o t exto 1, a segui r, e responda às questões 5 e 6.
Texto I
Muitas vezes, o processo de evolução por seleção natural é alvo de interpretações distorcidas. E quando o
assunto é a evolução humana, a distorção pode ser ainda
maior, pois o Homo sapiens é apresentado como o ápice
do desenvolvimento.
As ilustracões
mais conhecidas da evolucão
estão to•
•
das direcionadas no sentido de reforçar uma cômoda
concepção da inevitabilidade e da superioridade humanas. A principal versão dessas ilustrações é a série evolutiva ou escada de progresso linear. Esse avanço linear
ultrapassa os limites das representações e alcança a própria definição do termo evolução: a palavra tornou -se
sinônimo de progresso. A história da vida não é uma escada em que o progresso sefaz deforma previsível e sim
um arbusto ramificado e continuamente podado pela
tesoura da extinção.
(Adaptado de: GOULD, 5. J. Vida m aravilhosa: o acaso na evolução e a
natureza da história. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. p. 23-31.)
A árvore filogenética, representada na figura 2, a seguir, é const ruída com base nas comparações de DNA
e proteínas.
Vestibular em fo co
11
d} Os gorilas são os ancestrais com uns mais recen tes do g ru po forma do por ch impanzés e seres
humanos.
Macacos do Velho Mundo
e) Os macacos do Velho M undo e do Novo M undo
apresentam grande proxim idade filogenética
entre si.
Macacos do Novo Mundo
Chimpanzés
Seres Hum anos
Figura 2: Árvore Filogenética .
5. Com base na análise dessa árvore fil ogenética, assinale a alternativa correta.
6. Com essa noção de progresso, referida no text o 1,
construía-se a crença de que o ser huma no caminha va em direção a um progresso irresistível, e ele próprio
seria o exemplo dessa noção, implicando, por exem plo, a minimização do t raba lho braçal e uma supervalorização das ativ idades int elect uais. Porém, no
século XX, tendências de pensam ento demonst ra ram
que a razão, ao mesmo tempo que é libertadora, tam bém tem a capacidade de subjuga r os homens. Essa
crít ica às concepções modernas da razão foi o sust ent áculo de um moviment o contesta do r e pacifist a,
denomi nado movim ento - - - - - - -
a) O grupo formado pelos lêmures é o mais recente,
porque divergiu há m ais tempo de um ancestral
comum.
Assinale a alternativa q ue apresenta o termo que
preenche, corret am ente, a lacuna do enunciado.
a) contracultural.
b} Os chimpanzés apresentam maior proximidade
fi logenética com os gorilas do que com os humanos.
b) m odernista.
c) neoliberal.
c) Os gorilas compartilham um ancestral comum
ma is recent e com os gibões do que com o grupo
formado por chimpanzés e seres humanos.
7.
d) t rabalhista.
e) yuppie.
(UFPE) Para explicar os primeiros aglomerados humanos, no mundo ant igo, leva-se em consideração a combinação
de fatores socia is, dem ográficos, re ligiosos e políticos.
NASCI M ENTO DE CRISTO
PR É-HISTÓRIA
3000 a.e .
476
1453
1789
...
...
<(
ANTIGUIDADE
IDADE M ÉDIA
z
"'
<( o
ºº
UJ UJ
IDA DE
CONTEMPORÂNEA
o ~
Queda do Império Roma no do Ocidente
Revolução Francesa
Tomada de Cons t antinop la
Assinale a alternativa que reúne fatores decisivos para o surgimento da cidade antiga.
a) A sedentarização, a prod ução de excedentes na agricultura e o aparecim ento de ofícios permi t iram a sobrevivência dos homens e o surgimento das cidades.
b) As guerras, o surgiment o da propriedade privada e a re ligião obrigavam o homem a se fi xar e buscar proteção
j unto aos aglomerados.
c) O desenvolviment o do traba lho de artífices como ceramistas, cut eleiros, f erreiros, m arceneiros e a grande desorganização do mu ndo rura l.
d) O monoteísmo subst itu indo o polit eísm o e a necessidade de com ercializar produt os artesanais determi naram
a fi xação do homem em um espaço m enor.
e) A invenção da ro da, o monot eísmo e as grandes const ruções possibil it aram o aumento da população, e com ela,
o êxodo rural.
12
Caderno de estudo
8. (Ufpel-RS)
Texto 1
Em todo o mundo, a leste e a oeste, as populações
começaram a trocar a dependência às hordas de grandes
animais "muitas das quais em rápido declínio" pela exploração de animais menores e de plantas. [... ] Onde as
condiçõesfossem particularmente adequadas [... ], as peças do quebra-cabeça da domesticação se acomodaram
e os coletores transformaram-se em agricultores.
CROSBY, Alfred W. Imperialismo ecológico. São Paulo: Companhia das
Letras, 1993.
Texto2
Os historiadores acostumaram-se a separar a coleta
e a agricultura como sefossem duas etapas da evolução
humana bastante diferentes e a supor que a passagem
de uma à outra tivesse sido uma mudança repentina e
revolucionária. Hoje, contudo, admite-se que essa transição aconteceu de maneira gradual e combinada. Da etapa em que o homem era inteiramente um caçador-coletor passou-se para outra em que começava a executar
atividades de cultivo de plantas silvestres (...] e de manipulação dos animais [...]. Mas tudo isso era feito como
uma atividade complementar da coleta e da caça.
/n: VICENTINO, Cláudio. História para o ensino médio, história gera l e
do Brasil. São Paulo: Scipione, 2005.
Os text os analisam
a) o final do Período Neolítico e se posicionam de
forma convergente quanto ao papel revolucionário
desempenhado pela agricultura e pela domesticação dos animais.
b) o início do Período Neolít ico e divergem entre si a
respeito da existência da Revolução Neolít ica, pois
enquanto um ind ica uma transformação radical,
o outro destaca a simultaneidade da caça, coleta
e agricultura.
c) o início do Paleolítico Inf erior e são contrad itórios
entre si, no que se relaciona aos efeitos da agricultura, dentre eles a sedentarizacão
humana .
•
d) o f ina l do Paleolítico Superior, no momento em
que ocorreu a Revolução Agrícola, ambos afirmando que a caça e a coleta foram suprimidas pela
agricultura.
e) a Transição Mesolítica, e concordam que, com o
cultivo das plantas e a criação de an imais, ocorreu
a suspensão das atividades de caça e coleta, provocando a Revolucão
Neolítica.
•
9. {UFPB) As relações ent re as explicações míticas e as
científicas encontram, na origem da espécie humana,
um dos pontos f undamenta is e controvertidos.
Sobre tais explicações, leia as afirmativas.
1. O livro do Gênesis estabelece, sobretudo para as
tradições religiosas j udaico-cristãs, o mito do
Éden, no qua l viviam Adão, criado por Deus e
feito à sua semelhança, e Eva, criada também
por Ele a partir de uma costela de Adão. Desse
casa l, descenderiam todos os homens. Os partidários dessa explicação são chamados de
CRIACIONISTAS.
li. O livro "A Origem das Espécies", de autoria do naturalista inglês do século XIX, Charles Darwin,
estabelece, nas tradições modernas, a consolidação de uma explicação científica sobre o apareciment o da vida e o surgimento do 'homo sapiens',
que seria resul tado das mutações genéticas adaptativas de símios. Essa explicação ficou conhecida
como EVOLUCIONISTA.
Ili. O conhecimento histórico, baseado nas concepções científicas, demarca o aparecimento da espécie humana no período Pa leolítico ou Idade da
Pedra Lascada, ao que se segue o período Neolítico ou Idade da Pedra Polida e depois o período
da Idade dos Metais, que, reunidos, compõem a
chamada "PRÉ-HISTÓRIA".
Está{ão) correta(s):
a)
b)
c)
d)
e)
apenas 1
apenas li
apenas I e li
apenas li e Ili
1, li e Ili
10. {U FRS) Recentemente, no estado americano de
Arkansas, a teoria da evolução elaborada por Charles Darwin foi retirada dos cu rrículos e t eve proibida a sua utilização. Não obstante, os estudos
pa leontológicos, antropológicos e arqueológicos
vêm possibil itando avanços na compreensão do
período da pré-história, confirmando a existência
de um longo período em que ocorreu o processo
de hom inização. Sobre esse processo, ana lise as
afirmacões
abaixo.
•
1. As mais antigas formas de vida humana registradas pela Paleontologia denominam -se hominídeos, como comprovam os achados dos fósseis
ident ific ados como Australopithecus, Pithecantropus, Sinantropus, entre outros.
li. Os fósseis demonstram que, no curso evolutivo
da Humanidade, mais de um milhão de anos antes de surgir o 'Homo Sapiens', existiram várias
espécies a cam inho da humanização, e as mudanças f ísicas ocorridas ao longo de centenas de milhares de anos propiciaram sua adaptação a qualquer ambiente.
li. As evidências arqueológicas ind icam que a espécie humana não nasceu pronta nem física, nem
cu ltu ralmente. Necessitou de um enorme período de tempo para desenvolver um conjunto de
habilidades técnicas e de conhecimentos que lhe
permitisse elaborar instrumentos de traba lho e
utensílios.
Qua is estão corretas?
a)
b)
c)
d)
Apenas
Apenas
Apenas
Apenas
e) 1, li e Ili.
1.
li.
Ili.
li e 111.
Vestibular em foco
13
11. (UFRGS-RS) A Idade da Pedra cost uma ser dividida em
três períodos: Paleolít ico, Mesolít ico e Neolítico.
Associe as cinco características da Idade da Pedra list adas a seguir, no bloco inferior, aos períodos citados
no bloco superior.
1 - Paleolít ico
2 - Mesolítico
3 - Neolítico
(
) domesticação de animais.
(
) descoberta do fogo.
(
) formas e motivos abstratos na arte.
(
(
) artefatos de pedra lascada.
) difusão da agricultura.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
a)
b)
c)
d)
e)
3 - 1 - 2 - 1 - 3.
1 - 3 - 1 - 2 - 3.
2 - 1 - 3 - 3 - 1.
1 - 2 - 3 - 2 - 1.
3 - 2 - 1 - 3 - 2.
12. (UFPI) Nas últimas décadas o Piau í vem figurando
como um tema obri gatório nas discussões sobre o
primitivo povoamento do territ ório americano, o que
decorre, principal mente, dos achados arqueológicos
da Serra da Capiva ra, no município piauiense de São
Raimundo Nonato. Sobre esse assunto, assinale, nas
alternativas a seguir, aquela que está INCORRETA:
a) Os municípios de São Raim undo Nonat o, no Piauí,
e de Central, na Bahia, detêm os mais antigos vest ígios da presença humana na região nordeste.
b) O acervo arq ueológico de São Raimundo Nonato
é adm inistrado pela FUMDHAM - Fundação Museu do Homem Americano.
c) A arqueóloga Niede Guidon, persona lidade mais
conhecida ent re os profissiona is que atuam junto
ao acervo arqueológico de São Raimundo Nonato,
tem protagonizado, ao longo dos anos, vários
confl itos e polêmicas com o governo do Piauí, com
órgãos federais como o IBAMA e até mesmo, com
nativos do mu nicípio de São Raimundo Nonat o.
d) Os achados arqueológicos de São Raimundo
Non ato, no Piauí, assim como aq ueles encontrados na Bahia, impõem uma revisão das teorias sobre o povoamento da América e não deixam dúvidas quanto à natureza autóctone do
homem americano.
e) Hoje, apesar de ainda ser forte a tese do povoamento da América ter-se dado atra vés do Estreito de Behring, os estudiosos, a partir de acervos
arqu eológicos como os do Piauí, consideram seriamente a hipótese de mú ltiplas correntes de
povoamento. Quanto à data da chegada dos primeiros povoadores, ainda há muitas controvérsias, não estando, em rigor, nada definitivamente estabelecido.
14
Caderno de estudo
13. (UPE) Ent re os nômades, o t raba lho não t em o mesmo
valor que nas sociedades agrárias. Os índios lanomâmi, da Amazônia, desenvolvem suas atividades, em
média, três horas por dia e não va lorizam o trabalho
nem o progresso tecnológico. Os Guaiaqui, caçadores
nômades da floresta paraguaia, passam, pelo menos,
metade do dia em completa ociosidade. Quanto ao
desenvolvimento social, do pensar e do fazer dos primeiros humanos, é correto afirmar que a
a) produção de novas ferramentas de pedra polida
foi a transformação mais importante ocorrida nesse período.
b) fabricação de ferra mentas e a utilização do fogo
evidencia m que a sobrevivência humana não está
diretamente relacionada à adaptação cultural do
homem.
c) abundância de recursos animais e vegetais promoveu a sedentarização do homem.
d) capacidade de conseguir mais alimentos deu ao
homem menor controle sobre o meio ambiente.
e) t ro ca da caça e da coleta pela agricultura ocorreu
de maneira súbita.
14. (UEM-PR)
O primeiro meio pelo qual o ser humano registrou sua
própria existência foi a pedra - as pinturas rupestres mais
antigas, encontradas em cavernas da Espanha, datam de
cerca de quarenta mil anos atrás.
Quando a escrita foi encontrada na Mesopotâmia, em
4.000 a.e., foi preciso um suporte que a tornasse portátil.
A solução foram as tabuletas de argila, pranchas do tamanho de uma folha de papel, gravadas com argila ainda
úmida, usando uma ponta afiada de madeira. Se as tabuletas se destinavam a uso definitivo, eram cozidas em fornos, como vasos de cerâmica - se não, eram apagadas. Um
estilo de escrita desenvolvido foi chamado cuneiforme.
(Revista Aventuras na História. Edição 114. Janeiro de 2013. p. 14.)
A partir dessas formas de registro, out ras fora m surgindo e a escrita tornou-se um meio para a transmissão de tradições, t ransforma ndo-se num veículo de
expressão e organização social. Com base na relação
ent re o surgimento da escrit a e a aceleração do desenvolvimento das civilizações, é correto afirmar que:
a) tanto nas primeiras civilizações, quanto nas civilizações vindouras, a escrita possui um papel fun damental na cultura.
b) foi a escrita, à medida em que se t ra nsform ava em
um sistema informacional, a gra nde responsável
pelo surgimento do Estado.
c) não são consideradas "civilizacões"
as sociedades
•
que não desenvolveram a escrita, já que não deixaram registro de sua cult ura.
d) comprovadament e, as civilizações que dominaram
a escrita, tais como a Mesopot âmia e o Egito, tornaram-se superiores às demais, dominando-as.
TEMA3
AS MAIS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES: A MESOPOTÂMIA ..
A origem das primeiras cidades
I
Grupos
nômades:
caça/
coleta.
Neolítico:
agricultura,
domesticação
de animais,
conservação
de alimentos.
-----)
,, -- - .
Aumento da
população.
1
1
1
1
1
1
1
-
--'
Diversificação
econômica e
social.
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1
' ... - - -
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de: cidade's nâ
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Sedentarização e
estabelecimento
em vales férteis.
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·'em outras partes.'r
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-:... ao.mundo;
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-,·.··•·-~,.-_.-,,_,~e;
Política, sociedade e cultura na Mesopotâmia
Características
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• Administração centralizada
• Governo despótico
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E -o
O C11
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• Predomínio agrário
• Divisão social
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Principais
• •
grupos soc1a1s
____ _.,
1
V
V O
LU VI
• Terras
1
• Templo
Características
,
_______ .,.. __
• Palácio
• Teocracia
CII CII
Controle
Instituições
• Elite política/religiosa
• Escravos
---
• Tributação
• Excedentes agrícolas
Principais atividades
econom,cas
A
o
• Agricult ura
• Comércio
• Artesanato
,
Características ou obras principais
Areas
~
:,
• Arquitetura
- - - - - - - - - - -)
• Zigurates (templos/pirãmidesl
:,
• Ciência
- - - - - - - - - - -)
• Astronomia e calendário
• Literatura
- - - - - - - - - - -)
• A epopeia de Gilgamesh
-u
.....
\....
o
111:1
·-·-o,
CII
o::
(
(
Politeísta, associada à política
)
) ----{
)
Templos
Zigurates
15
Exercícios
1. {Ufes) Na Antiguidade Oriental, o modo de produção
asiático caracterizou-se f undamentalmente pelo(a)
a) fracionamento da propriedade fundiária em partes
entregues a nobres da Casa Real.
b) concentração do controle da produção num partido político.
c) apropriação formal da terra pelo Estado e efet iva
pela comunidade camponesa, cujos membros deveriam pagar impostos e prestar serviços ao Estado.
d) emprego da força de traba lho escravo, com um
comércio operoso, controlado por uma burguesia
ativa e numerosa .
e) industrialização acentuada, calcada sobre uma
fa rta e barata força de trabalho servil, amplamente dominada pela aristocracia fundiári a.
2. (Vunesp-SP)
O palácio real constitui naturalmente, na vida da cidade mesopotâmica, um mundo à parte. Todo um grupo
social o habita e dele depende, ligado ao soberano por
laços que não são somente os de parente a chefe defamília, ou de servidor a senhor. [...] Este grupo social é numeroso, de composição muito variada, abrangendo trabalhadores de todas as profissões, domésticos, escribas, artesãos,
homens de negócios, agricultores, pastores, guardiões dos
armazéns, etc., colocados sob a direcão
de um intendente.
•
É que a existência de um domínio real, dotado de bens
múltiplos e dispersos,faz do palácio uma espécie de vasta
empresa econômica, cujos benefícios contribuem para
fundamentar solidamente a força material do soberano.
Aymard; Auboyer, O Oriente e a Grécia - As civilizações imperiais.
a) Como se organizava a vida social e polít ica na Mesopotâmia?
b) Um dos grandes legados da Mesopotâmia foi a
criação do Código de Hamurabi. Quais os principais
aspectos desse Código?
3. (UFC-CE) Leia com atenção as afirm ativas a seguir
sobre as condições sociais, polít icas e econômicas da
Mesopotâmia.
1. As condições ecológicas explica m por que a agricult ura de irrigação era praticada através de uma
organização individua list a.
li. Na economia da Baixa Mesopotâmia, a fome e as
crises de subsistência eram frequentes, causadas pela irregularidade das cheias e também pelas guerras.
Ili. Na Suméria, os t emplos e zigurates foram const ruídos graças à ri queza que os sacerdotes administravam à custa do trabalho de grande parte da
população.
IV. A presença dos rios Tigre e Eufrat es possibilitou o
desenvolvimento da agricultura e da pecuária e
também a formação do prim eiro reino unificado
da história.
16
Caderno de estudo
Sobre as afirmativas ant eriores, é correto afirmar:
a) 1e li são verdadeiras.
b) 111 e IV são verdadeiras.
c) 1e IV são verdadeiras.
d) 1e Ili são verdadeiras.
e) li e Ili são verdadeiras.
4. {UFSM-RS)
[...] E a situação sempre mais ou menos/ Sempre uns
com mais e outros com menos/ A cidade não para, a cidade só cresce/ O de cima sobe e o de baixo desce[... ].
Este t recho da música do pernambucano Chico Science (1966-1997) e grupo Nação Zumbi nos remete à
vida em cidades, processo que passou a ser signif icativo
na hist ória, a partir do 4º milênio a.e., na Mesopotâmia.
Sobre esse processo é correto afirmar:
a) Com o surgimento e crescimento das cidades, houve um progressivo aumento da especialização do
t raba lho e da igualdade social, enfraquecendo o
poder polít ico.
b) A diminuição da produção agrícola assegurou excedentes para a manut enção de especialistas, desenvolvendo a urban ização em cidades-Estado
socialmente desiguais.
c) Apesar da urbanização e das novas tecnologias de
irrigação, mantém-se um Estado de caráter exclusivament e político e que não int ervém na economia, conservando a ordem socia l hierarquizada.
d) A sedentarização do homem, o desenvolvimento
de cidades, a especialização do t rabalho e uma sociedade socialmente desigual levaram à constit uição de polos de poder como o Templo e o Palácio.
e) Mesmo se legitimando através de conquistas milita res ou como mediadores entre o mundo terreno e o mundo divino, os soberanos separaram a
esfera polít ica da religiosa no int uito de conserva r
uma sociedade desigua l.
5. {UFPR) Os zigurates eram construções que serviam
como t emplos e observatórios astronôm icos. Foram
edificados na Antiguidade pelos:
a) egípcios.
d) romanos.
b) mesopotâmicos.
e) gregos.
c) persas.
6. (Fat ec-SP) O Iraque, recent ement e em guerra com os
EUA e Inglaterra, j á foi palco de uma grande civilização
na Antiguidade, a Mesopotâmia.
Desta civilização, inserida na área do Crescente Fértil,
é correto afirmar:
a) teve em Senaqueribe seu mais importante rei, que
além de t ransformar a Babilônia num dos principais
centros urbanos, elaborou o 1º código de leis completo, assentado nas antigas tradições sumerianas.
b) durante o governo de Nabucodonosor foram realizadas grandes construções públicas, merecendo
destaque os "Jardins Suspensos da Babilônia", considerados uma das maravilhas do Mundo Antigo.
c) Nabopalassar, que substituiu Nabucodonosor, não
conseguiu manter o império, que foi conquistado
por Ciro, o Grande, da Pérsia.
d) Assurbanípal, rei dos Assírios, depois de dominar
a Caldeia, mudou a capital do império para a cidade de Ur.
e) com Hamurábi, os sumerianos, vindos do planalto
do Irã, fixaram -se na Caldeia e fundaram diversas
cidades autônomas, como Ur, Nínive e Babilônia.
7. {FCL-SP)
Examine as proposições e responda de acordo com o
código.
1. A região que compreendia a Mesopotâmia, entre os
rios Tigre e Eufrates e atualmente parte do Iraque, foi
habitada entre 3200 e 2000 a.e. por diferentes povos
semitas, entre os quais se incluíam os sumérios.
li. A cidade de Babel, capital do império de Hamurabi, desenvolveu-se e abrigou parte da civilização
babilônica antes do nascimento de Cristo.
Ili. Outro importante rei babilônico, em cujo império
foram construídas grandes obras arquitetônicas,
foi Nabucodonosor, que também viveu antes do
nascimento de Cristo.
a) Todas as proposições são verdadeiras.
b) Apenas as proposições I e li são verdadeiras.
c) Apenas as proposições I e Ili são verdadeiras.
d) Apenas as proposições li e Ili são verdadeiras.
e) Todas as proposições são falsas.
8. (EFCA-MG) A mais antiga coleção de normas penais
econômicas e civis passou à História da Mesopotâmia
com o nome de
a) Código de Hamurabi.
d) Lei das Doze Tábuas.
b) Alcorão.
e) Código de Justiniano.
c) Código de Drácon.
9. {UFPE) Na(s) questão(ões) a seguir escreva nos parênteses a letra {V) se a afirmativa for verdadeira ou {F)
se for falsa. Esta questão versa sobre a ESCRITA:
( ) Na sua fase inicial, 3.SOO a.e., era um desenho estilizado de um objeto, hoje denominado de pictograma.
( ) O ser humano, para exprimir graficamente suas
ações, criou símbolos representativos a que chamamos de ideogramas, cuja invenção data mais
ou menos de 3.200 a.e.
( ) As sociedades ágrafas encontravam -se na fase da
História Antiga; o conceito de civilizacão
não está
,
relacionado com as sociedades que apresentam
um sistema de escrita.
( ) Antes da invenção da escrita, a humanidade já
conhecia o conceito de propriedade privada de
Estado e de classes sociais.
( ) Uma das primitivas formas de representação gráfica - a escrita cuneiforme - surgiu entre os sumérios, povos que habitavam a Mesopotâmia.
10. {Ufes) O código de Hamurabi foi achado em Susa, em
1902. Esse documento constitui:
a) Um legado da civilização egípcia: tratado do Estado egípcio sobre as leis que regulavam a economia
altamente estatizada daquele povo, produzido
entre 2700 e 2400 a.e.
b) Um legado da civil ização sumeriana: compilação
de tratados escritos por diferentes reis da Suméria,
versando sobre as leis que regulavam a vida social
e familiar do povo sumeriano.
c) Um legado da civilização babilônica: princípios de
direito natura l e consuetudinário, escrito pelo rei
da Babilônia, os quais vigoravam entre os povos
conquistados durante seu Império.
d) Um legado da civilização babilônica: princípios religiosos herdados do povo sumeriano, que foram
produzidos, segundo a lenda, pelos deuses babilônicos entre os séculos XV e X a.e.
e) Um legado da civilização egípcia: conjunto de leis
dinásticas escritas entre os séculos XIV e IX a.e., as
quais regulavam o casamento e a propriedade de
terras férteis.
11 . (UFRGS-RS) O atual Iraque obrigou territorialmente a
maior parte da Antiga Mesopotâmia (terra entre rios),
berço de ricas civilizacões.
Entre essas civi lizacões
•
•
encontram-se os sumerianos, os quais se caracterizavam por:
a) apresentar uma comunidade constituída por clãs
familiares independentes, onde a administracão
•
política descentralizada era exercida pelos patriarcas das aldeias;
b) constituir um império duradouro e unificado, imune, graças a suas defesas natura is e a seus grandes
exércitos, aos perigos inerentes às migrações de
sociedades nômades;
c) representar uma sociedade liderada pela oligarquia mercantil e pelos proprietários de navios, cujo
poder e riqueza advinham, sobretudo, do comércio
e do domínio dos mares do Oriente Médio·,
d) provocar uma ruptura embrionária entre a dimensão divina e a dimensão humana da figura real,
dado que o Patesi não era o próprio Deus, como no
Egito, mas apenas seu representante;
e) formar um povo economicamente autossuficiente,
que não praticava relações comerciais com o exterior.
12. (FFFCMPA-RS) Considere o texto abaixo:
Localizada entre dois grandes rios, lá reinaram na
Antiguidade Assurbanipal e Nabucodonosor. A Torre
de Babel, os Jardins Suspensos da Babilônia e o herói
mítico Gilgamesh são algumas conhecidas referências
das manifestações artístico-culturais dos povos que
habitavam essa região. O texto diz respeito à antiga
civilização que se desenvolveu na região que hoje
corresponde ao território:
a) da Etiópia;
d) do Iraque;
b) do Egito;
e) de Madagascar.
c) da Turquia;
Vestibular em foco
17
TEMA4
AS MAIS ANTIGAS CIVILIZAÇÕES: O EGITO
Formação, sociedade e economia do Egito antigo
Revolução Neolítica:
agricultura e domesticação
de animais.
- - - -)
1
Aumento da produção
agrícola, do consumo e
da população.
1
v
v
Fixação das comunidades no vale
do rio Nilo.
Obras hidráulicas:
irrigação e diques.
1
1
1
""
, .,..- -------
Excedentes
agrícolas
Monarquia te ocrática:
a partir da unificação
- --)
(aprox. 3200 a.C.l, Faraó
considerado um deus vivo.
,-----------~-----------,
1
,
1
'
1
1
1
'
\
I
1
-------- ------- ---, '
Necessidade de organização e cooperação
I
1
1
1
e
1
""
)
Cidade
------)
----.----
"----.---
1
v
v
v
Sacerdotes
Funcionários
Exército
Agricultura e
criação de animais
1
1
1
;-- ""
Destacavam- se
os escribas,
conhecedores da
escr ita hieroglífica,
responsáveis
pelos registros
administrativos.
Nova
organização
social
(servidão
coletiva)
1
Campo
Religião
politeísta.
Vida após a
morte; culto
aos mortos;
mumificação.
Artesanato
1
1
1
1
v
v
Comércio
1
1
1
.....,
•
•
___
__• , 1âaâe ae
•
Arquitetura, arte e escrita
g randes avanços nas área s
de arquitetura e engenharia .
Construção de templos
religiosos e funerários
(pirâmides) e de obras
•
hidráulicas. A arte tinha
conotação religiosa. A
escrita se desenvolveu de
três formas: a hieroglífica.
considerada sagrada, a
hierática. uma simplificação da
hieroglífica; e a demótica, mais
recente e popular.
•
Antigo Império (c. 3200 a.C.-2300 a.C.l
Médio Império lc. 2000 a.C.-1580 a.C.l
Novo Império (c. 1580 a.C.- 525 a.C.l
Dominação pelo
Impér io Persa
(525 a.C.I
1
________ .,.. , I
Cultura
18
\
Exercícios
1.
práticos, e o demótico, uma forma simplificada e
popu lar do hierático.
c) praticaram o sacrifício humano como forma de
obter chuvas e boas colheitas, haja vista o território onde se desenvolveram ser desértico.
d) fizeram uso da escrita cuneiforme, que inicialmente foi util izada para designar objetos concretos e
depois ganhou maior complexidade.
e) usaram as pirâmides para fins práticos, como, por
exemplo, a observação astronômica.
(UFSM-RS)
Pintu ra mural no túmulo de Sennedjem, em Tebas (1306-1290 a.C.)
ln: ARRUDA e PILETTI. Toda a História. São Paulo: Âtica, 2008. p. 21.
A ilustração sintetiza a sociedade egípcia. A partir das
informações que ela contém, é possível afirmar:
1. Na base da sociedade, encontrava-se o rio Nilo,
cujas águas pod iam ser aproveitadas pa ra o cu ltivo sem necessidade de técn icas específicas nem
aprimoramento de organ ização social.
li. O ecossistema do Nilo tinha como um dos elementos o sol, o qual está representado na figura de
um deus, com disco solar sobre a cabeça, transmit indo a ideia de que ele ilumina e aquece o rio,
a terra e os homens.
Ili. As árvores frutíferas e as cenas de plantio ecolheita ocupam o centro da pintura, indicando a
importância tanto das águas do rio quanto da luz
da divindade solar para o ecossistema.
IV. A pintura é uma representação alegórica e não
rea lista, não indicando informacão
sobre a estru,
tura política e administrativa (o faraó e seus fun cionários), por isso não serve como fonte para o
estudo da história e sociedade egípcias.
Est á(ão) correta(s):
a) apenas I e li.
b) apenas li e Il i.
c) apenas Ili.
d) apenas Ili e IV.
2. (UFC-CE) Aos egípcios devemos uma herança rica em
cu ltura, ciência e religiosidade: eram habilidosos cirurgiões e sabiam relacionar as doenças com as causas naturais; criaram as operações aritméticas e inventaram o sistema decimal e o ábaco.
Sobre os egípcios é correto afirmar também que:
a) foram conhecidos pelas construções de navios, que
os levaram a conquistar as rotas comerciais para
o Ocidente, devido à sua posição geográfica, perto
do mar Mediterrâneo.
b) deixaram, além dos hieróglifos, outros dois sistemas de escrita: o hierático, empregado para fins
3. (Vunesp-SP) Os Estados Teocráticos da Mesopotâmia e
do Egito evoluíram acumulando características comuns
e peculiaridades culturais. Os Egípcios desenvolveram
a prática de embalsamar o corpo humano porque:
a) se opunham ao politeísmo dominante na época.
b) os seus deuses, sempre prontos para castigar os
pecadores, desencadearam o dilúvio.
c) depois da morte a alma podia voltar ao corpo mumificado.
d) construíram túmulos, em forma de pirâmides truncadas, erigidos para a eternidade.
e) os camponeses constituíam categoria social inferior.
4. (Fuvest-SP) A partir do Ili milênio a. C. desenvolveram-se, nos va les dos grandes rios do Oriente Próximo,
como o Nilo, o Tigre e o Eufrates, estados teocráticos,
fortemente organizados e centralizados e com extensa burocracia. Uma explicação para seu surgimento é
a) a revolta dos camponeses e a insurreição dos artesãos nas cidades, que só puderam ser contidas
pela imposição dos governos autoritários.
b) a necessidade de coordenar o trabalho de grandes
contingentes humanos, para rea lizar obras de
irrigação.
c) a influência das grandes civilizações do Extremo
Oriente, que chegou ao Oriente Próximo através
das caravanas de seda.
d) a expansão das religiões monoteístas, que funda mentavam o caráter divino da realeza e o poder
absoluto do monarca.
e) a introdução de instrumentos de ferro e a consequente revolução tecnológica, que transformou a agricultura dos vales e levou à centralização do poder.
5. (FGV-SP) Um império teocrático, baseado na agricu ltura, na arregimentação de camponeses para grandes
obras e profundamente dependentes das águas de
um grande rio.
Esta frase se refere aos:
a) fenícios e a importância do Tigre;
b) hititas e a importância do Eufrates;
c) sumérios e a importância do Jordão;
d) cretenses e a importância do Egeu;
e) egípcios e a importância do Nilo.
Vestibular em fo co
19
6. (PUC-PR) Relacione o texto às proposições a seguir
colocadas, assinalando a correta:
ó senhor de todos! Rei de todas as casas. Nas decisões
mais distantes fazes o Nilo celeste para que desça como
chuva e açoite as montanhas, como um mar para regar
os campos e jardins estranhos. Acima de tudo, porém,
Jazes o Nilo do Egito que emana do fundo da terra. Eassim,
com os teus raios, cuidas de nossas hortas. Nossas colheitas crescem, e crescem por ti[...]. Tu estás em meu coração.
Nenhum outro te conhece, a não ser teu filho Aknaton.
9. (Uece) As relações entre o Estado e a religião, existentes entre os povos da Antiguidade, caracterizaram
diferentes formas de organização político-social. Sobre essas relações, é correto afirmar que:
a) o politeísmo implantado pelas monarquias hebraicas restringia a concepção do rei como ser humano, tornando-o, ungido de Deus.
b) a teocracia egípcia, concepção divina de poder,
personificada no faraó como próprio Deus, limitou-se ao período do Novo Império.
c) a monarquia teocrática, no Egito antigo, ocorria
através da personificação de Deus e do Estado na
figura do faraó.
d) o Cód igo de Hamurabi era um manual de orientação espiritual, que autorizava os fiéis a fazer justi,
.
ça com as proprias maos.
a) Destaca a função geradora da vida do Deus Amon e
do faraó, responsáveis por tudo que existia no Egito.
b) Mostra que o Sol, Áton, era encarnado na terra do
faraó Aknaton.
c) Evidencia que o alimento e a vida do homem dependiam do grande Deus Tebano.
d) O texto acima assinala o caráter ideológico na sociedade egípcia, destacando a figura do faraó ligada
ao Deus principal e reforçando seu papel político.
e) Mostra a profunda ligação mística entre o faraó e
o Deus que dominou o Egito no Médio Império.
10. (Unipa) Um dos nomes utilizados pelos egípcios antigos para designar o escultor era "aquele que mantém vivo". Esta designação conferida aos escu ltores
no antigo Egito demonstra que
7. (Unimes-SP) Quase tudo o que se sabe da cirurgia
egípcia encontra-se no Papiro Cirúrgico, de Edwin
Smith. Mede ele, desenrolado, quatro metros e meio
de comprimento e é a cópia, feita no sécu lo XVII a.e.,
de um livro mais antigo que se supõe tenha sido escrito na Época das Pirâmides e publicado com comentários explicativos antes de 2SOO a.e.
a) os artistas eram considerados superiores ao faraó.
b) a população não se preocupava com a vida após a
morte.
c) as crenças religiosas impregnavam a vida cultural.
d) os sacerdotes não exerciam poder sobre a população.
e) as manifestações artísticas não se desenvolveram
,
no pais.
A Época das Pirâmides (3000 a.e. - 2475 a.C.) corresponde:
a)
b)
c)
d)
e)
ao Antigo Império.
ao Império Médio (época feudal).
ao Novo Império.
ao período tebano.
ao período saíta.
8. (Ufpel-RS) Observe atentamente as colunas a seguir
sobre a História do Egito e as relacione:
1ª Coluna
(1) Período Pré-Dinástico
(2) Antigo Império
(3) Médio Império
(4) Novo Im pério
2ª Coluna
( ) expansão territorial com anexação da Etiópia, Síria e Fenícia.
( ) unificação do Alto e do Baixo Egito efetuada pelo
faraó Menés.
( ) formação dos nomos.
( ) invasão dos hicsos.
A ordem que relaciona corretamente a segunda coluna, em relação à primeira, é a seguinte:
a) 1, 2, 3, 4.
d) 4, 2, 1, 3.
b) 3, 1, 4, 2.
e) 4, 3, 2, 1.
c) 2, 4, 1, 3.
20
Caderno de estudo
11. (UEL-PR) A arquitetura dos templos do antigo Egito
forneceu para a posteridade a mais fértil e expressiva
documentação sobre a cultura egípcia. Entre suas
principais características pode-se indicar a
a) ausência de telhados, uma vez que a chuva era
muito rara.
b) utilização de tijolos de argila queimada na construção de paredes, escadarias e de colu nas.
c) grandeza nas dimensões e construções sólidas.
d) adoção de diversos t ipos de materiais, conforme
as figuras retratadas.
e) preocupação em atrelar arte e ciência em uma
mesma construcão.
•
12. (UFC-CE) O nome do rei egípcio Amenófis IV (c.1377
a.C.-c.1358 a.e.) está ligado à reforma religiosa que
substituiu o culto de Amon-Rá por Áton e determinou
o fim do politeísmo. Além do caráter religioso, essa
reforma buscava:
a) limitar a riqueza e o poder político crescentes dos
sacerdotes.
b) reunificar o Egito, após as disputas promovidas
pelos nomarcas.
c) pôr fim às revoltas camponesas motivadas pelos
cultos antropomórficos.
d) reunir a população, por meio da religião, para fortalecer a resistência aos hicsos.
e) restabelecer o governo teocrático, após o crescimento da máquina administrativa.
TEMAS
ANTIGAS CIVILIZAÇÕES: ORIENTAIS, DA ÁFRICA E DA AMÉRICA ..
Hebreus
,,,
·-,,_,,
Ol
o
CII
~
,,,,o
··-Ol
J!
,,,u
··-....
Fenícios
Persas
Indianos
Chineses
Americanos
Africanos
Estabeleceram- se na
Palestina, nas
margens do
r io Jordão.
Situaram-se
no litoral da
Síria.
Ocuparam
o planalto
1ran1ano.
Situaram-se
no vale do
r io Indo.
Ocuparam
o norte da
China, no
vale do rio
Amarelo.
Os povos se
espalharam
desde a
América do
Norte até a
América do Sul.
Havia
ocupação
por todo o
continente.
Monoteísta
Politeísta
Zoroastrismo
Hinduísmo.
bramanismo
e budismo
Confucionismo,
taoísmo e
budismo
Crenças
variadas
Crenças
variadas
Abraão foi o
patriarca
!chefe do clãl.
Saul unificou
as tribos
e foi.
.
.
o pnme1ro rei.
Eram
organizados
em cidades-Estado,
chefiadas
pela
elite.
Estabeleceram
um governo
talassocrático.
centrado no
domínio
marítimo.
O território
foi unificado
por Ciro 1.
O apogeu se
deu no
reinado
de Dário 1, que
dividiu o
império em
províncias, as
satrápias.
Após diversas
invasões,
eles se
reunificaram
com a dinastia
Máuria.
O período da
dinastia Gupta
é considerado
a Idade do
Ouro indiana
e teve fim
com a invasão
dos hunos.
As principais
dinastias
foram: Chang,
Chou, Ch'in e
Han.
Os olmecas
foram os
primeiros a
desenvolverem
um núcleo
urbano e a
escr ita.
Os principais
reinos eram:
Egito. Etiópia/
Núbia, Jenne- Jeno !Mali),
Kush e Axum.
Praticavam a
agricultura.
Praticavam o
comércio, a
agricultura e a
criação de
gado.
-o
0..
Coleção Arqueológic-a da
RepUbUca Popu1a.r da
Chin.a/E,íçh Lessing/
Album/l(ltirn;tock
Economia
agrícola e
pastoril.
CII
-o
,,,
-o
·-uo
CII
Destacaram-se
no comércio
marítimo.
Estabeleceram
rotas e
entrepostos
comerciais
por todo o
Mediterrâneo.
Ili
,,,CII
·-Eo
e:
o
u
w
A sociedade
era formada
por sátrapas.
sacerdotes,
exército e
camponeses
submetidos
à servidão
coletiva.
Praticavam o
comércio e a
agricultura.
Tinham
um grande
sistema de
estradas e
de correio e
um sistema
monetário
unificado.
Mu$eu Real de Ane e
História, Bruxel.ts/
,,,,_
:,
....
-:,
u
Criaram o
alfabeto de 22
letras e se
destacaram na
Astronomia
e na
Matemática.
Praticavam o
comércio.
Durante
séculos a Rota
da Seda foi a
principal
ligação
comercial
entre o
Oriente
e o Ocidente.
~
"
e
j
e,
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i
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ó
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ii
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M1,,1$CU N<'!cio~I t(t',r3,Chi f
The ArtA.rchivelOther lmages
The Bridgeman/Keystone
As principais
infor mações
proveem do
Antigo
Testamento.
A sociedade
se dividia em
castas:
brámanes,
xátrias. vaixás.
sudras e
párias.
Praticavam a
agricultura e o
comércio,
principalmente
cornos
romanos.
Tinham um
eficiente
sistema de
correio. ligado
ás estradas
que cortavam
o império.
Durante a
civilização
védica. povos
arianos
escreveram
textos que
ficaram
conhecidos
como
Vedas. Eles
descreviam os
conflitos que
esses povos
travaram para
se estabelecer
na região do
vale do rio
Indo.
Durante a
dinastia Han,
destacaram-se dois
pensadores:
Confúcio e
Lao-tsé.
Criaram a
bússola. o
papel e a
acupuntura.
Os maias
desenvolveram
um calendário
de 360 dias.
As civilizações
amer icanas
tinham
conhecimento
de Arquitetura
e Astronomia .
Tinham
conhecimento
de metalurgia.
fabricando
peças de
ferro.
bronze e
ouro.
Coleção F. D. Oldenburg/
Mus:eu Etl'\(llógico de Berlim
21
Exercícios
1. (U PF-RS) Com re lação à civilização hebraica é incorreto afirm ar:
a) O denominado "Cativeiro da Babi lônia" constitu iu -se no processo de diáspora dos hebreus da
região da Palestina. Esse processo os t o rno u um
povo vaga nte desde aq uela migração fo rçada e
consequent e d ispers ão de sua civi lização - situ ação só reparada com a criação do Esta do de
Israel em 1948.
b) Suas leis foram sistemat izadas a partir de reelaborações de códigos de várias civi lizações do
Oriente Próximo, todavia, apresentaram uma
novidade em rel ação às dema is ao defender os
pobres, viúvas e órfãos.
c) A defesa de um deus uno, t ranscendente e bom
implicava a vivência ética e moral visando à sa lvação f utura de cada um .
d) A consideração de si mesmos como "povo eleito"
incuti a nos hebreus a responsabilidade de serem
exemplos de moralidade e vivência para as demais
civilizações anti gas.
e) A importância dedicada à história devia-se à com preensão de que é na at uação temporal/cot idia na
que se está const ituindo o caminho para a salvação
f utura.
2. (PUC-PR) Na Antiguidade mu itos povos consid eravam que as doenças eram enviadas pelos deuses.
No fina l do sécu lo VIII a.e., q ua ndo os assírios sitiaram a cidade de Jerusa lém e ameaçaram invad i-la,
uma epidemia viru lenta acom eteu o acampament o m at ando m uitos soldados. Nessa ocasião, Ezeq uias, rei de Judá, considerou essa epidemia uma
bêncão de Deus.
'
Nesse cont exto, marque a alt ernativa INCORRETA
sobre a religião dos hebreus:
a) Os hebre us consideravam Deus como soberano
absoluto, fonte de todo o Universo e dono de uma
vontade suprema.
b) O Deus hebreu era transcendente, não se ident ificava com nenhuma fo rça natural; estava acim a da
natureza.
c) Os hebreus consideravam Deus bom e que fazia
exigências éticas ao seu povo. Ao contrário dos
deuses do Oriente Próximo, Deus não era at raído
pela lux úria ou impelido pelo mal.
d) Deus pa ra os hebreus era uno, soberano, t ranscendente e bom.
3.
a) os assírios f oram submetidos por Nabucodonosor,
originando o episódio conhecido com o o Cat iveiro
da Babilônia.
b) os feníc ios foram os criadores do alfabeto, posteriormente aperfeiçoado pelos gregos e latinos.
c) os hebreus criaram um quadro re ligioso caracteri zado pelo politeísmo e a mumificação.
d) os egípcios estabeleceram, em 300 a.e., o importante Cód igo de Hamurabi, um dos primeiros có digos j uríd icos escritos.
e) os persas, após derrotarem as tropas de Alexandre, conseguiram anexar o terri tório grego ao seu
1m peno.
4. (UFPE) Entre os povos do Oriente Médio, os hebreus
f o ram os que mais influenciaram a cultura da civilização ocidental, uma vez que o cri stianismo é considerado como uma cont inuação das t radições religiosas hebraicas.
A partir do texto anterior, assina le a alternativa
incorreta:
a) Originários da Arábia, os hebreus constituíram dois
reinos: o de Judá e o de Israel na Palestina.
b) As guerras geraram a unidade política dos hebreus.
Esta unidade se fi rmou primeiro em torno de j uízes
e, depois em volt a dos reis.
c) Os profetas surgiram na Palest ina por volta dos séculos VIII e VII a.e., quando ocorreu uma onda de
prot est os dos t raba lhadores contra os com erciantes.
d) A re ligião hebraica passou por diversas fases, evoluindo do politeísmo ao monoteísmo difundido
pelos profetas.
e) Os hebreus se o rganizaram social e economica mente com base na propriedade da terra, o que
deu início à Diáspora.
5. (Vunesp-SP) Na região onde atualmente se encon t ra o Líba no, insta lou -se, no Il i milênio a.e., um
povo semita, que passou a ocupa r a estreita faixa
de terra, com cerca de 200 quilômetros de compri mento, apertada entre o mar e as m ontanhas. Vá rias razões os levaram ao com ércio marítimo, merecendo destaque sua proximidade geográfica com
o Egito; a costa, que oferecia l ugares para bons
portos; e os cedros, principal riqueza, usados na
construção de navios.
O contido nesse parágrafo ref ere-se ao povo
e) Pa ra os hebreus o poder de Deus vinha de um
poder preexistente, habit ava a natureza e fazia
parte dela.
a) fenício.
(U FRGS-RS) Em re lação aos povos da Antiguidade, é
correto afirmar que
d) hit ita.
22
Caderno de estudo
b) hebreu.
c) sumério.
e) assírio.
6. (UFMS) Sobre a Bíblia e a história dos hebreus, é correto afirmar que
a) a Bíblia é, ao mesmo t empo, o livro cujas t raduções
estão mais espalhadas pelo mundo e, segundo
alguns historiadores, um dos menos lidos de todos
os best-sellers. Além de ser um livro sagrado, ela
também é uma importante fonte de pesquisa para o conhecimento da história dos hebreus.
b) o povo hebreu, do qual a Bíblia é originária, desde
seus primórdios manifest ou t otal desprezo pelas
suas tradições escritas. Isso significa que, para eles,
a tradição ora l teve mais importância na transmissão de conhecimentos e costumes, enfim, para a
manutencão
de sua identidade.
•
c) na Bíblia, a história dos hebreus começa em Gênesis,
quando Moisés, um dos patriarcas, recebeu a ordem
de deixar a sua terra natal para ir rumo à terra que
Deus lhe mostrou para nela se estabelecer.
d) embora a Bíblia seja considerada um livro sagrado,
ela não deve ser vista como um documento que
possa ser estudado por historiadores, pois religião
e ciência são diferentes esferas do conhecimento.
e) a Bíblia, compost a pelo Antigo e pelo Novo Testamento, é considerada integralmente um livro sagrado para cristãos, judeus e muçu lmanos.
7. {UTFPR) Os hebreus se constituíram inicialmente em
um pequeno grupo de pastores nômades, organizados em clãs, chefiados por um pat riarca. Conduzidos
por Abraão, deixaram a cidade de Ur, na Mesopotâmia, e se fixaram na Palestina {"Canaã", a Terra Prometida), por volta de 2000 a.e. Todavia, entre os
povos da Antiguidade Oriental, os hebreus foram
um dos que mais influenciaram a cultura da civilização ocidenta l, uma vez que o cristianismo é considerado uma continuação das tradições religiosas
hebraicas. Sobre esse povo, assinale a alternativa
INCORRETA.
a) As guerras geraram a unidade política dos hebreus.
Esta unidade se firmou primeiro em torno de juízes
e, depois, em volta dos reis.
b) A religião foi uma das bases da cu ltura hebraica e
sua principal característica sempre foi a crença em
vários deuses, entre os quais o principa l era Jeová
que, segundo a t radição, morava no monte Sinai
junto a outros deuses e semideuses.
c) Durante o domínio romano na Palestina, o nacionalismo dos hebreus foi sufocado pelos imperadores romanos e o auge da repressão aconteceu com
a destruição do templo de Jerusalém, quando os
hebreus, então, dispersaram-se por várias regiões
do mundo. Esse episódio ficou conhecido como
Diáspora.
d) A Palestina era uma pequena faixa de terra que se
est end ia pelo vale do rio Jordão. Lim itava-se ao
norte com a Fenícia, ao sul, com as terras de Judá,
a leste, com o deserto da Arábia e, a oeste, com o
mar Mediterrâneo.
e) Os hebreus eram um povo de origem semita, assim
como os árabes.
8. (FSG-RS) Relacione a coluna li, que apresenta afirmações relativas a povos da Antiguidade, com a coluna
1, que identifica os mesmos.
Coluna 1
( 4 ) Egípcios
( 1 ) Fenícios
( 2) Hebreus
( 5) Persas
( 3) Mesopotâmia
Coluna li
( ) Sua religião era antropomórfica, na medida em
que o homem determinava a função e o lugar dos
ritos religiosos e funerários.
( ) Fundaram colônias como Cartago, Cádiz e destacaram-se na produção de tecidos .
( ) Sua religião era complexa, fruto de uma reforma,
introduzida por Zoroastro ou Zaratustra, e cujos
princípios estão no Avesta.
( ) Povo que fora regido pela Lei Mosaica.
( ) Entre suas contribuições está a escrita cuneiforme.
A sequência numérica correta, de cima para baixo, na
coluna li, é:
a)
b}
c)
d)
e)
1- 2 - 5 - 4 - 3
1- 4 - 3 - 2 - 5
4 -1-5- 2 - 3
4 - 2 - 5 - 1- 3
5 - 1- 3 - 4 - 2
9. (UTFPR) Dentre os povos da Antiguidade Oriental, um
se destacou como de exímios navegadores e excelentes comerciantes. Eram os fenícios, cuja principal
contribuição legada às civilizações posteriores foi o
(a):
a) alfabeto fonético.
b) organização estatal centra lizada.
c) formação de um exército e de uma marinha de
guerra profissionais.
d) religião monoteísta.
e) organização política democrática.
10. (U FPI) Entre as principais características da civilização
hebra ica, merecem destaque especia l:
a) A religião politeísta em que as figuras mitológicas
de Abraão, Isaac e Jacó formavam uma tríade divina.
b) A criação de uma federação de cidades autônomas
e independentes (cidades-estado) controladas por
uma elite mercantil.
c) A criação de um alfabeto (aramaico) que seria incorporado e aperfeiçoado pelos egípcios, tornando-se conhecido como escrita hieroglífica.
d) As práticas religiosas caracterizadas pela crença
na existência de um único Deus (monoteísmo) e
no messianismo, pois acreditavam na vinda de um
messias libertador do povo hebreu.
e) As inovações tecnológicas desenvolvidas na agricultura, possibilit ando grande crescimento da produtividade agrícola na região palestina.
Vestibular em foco
23
11. (UFRN) Entre os hebreus da Antiguidade, os profetas
eram considerados mensageiros de Deus, lembrando
ao povo as demandas da justiça e da Lei dadas por
Javé. Isaías, um dos profetas dessa época, em nome
de Javé proclamou:
a) os egípcios e os iranianos.
b) os romanos e os palestinos.
Ai dos que decretam leis injustas; dos que escrevem
c) os pa lestinos e os egípcios.
leis de opressão, para negarem justiça aos pobres, para
d) os romanos e os iranianos.
arrebatarem o direito aos aflitos do meu povo, a fim de
despojarem as viúvas e roubarem os órfãos! (Isaías 70:1-2)
e) os egípcios e os palestinos.
Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem campo a cam -
14. (UEL-PR) As cidades antigas, construídas por diversas
po, até que não haja mais lugar, e ficam como únicos
sociedades, expressaram através do tempo sua cultura, arquitetura, ciência e modo de vida. Muitas se
tornaram monumentos ao ar livre, nos quais se desenvolveram pesquisas arqueológicas que abasteceram de objetos históricos as maiores coleções museográficas europeias.
moradores no meio da terra! (Isaías 5:8)
Esses pronunciamentos do profeta Isaías estão ligados a uma época da história hebraica em que ocorre
a) a saída dos hebreus do Egito, sob o comando de
Moisés, e o estabelecimento em Canaã, conquistando as terras dos povos que ali habitavam.
b} a imigração para o Egito, quando os hebreus receberam terras férteis no delta do rio Nilo, por
influência de José, que exercia ali o cargo de governador.
c) a formação de uma aristocracia, que enriquecera
com o comércio e com a apropriação das terras dos
camponeses endividados.
d} a conquista de Jerusa lém por Nabucodonosor,
quando os judeus foram despojados de suas terras
e deportados para a Babilônia.
12. (U FRN) Na Antiguidade, durante o reinado de Ciro 1
(559-529 a. C.), os persas construíram um vasto império e governaram diferentes povos, adotando uma
política que respeitava as diferenças culturais e religiosas. Esse modo de proceder está exemplificado no
fato de
a) incorporarem a cultura sumeriana, especialmente
os registros da nova língua semítica em caracteres
cuneiformes.
b} arregimentarem entre os caldeus, após a conquista da Babilônia, os sátrapas, administradores encarregados das províncias imperiais.
c) libertarem os judeus cativos na Babilônia, que retornaram à Palest ina e reconstruíram o templo de
Sa lomão e o culto a lavé.
d} difundirem no Egit o o culto de Ahura-Mazda, que,
integrando-se às ideias religiosas egípcias, deu
.
.
,
origem ao man1que1smo.
13. (PUC-SP} Diáspora é o termo que designa a dispersão
dos hebreus por várias regiões do mundo, após serem
expulsos de seu território no século li. Somente depois de 1948, com a criação do Estado de Israel, esse
povo pôde voltar a se reunir num mesmo país. Entretanto, essa reconquista vem sendo, há quase meio
século, motivo de contendas entre os israelenses e o
povo ocupante daquela região.
24
O povo que provocou a dispersão dos hebreus no século li e o povo que manteve o confronto com os israelenses desde 1948 são, respectivamente:
Caderno de estudo
Relacione as cidades, na coluna da esquerda, com as
suas respectivas sociedades, na coluna da direita.
(1) Biblos
(A) Suméria
(li} Chichén-ltza
(B) Persa
(111) Lagash
(C} Maia
(IV} Machu-Pichu
(D) Inca
(V) Pasárgada
(E} Fenícia
Assinale a alternativa que contém a associação correta.
a) 1-B, li -D, Ili-E, IV-A, V-C.
b) 1-C, li -A, Ili-D, IV-E, V-8.
c) 1-C, li -D, Ili-E, IV-B, V-A.
d) 1-E, li -A, Ili -D, IV-B, V-C.
e) 1-E, 11-C, Ili-A, IV-D, V-B.
15. (Uece) Atente pa ra o que é dito sobre a religiosidade
nas sociedades do antigo oriente próximo. Em seguida, assina le com V as afirmações verdadeiras e com
F as afirmações falsas.
( ) Entre os persas, desenvolveu-se uma religião dualista, criada por Zoroastro, em que Aura-Mazda,
deus do bem, e Ahriman, deus do mal, lutavam
pelo domínio das ações humanas.
( ) Os egípcios acreditavam que, após a morte, a
alma seria julgada por Anúbis e iria para o céu
ou para o inferno, de acordo com suas ações na
Terra.
( ) O faraó Amenófis IV promoveu uma revolução
religiosa no Egito, estabelecendo o culto a um só
deus, Aton, simbolizado pelo disco solar.
( ) A mumificação garantia a preservação do corpo
após a morte, para o eventual retorno da alma
após o julgamento no tribunal de Osíris.
( ) Os hebreus evoluíram de um monoteísmo ético
para um panteísmo religioso.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
a) V - V - F - V - F.
c) V - F - V - V - F.
b) F - V - F - F - V.
d} F - F- V - V - V.
TEMA6
,
,
A GRECIA ANTIGA: DAS ORIGENS AO PERIODO ARCAICO
-
Civilização minoica ou cretense
o .
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1
1
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Civilização micênica
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Comunidade gentílica
Sociedade rural formada por genos, controladas pelos pater.
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1
Expansão
demográfica
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1
V
Pobreza do
solo
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Conflitos entre os genos por terras cultiváveis
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1
Domínio dos eupátridas
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1
V
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Consolidação da pólis grega
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-ou
1
1
v
Economia
Agrícola,
sem grandes
transformações.
V
Regime monárquico
Acabou por ser derrubado pela
aristocrac ia proprietária de terras
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1
v
,(1)
Ili
Regime oligárquico IAerópago e Arcontadol
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1
v
IO
Lo
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Transformações
sociais e políticas
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o
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o
·-&.
Drácon : leis escritas. )
1
1
V
1
J
Espartanos: elite militar
Periecos: habitantes
da periferia. pequenos
proprietários
Hilotas: servos que eram
propriedade da pólis
1
1
V
Sistema político
Lo
Legisladores
Grupos sociais
-
Sólon: fim da
escravidão por
dívidas, mudanças na
est rutu ra de poder.
Apela: assembleia de
guerreiros
Gerúsia: conselho
de anciãos
1
1
V
Acirramento das
tensões
M useu Britânico. Londres
25
,
.
ExerctCIOS
A novidade maior é o desenvolvimento da pó/is (cidade-Estado grega), cuja característica essencial é a unificação
entre cidade e campo. Outras conquistas da época arcaica
foram o aparecimento da noção de cidadão e a codificação
das leis, que limitavam os poderes arbitrários dos poderosos; a justiça torna-se, portanto, um negócio público.
1. (Vunesp-SP)
A cidade-Estado clássica parece ter sido criada paralelamente pelos gregos e pelos etruscos e/ou romanos. No
caso destes últimos, a influência grega foi inegável, em bora difícil de avaliar e medir.
CAR DOSO, Ciro Flamarion S. Cardoso. A cidade-Estado antiga, 1985.
Aponte quais eram as características comuns às cidades-Estados clássicas.
1. Possuía m governo tripartido em assembleia, conselho e certo número de magistrados escolhidos
entre os homens elegíveis.
li. Os cidadãos podiam participar de forma direta no
processo político.
Ili. Havia separação entre os órgãos de governo e de
justiça.
a) As afirmativas I e li estão corretas.
b) Apenas a afirmativa Ili está correta.
c) As afirmativas I e Ili estão corretas.
d) Apenas a afirmativa li está correta.
e) As afirmativas 1, li e 111 estão corretas.
2. (PUC-SP) No sent ido contemporâneo do termo, sobretudo com implicações de un idade polít ica, a pa lavra
nação não pode ser aplicada à Grécia Antiga. Ta nto
assim que:
a) prevaleciam padrões cu lturais dif erenciados nas
várias regiões.
b) as formas de governo foram únicas, mas guardavam tota l autonomia.
c) não havia unidade de língua e religião entre as várias populações urbanas.
d) as cidades eram independentes nos assuntos de
seu próprio interesse.
e) predominava m as tendências à proibição de atividades econômicas semelhant es.
Adapt ado de: AUSTIN, M . Austin; VIDAL·NAQUET, P. V ida l•Naquet .
Economia e sociedade na Grécia antiga. Ed. 70, s.d.
a) Cite t rês características da pólis grega.
b) Por que a codificação das leis foi uma etapa importante na formação da pólis?
5. (Fuvest-SP)
Vendo Sólon [que] a cidade se dividia pelas disputas
entre facções e que alguns cidadãos, por apatia, estavam
prontos a aceitar qualquer resultado, fez aprovar uma lei
específica contra eles, obrigando-os, se não quisessem perder seus direitos de cidadãos, a escolher um dos partidos.
A ristót eles, em A Constituição de Atenas.
A lei visava
a) diminuir a participação dos cidadãos na vida polít ica da cidade.
b) obrigar os cidadãos a participar da vida polít ica da
cidade.
c) aumentar a segurança dos cidadãos que participavam da política.
d) deixar aos cidadãos a decisão de part icipar ou não
da política.
e) impedir que conflitos entre os cidadãos prejudicassem a cidade.
6. (FGV-SP)
Representando um pequeno número em relação às
outras classes, eles estavam constantemente preparados
para enfrentar quaisquer revoltas, daí a total dedicação
à arte militar. A agricultura, o comércio e o artesanato
eram considerados indignos para o [...], que desde cedo se
dedicava às armas. Aos sete anos deixava a família, sendo educado pelo Estado que procuravafazer dele um bom
guerreiro, ensinando -lhe a lutar, a manejar armas e a
suportar as fadigas e a dor. Sua educação intelectual era
bastante simples(... ]. Aos vinte anos o [...] entrava para o
serviço militar, que só deixaria aos sessenta, passando a
viver no acampamento, treinando constantemente para
as coisas da guerra[...]. Apesar de ser obrigatório o casamento depois dos trinta anos, sua Junção era de simplesmente fornecer mais soldados para o Estado.
3. (UEL-PR) Com a nova divisão da sociedade, qualquer
cidadão poderia participa r das decisões do poder.
Apenas os escravos e os metecos (estrangeiros) não
participavam das decisões políticas, pois não t inham
direito de cidadania.
Ao t exto pode-se associar:
a) Drácon e a expansão colonial em direção ao Mediterrâneo.
b) Sólon e a militarização da polít ica espartana.
c) Pisístrato e a helenização da península Balcânica.
d) Péricles e a hegemonia cultural grega no Peloponeso.
e) Clístenes e a democracia escravista ateniense.
4. (Unicamp-SP)
A época arcaica [séculos VIII-VI a.C.} é talvez o período
mais importante da história grega. O período arcaico
trouxe consigo inovações capitais em todos os domínios.
26
Caderno de estudo
A transcricão
acima refere-se aos cidadãos que ha,
bitavam:
a)
b)
c)
d)
e)
Atenas.
Creta.
Esparta.
Chipre.
Roma.
7. (Unipa)
Quando urna criança nascia, o pai não tinha direito
de criá-la: devia levá-la a um lugar chamado lesche. Lá
assentavam-se os Anciões da tribo. Eles examinavam
o bebê. Se o achavam bem encorpado e robusto, eles o
deixavam. Se era mal nascido e defeituoso, jogavam-no
no que se chamava os Aspetos, um abismo ao pé do
Taigeto.
(Plutarco, A vida de Licurgo.Apud Jaime Pi nsky. 700 textos de história
antiga, São Paulo, Global, p. 108.)
O t exto acima refere-se aos
a)
b)
c)
d)
e)
egípcios.
babilônicos.
roma nos.
espartanos.
hebreus.
8. {UESB-BA)
[...] A economia gentílica, agrícola e pastoril, baseava-se na propriedade comunitária da terra. A sociedade era
igualitária e se caracterizava pela inexistência de classes.
A autoridade política, baseada na religião e na tradição,
era exercida pelo pater, o mais velho dos membros dos
genos. A reunião de diversos genos formava a frátria e a
reunião de várias frátrias, urna tribo [...)
A organização que o texto descreve identifica a
sociedade:
a)
b)
c)
d)
e)
cretense no período Arcaico.
grega no período Homérico.
roma na no período Clássico.
germânica na alt a Idade Média.
feuda l na baixa Idade Média.
9. {PUC-RS) Responder à questão com base nas afirmat ivas abaixo, sobre a passagem do Período Homérico
para o Período Arcaico, na Grécia Antiga.
1. Com a desagregação da comunidade gentílica e
a expa nsão das atividades agrícolas, comerciais e
artesanais, formam-se as cidades-est ados.
li. Com a Segunda Diáspora Grega, criam-se novas
colônias no Mar Negro e no Mar Med iterrâneo.
Ili. O movimento colonizador reta rdou o desenvolvimento agrícola e comercial das cidades-estados,
pois causou a falta de mão de obra na Grécia.
IV. A concorrência dos cereais importados arru inou
os pequenos agricultores gregos e favoreceu o
surgimento de ricos artesãos, armadores e comerciantes na Ática.
Pela aná lise das alternativas, conclui-se que somente
estão corretas:
a)
b)
c)
d)
e)
1e 11.
1, li e IV.
1 e IV.
li e Ili.
Ili e IV.
10. (Udesc) São fontes indispensáveis para o conhecimento dos primeiros t empos daqui lo que viria a se constituir na civilização grega os poemas " Ilíada" e "Odisseia", atribuídos a Homero. Seus versos t rat am,
sobretudo, de episódios e consequências relacionadas
com a seguinte alternativa:
a) o domínio do fogo ofertado aos homens po r
Promet eu;
b) a longa guerra cont ra a cidade de Troia;
c) a implantação da democracia em Atenas;
d) os combates e batalhas da Guerra do Peloponeso;
e) a conqu ista da Grécia pelas tropas roma nas.
11. {U FPE) Sobre o processo de expansão das cidades gregas, ocorrido por volta de 750 a.e., assinale a alternativa correta.
a) Todas as conquistas realizadas durant e a segunda
diáspora grega t iveram por base vias cont inentais
em que os ca minhos terrestres foram os de ma ior
importância.
b) Com a mel horia das técnicas de navegação, incluindo a utilização da âncora, foi possível a conquist a
de novas áreas via Mediterrâneo, onde poderosos
impéri os difi cult avam a expansão grega.
c) A t ravessia dos mares pelos gregos foi dificultada
pela ascensão do poder bélico do Império Fenício
na Ásia.
d) A exportação de gêneros ali mentícios gregos para
áreas conquistadas só foi possível devido ao desenvolviment o de novas t écnicas e à alt a produtividade agrícola.
e) A segunda diáspora veio a ser a solução para garant ir a situação socioeconômica dos gregos.
12. (Ufscar-SP)
E muitos a Atenas, para a pátria de geração divina,
reconduzi, vendidos que foram - um injustamente, o outro justamente; e outros por imperiosas obrigações exilados, e que nem mais a língua ática falavam, de tantos
lugares por que tinham errado; e outros, que aqui mesmo
escravidão vergonhosa levavam, apavorados diante dos
caprichos dos senhores, livres estabeleci.
O texto, um fragmento de um poema de Sólon - arconte ateniense, 594 a.e. - , citado por Aristóteles em
"A Constituicão
de Atenas", refere-se:
•
a) ao fim da t irania.
b) à lei que permitia ao injustiçado solicitar reparações.
c) à criação da lei que punia aqueles que conspiravam
contra a democracia.
d) à abolição da escravidão por dívida.
e) à instituição da Bulé.
13. {UnB-DF) Leia o t recho adiante, extraído do poema de
Tirteu {séc. VII a.e- Esparta) chamado ARETÉ(excelência).
É um bem comum para a cidade e todo o povo/ que
um homem aguarde, de pés fincados, na primeira fila,/
encarniçado e de todo esquecido da fuga vergonhosa,/
expondo sua vida e ânimo sofredor, e, aproximando-se,
Vestibular em foco
27
inspire confiança com suas palavras ao que lhe fica ao
lado./ Um homem assim distingue-se no combate./ Em
breve derrota as falanges furiosas dos inimigos,/ com seu
ardor detém as vagas da batalha./ Se ele cair na primeira fila, perdendo a cara vida,/ deu glória à cidade, ao
povo e ao pai,/[ ...]. O seu túmulo, os seus filhos serão
notáveis entre os homens, bem como os filhos dos filhos,
e toda a posteridade./ Jamais perecerá a sua nobre glória
e o seu renome, / (...].
Com o auxílio do texto, julgue os itens seguintes, re lativos à história da Grécia arcaica.
( ) No momento de constituição da "polis", va lores e
poderes aristocráticos ainda se encontravam presentes na formação do homem grego.
( ) No séc. VII a.e. espartano, a antiga aristeia - combate singular ent re dois guerreiros - já cede luga r
às batalhas hoplíticas, em que o sucesso militar
depende do desempenho coletivo da fala nge, dos
"pés fincados, na primeira fila", do compromisso
com o companheiro "que lhe fica ao lado".
( ) O atributo maior do herói homérico, a valentia,
f undamenta l para a conquista da fa ma mantém-se e transforma-se no renome do soldado da
"polis", que dá "glória à cidade, ao povo e ao pai".
( ) A definição do estatuto dos cidadãos como semelhantes e iguais, base para consolidação da 'polis',
contradiz as transformações militares que substituem o combate individ ual pelo soldado hoplita.
14. (UFSC)
Entre os pobres muitos se dirigem a terras estranhas,
vendidos e cobertos de correntes [...].
Quantos dos que tinham sido vendidos, uns injustamente, outros com justiça, fiz voltar para Atenas, sua
pátria, fundada pelos deuses [...].
Dei liberdade a outros que, aqui mesmo (em Atenas),
sofriam servidão indigna e tremiam diante do humor dos
patrões.
Eis o que realizei, graças à soberania da lei, fazendo
com que aforça e a justiça agissem concordemente.
(Sólon, Elegias. Apud HOLANDA, S. Buarque de. História da Civilização.
6. ed. São Paulo: Nacional, 1979. p. 58.)
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos
sobre a sociedade e a democracia ateniense, assinale
a(s) proposição(ões) correta(s).
( ) Na experiência democrática vivida pelos aten ienses durante o período helenístico, a escravidão foi
eli minada através da legislação elaborada por
Sólon, sobrevivendo apenas a servidão voluntária.
( ) As leis de Sólon, consideradas avançadas para a
época da sua promulgação, admitiam a escravização dos endividados ou filhos de escravos, pois
a perda de direitos individuais não feria os princípios da democracia ateniense.
( ) Na sociedade ateniense, as três principais classes
sociais eram representadas por: cidadãos nobres,
homens livres nascidos de pai e mãe ateniense; metecos, estrangeiros autorizados a viver na Ática; e
escravos, prisioneiros de guerra ou filhos de escravos.
28
Caderno de estudo
( ) Drácon publicou as primeiras leis escritas em Atenas e com elas reforcou o direito dos nobres de
'
interpretar as leis segundo as próprias conveniências, da ndo origem à tirania e ao adjetivo "d raconiano", que significa severo, rígido.
( ) As reformas implantadas por Sólon foram rechaçadas pelos tiranos, nobres empobrecidos pelas decisões democráticas, tomadas em praça pública e com
a participação de toda a população de Atenas.
( ) As manifestações de descontentamento com as
leis de Drácon fez com que a administração de
Atenas fosse confiada ao arconte Sólon, que realizou importantes reformas: proibiu a escravização de pessoas endividadas e perdoou as dívidas
dos pequenos lavradores, devolvendo-lhes as
terras perd idas.
15. (Fuvest-SP)
Não esqueçamos que o processo de formação de um
povo e de uma civilização gregos não se desenrolou segundo um plano premeditado, nem de maneira realmente consciente. Tentativa, erro e imitação foram os principais meios, de tal modo que uma certa margem de
diversidade social e cultural, amiúde muito marcada,
caracterizou os inícios da Grécia. De fato, nem o ritmo
nem a própria direção da mudança deixaram de se alterar ao longo da história grega.
Mo ses 1. Fin ley. O mundo de Ulisses. 3. ed. Lisboa: Presença, 1998, p. 16.
a) Indique um element o "im itado" de outros povos
e sociedades que teria estado presente nos "inícios
da Grécia".
b) Ofereça pelo menos dois exemplos do que o autor
chama de "d iversidade social e cultural", que "caracteri zou os inícios da Grécia".
16. (FGV-SP) No ano de 509 a.e., o legislador Clístenes
assumiu a f unção de arconte máximo na pólis de Atenas, instaurando um novo regime político. Acerca das
reformas jurídico-políticas de Clíst enes, é CORRETO
afirmar:
a) Clístenes, integrante da classe social dos artesãos,
consolidou o regime oligárquico, tendo comandado a Pólis ateniense em seu período de máximo
esplendor, o Governo dos Trinta Tira nos.
b) Clístenes era eupátrida, mas procurou conciliar e
acomodar interesses dos pequenos proprietá rios,
comerciantes e artesãos na instauração do regime
democrático em Atenas.
c) A democracia instit uída pelas reformas de Clístenes
era regida pelo princípio do sufrágio universal, excluindo dos direitos políticos apenas os escravos.
d) Ao instaura r um regime político híbrido entre democracia, monarquia e oligarquia, Clístenes decretou o encerramento definitivo das atividades do
Helieu, o Tribunal de Justiça.
e) Durante a gestão de Clístenes, todo o poder político efetivo deixa de ser exercido pelos cidadãos e
retorna à comunidade gentílica, cabendo ao pater
famílias a disciplina dos mercados e a nomeação
dos magistrados.
TEMA 7
,
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A GRECIA ANTIGA: PERIODOS CLASSICO E HELENISTICO
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Consolidação da pólis grega (aristocrática)
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Política
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Péricles. aprimoramento da democracia.
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Imperialismo ateniense
Idade de Ouro de Atenas
Filosofia
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Sócrates (c. 470 a.C.- 399 a.C.l, Platão lc. 428
a.C.-348 a.C.l e Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.l.
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Arte
Teat ro: Ésquilo (525 a.C.-456 a.C.l, Sófocles
(496 a.C.- 406 a.C.l. Eurípedes (484 a.C.-406 a.C.l.
Escultura, arquitetura.
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Vitória de Esparta
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Império Macedônico (Alexandre, o Grande)
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Morte de Alexandre e divisão do Império Macedônico
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Conquista da Grécia por Roma
29
Exercícios
1. (U EPB) Sobre o papel da mulher na sociedade grega,
NÃO é correto afirma r que:
a) a mulher, durante a vida inteira, era considerada
incapaz, devendo t er sempre um homem para gerir sua vida, fosse pai, filho ou esposo.
b) os costumes e as leis impediam a participação fe minina na esfera pública, igua lando as mulheres
aos escravos e estran geiros.
c) todas as mulheres gregas recebia m, desde a infância, um rigoroso t reina mento físico e psicológico,
e eram preparadas para serem mães e esposas de
guerreiros.
d} as espartanas gozava m de maior liberdade, pois
podiam pa rticipar dos jogos, de reuniões públicas
e da ad minist ração do patrimônio familiar.
e) a democracia at eniense era patriarcal e excluía as
mulheres da vida pública.
2. (Vunesp-SP) Observe e compare os monumentos.
Palácio do Planalto, construído no século XX em Brasília.
O elemento comum às construções apresentadas
constitui:
a) Um esforço de ost ent ação perdulá ria, de demonst ração de hegemonia de poder de grandes impérios unificados.
b) Uma expressão sim bólica das concepções religiosas da Antiguidade, que se estendem até os dias
atua is.
c) Um aspecto da arquitetura monumental que se
opõem à concepção do homem como medida de
todas as coisas.
d} Um princípio arquitetônico estrutural modificado
ao longo da história por concepções religiosas, políticas e artísticas.
e) Uma comprovação do predomínio dos va lores estéticos sobre os religiosos, polít icos e socia is.
3. (UFPB) Leia os t ext os que seguem.
O Templo de Luxor, localizado na cidade de Luxor, sul do
Egito, foi construído por Amenhotep Ili e ampliado nos períodos de Tutancamon, Horembeb e Ramsés li. Contém
vá rios pátios com colunas e estátuas de Ramsés li.
/. A constituição que nos rege nada tem a invejar aos
outros povos; serve a eles de modelo e não os imita. Recebe o nome de democracia, porque o seu intuito é o interesse do maior número e não de uma minoria. Nos negócios
privados, todos são iguais perante a lei; mas a consideração
não se outorga senão àqueles que se distinguem por algum
talento. Éo mérito pessoal, muito mais do que as distinções
sociais, quefranqueia o caminho das honras. Nenhum cidadão capaz de servir à pátria é impedido de fazê-lo por
indigência ou por obscuridade de sua posição.
Livres em nossa vida pública, não pesquisamos com
curiosidade suspeita a conduta particular de nossos cidadãos ... Somos cheios de submissão às autoridades constituídas, assim como às leis, principalmente as que têm
por objeto a proteção dos fracos e as que, por não serem
escritas, não deixam de atrair àqueles que as transgridem
a censura geral... Ouso dizê-lo, Atenas é a escola da Grécia.
Discurso de Péricles (fragmento).
Pártenon, templo da acrópole de Ate nas, construíd o no
século V a.e. na Grécia.
30
Caderno de estudo
li. Alguns pretendem que o poder do senhor seja contra
a natureza, que se um é escravo, e o outro livre, é porque
a lei o quer, que pela natureza não há diferença entre eles
e que a servidão é obra não da justiça, mas da violência.
Afamília, para ser completa, deve compor-se de escravos
e de indivíduos livres. Com efeito, a propriedade é uma
parte integrante dafamília, pois sem os objetos de necessidade é impossível viver e viver bem. Não se saberia pois
conceber lar sem certos instrumentos. Ora, entre os instrumentos, uns são inanimados, outros vivos... O escravo
é uma propriedade que vive, um instrumento que é homem. Há homens assim feitos por natureza? Existem homens inferiores, tanto quanto a alma é superior ao corpo,
e o homem ao bruto; o emprego das forças corporais é o
melhor partido a esperar do seu ser: são os escravos por
natureza... útil ao próprio escravo, a escravidão é justa.
Aristóteles. Política (fragmento).
Com base nos t extos I e li e nos seus conhecimentos
sobre a Antiguidade grega, você pode concluir que:
a) os textos I e li se contradizem, pois Péricles (texto 1) afirma que "todos são iguais pera nte a lei",
enq uanto Aristóteles (texto li), ao discutir a existência do escravo, declara que "existem homens
inferiores".
b) os textos I e li se contradizem, pois Péricles afi rma
que as leis "têm por objeto a proteção dos fracos",
enquanto Aristóteles diz que "se um é escravo, e o
outro livre, é porque a lei o quer".
c) os textos I e li não podem ser confrontados, pois
Péricles viveu num período que antecede de muitos séculos o nascimento de Aristóteles.
d) os textos I e li t ra tam de t emas diferent es e não se
contradizem, pois Péricles discute as relações entre
leis e cidadania (e os escravos não eram considerados cidadãos), enquanto Aristóteles justifica a
existência da escravidão.
e) o texto li desmente o texto 1, pois não pode haver
democracia se observamos a exist ência de escravos em Atenas.
4. (UFG-GO) Leia o texto a seguir:
Tolerância, fraternidade e igualdade: foi com esses
ideais em mente que, em 7892, o barão Pierre de Coubertin apresentou à comunidade esportiva internacional a
ideia de ressuscitar os Jogos Olímpicos. Na Grécia antiga,
os jogos da cidade sagrada de Olímpia (entre os sécs. VIII
e /Va.C.) enfatizavam que competir sem vencer equivalia
a desonra suprema. As corridas, as lutas, os saltos e os
lançamentos de disco e de dardo serviam como a coroação da superioridade do indivíduo, oferecida em homenagem ao deus Zeus.
VENTUROLI, Thereza. Tudo pelos louros. Veja, São Paulo, n. 33, 18 ago.
2004. p. 96. Adaptado.
Segundo o texto, a diferença de motivação entre os
Jogos Olímpicos da Grécia antiga e os at uais está:
a) na homenagem ao deus Zeus nos jogos gregos
antigos e na divulgação da fratern idade nos jogos
olímpicos atuais.
b) no anseio de vitória constante dos gregos antigos
e nos ideais igualitários e f ra ternais de Coubertin
para os j ogos modernos.
c) no caráter sagrado dos jogos olímpicos antigos e
na característica competitiva dos j ogos olímpicos
contemporâneos.
d) no desejo de participação nas diversas modalidades nos j ogos antigos e no espírito de tolerância
nas olimpíadas modern as.
e) no espírito competitivo dos gregos e no desejo de
Coubertin de ressuscitar os jogos olímpicos da Grécia antiga.
5. (Fuvest-SP) Analise, no processo histórico da Grécia,
ent re os elementos citados abaixo.
a relacão
•
a) Confederação de Delos.
b) Imperialismo ateniense.
c) Guerras do Peloponeso.
6. (Unicamp-SP)
Nada é mais presente na vida cotidiana da coletividade do que a oratória, que partilha com o teatro a característica de ser a manifestação cultural mais popular e
mais praticada na Atenas clássica. A civilização da Atenas
dos ateclássica é uma civilizacão do debate. As reacôes
'
nienses na Assembleia eram influenciadas por sua experiência como público do teatro e vice-versa. Trata-se de
uma civilização substancialmente oral. O grego era educado para escutar. O caminho de Sócrates a Aristóteles
.
ilustra perfeitamente o percurso da cultura grega da
oralidade à civilização da escrita, que corresponde, no
plano político e social, à passagem da cidade-Estado ao
ecumenismo helenístico.
Adaptado de MASARACCHIA, Agosti no. la prosa greca dei V e dei IV
seco/o a.C. ln : D'ANNA, Giovanni (Org.). Storia dei/a letteratura greca.
Roma: Tascabile Economici Newton, 1995. p. 52-4.
a) Estabeleça relações entre o modelo político vigente na Atenas clássica e a importância assum ida
pelo teatro e pela oratória nesse período.
b) Aponte características do Período Helenístico que
o diferenciam da Atenas clássica.
7. (Mack-SP)
[ ...] andava pelas ruas e praças de Atenas, pelo mercado e pela assembleia indagando a cada um: 'Você sabe o
que é isso que está dizendo?', 'Você sabe o que é isso em
que você acredita?:[ ...], 'Você diz que a coragem é importante, mas o que é a coragem?: 'Você acredita que a justiça é importante, mas o que é a justiça?: ..., 'Você crê que
seus amigos são a melhor coisa que você tem, mas o que
é a amizade?'.
Suas perguntas deixavam seus interlocutores embaraçados,... descobriam surpresos que não sabiam responder
e que nunca tinham pensado em suas crenças e valores [...]
[...] as pessoas esperavam que ele respondesse, mas
para desconcerto geral, dizia: 'Não sei, por isso estou perguntando.' Daí a famosa frase: 'Sei que nada sei'".
(Marilena Chauí)
O texto relaciona-se com:
a) a criação dos princípios da Lógica, por Aristóteles,
de maneira a formar uma ciência Ana lítica: A Metafísica.
Vestibular em foco
31
b) as tragédias de Sófocles, que tinham como tema
dominante o conflito entre o indivíduo e a sociedade.
c) a obstinação do historiador Tucídides em descobrir
as causas políticas que determinaram os acontecimentos históricos.
d) as preocupações de Eurípedes com os problemas
do homem, suas paixões, grandezas e misérias.
e) a filosofia de Sócrates, voltada para as questões
humanas, preocupada com as virtudes morais e
políticas.
8. (Mack-SP)
Frank Miller inspirou-se na verdadeira Batalha de Termópilas, ocorrida em 438 a.e, na Grécia, para escrever
Os 300 de Esparta. A adaptação da história em quadrinhos de M iller foi levada ao cinema, em 2006, pelo diretor Zack Sn der, com o título 300. A respeito do
contexto das Guerras Médicas (500-479 a.C), tema
abordado no filme, assina le a alternativa correta.
b) pretendia libertar algumas cidades gregas, lideradas pela cidade de Deles, da dominação espartana.
c) surgiu de um processo de sujeição ou de domínio
exercido por Atenas sobre as demais cidades da Liga.
d} definia-se, de início, como uma aliança militar, que
previa aut onom ia para seus participantes, reservando à Atenas o comando das operações.
e) mesmo sendo liderada por Atenas, Esparta apresenta grande influência sobre ela.
10. (Faap-SP) Nasceu em Atenas, em família nobre e rica.
Teve esmerada educação. Dedicou-se à poesia, escrevendo poemas líricos e trágicos. Escreveu A Apologia
de Sócrates, Críton, A República, Banquete ou Simpósio
e Frédon:
a)
b)
c)
d)
e)
Platão
Sócrates
Arquimedes
Aristóteles
Pitágoras
11. (Faap-SP) Natura l de Halicarnasso, colônia dórica.
Cresceu na última fase das Guerras Médicas. Viajou
pelo Egito, Pérsia, Fenícia, Chipre, Assíria e Itá lia. Sua
obra denomina-se Exposição de Pesquisas. Éconsiderado por Cícero o "pai da História":
a) O domín io e a expansão naval fenícia ameaçavam
a hegemonia da Grécia sobre o mar Egeu, o que
ocasionou a formacão de uma alianca defensiva
'
'
grega.
b) Desenvolvendo uma política im perialista, Atenas
entrou em conflito com Esparta que, agrária e
oligárqu ica, permaneceu fechada à expansão
territorial.
c) O expansionismo persa, que já havia dominado
cidades gregas da Ásia Menor e estabelecido o
controle persa sobre rotas comerciais do Oriente,
ameacava
a soberania da Grécia, tornando inevi•
tável o conflito grego-pérsico.
d) Esparta, por priorizar a formação física e militar,
cultivando no indivíduo o patriotismo incondiciona l ao Estado, liderou a ofensiva grega contra os
assírios, que ameaçavam as instituições democrát icas gregas.
e) O forte espírito mi litarista presente na cu ltura
helenística e difund ido em todas as pólis gregas
permitiu que, no conflito contra os medos, a Grécia obtivesse a supremacia militar e se sagrasse
vencedora.
9. (Uece) A respeito da "Liga de Deles", que seria a base
do imperialismo ateniense, podemos dizer corretamente:
a) decorreu da aliança de cidades gregas e persas
contra a expansão macedônica.
32
Caderno de estudo
a)
b)
c)
d}
e)
Heródoto
Tales de Mileto
Sócrates
Platão
Xenofonte
12. (Faap-SP) As consequências das conquistas de Alexandre, entre outras, foram:
1. Formação de grandes focos da cultura helenística :
Alexandre fomentou a fusão entre vencedores e
vencidos. Dez mil soldados gregos e macedônicos
casaram-se com mulheres persas. Ele mesmo desposou a filha do rei Dario Ili, Estátira;
2. Difusão da cultura grega: a língua grega foi assimilada por muitos povos. A escrita grega substituiu a escrita cu neiforme e demótica. A indumentária grega e o mobiliário foram adotados
pelos vencidos, bem como cerimônias, danças e
cançoes;
3. Progresso econômico: com o desenvolvimento do
comércio e o renascimento da agricultura. O tráfico da seda e da porcelana intensificou -se. As
cidades tornaram-se grandes centros mercantis.
Os portos foram restaurados. Estradas foram
abertas. Levantaram-se fortalezas para proteger
as ca ravanas de mercadores;
Responda com apoio no seguinte código:
a)
b)
c)
d}
e)
desde que apenas I esteja correta.
desde que apenas 2 esteja correta.
desde que apenas 3 esteja correta.
desde que todas estejam corretas.
desde que todas estejam erradas.
13. (Fat ec-SP)
Vivemos sob umaforma de governo que não se baseia
nas instituições de nossos vizinhos; ao contrário, servimos
de modelo a alguns ao invés de imitar outros. Seu nome
é democracia, pois a administração serve aos interesses
da maioria e não de uma minoria.
(Tucídides, História da Guerra do Peloponeso. Texto adaptado}.
O trecho acima faz part e do discurso feito por Péricles
em homenagem aos atenienses mortos na guerra do
Peloponeso. Por esse discurso é correto afirmar que:
a) a guerra do Peloponeso foi injusta e t rouxe muitas
mortes tanto para os at enienses como para os espartanos, que lutavam em lados opostos pela hegemonia da Grécia.
b) Péricles se orgulhava da cidade de At enas por ser
ela uma cidade democrática, que não imit ava o
sistema polít ico de outras cidades-Estado, mas era
imit ada por elas.
c) Atenas e Esparta possuíam o mesmo sistema polít ico descrit o por Péricles, a democracia, mas divergiam sobre como implantá-lo nas demais cidades- Estado gregas.
d) Atenas, por não partilhar do sist ema político democrático de Esparta, criou a Liga de Delos e decla rou Guerra à Liga do Peloponeso.
e) Esparta era a única cidade-Estado democrática em
toda a Grécia ant iga e desejava implantar esse sistema nas cidades-Est ado gregas.
14. {PUC-PR) Foi uma forma de governo estranha a Atenas
e a Esparta, as duas principais polis ou cidades-estados da civilização grega:
a)
b)
c)
d)
e)
monarquia-diarquia.
tirania.
teocracia.
democracia.
oligarquia.
15. {UEL-PR) Uma das características da cultura política
grega é a noção de cidadania. Tal noção define a vin culação da pessoa a uma determinada pólis, por laços
essencialmente f am iliares, e estabelece, concomitant emente, a permanente obrigação de defesa da cidade, a contribuição para seu bem geral, e o direito de
opinar sobre seus destinos. Foi em virtude desta última implicação do conceito de cidadania que, em
sentido lato, quase todas as cidades gregas tenderam
à democracia. As diferenças se fa zem sentir quanto
à forma de participação do cidadão.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a cidadania grega, é correto afirmar:
a) As reformas de Péricles buscaram, entre outras
coisas, incorpora r todos os cidadãos ao processo
decisório da Eclésia e dos tribunais, tornando possível a participação dos menos abastados, por
meio de modesta remuneração.
b) Nas pólis que se mantinham inst itucionalmente
oligá rquicas, ou sujeitas a modalidades de tirania,
era vedado aos cidadãos comuns extern ar suas
opiniões sobre as decisões públicas.
c) As mulheres, nu ma cult ura patriarcal que reserva va a vida pública exclusivamente aos homens,
eram cidadãs partícipes da discussão política, tendo voz ativa e voto na assembleia.
d) Nas cidades gregas, o estrangeiro era um hóspede
destit uído da cidadania, tendo os seus direitos privados devidamente assegurados, sem restrições
quanto à propriedade fundiária e aos direitos cívicos.
e) O escravo, que antes de tudo estava excluído da
cidadan ia, era considerado como parte da comunidade e, portanto, capacitado a opinar sobre os
negócios públicos.
16. {FGV-SP)
Fui atrás dos assassinos de meu pai e depois de semear
o terror entre os gregos com a destr uição de Tebas,fui
aclamado comandante por eles. E ao assumir o reino da
Macedônia, não achei digno de me contentar em comandar só com o que meu pai tinha me deixado; ao contrário,
lançando meus pensamentos por toda a terra e pensando
que seria perigoso se eu não dominasse todos os povos,
àfrente de poucos homens invadi a Ásia e no Granico, em
grande batalha,fui vencedor. Depois de conquistar a Lídia
a Jônia e a Frígia, em resumo, depois de submeter todos
os que se apresentaram diante de meus pés, cheguei a
lssos. Lá Dario me esperava, à frente de muitas miríades
de soldados [ ...] Para terminar: eu morri enquanto reinava [ ...] dando pouco valor às coisas do Ocidente preferi
lançar-me na direção da Aurora.
(LUCIANO, Diálogo dos Mortos. Trad., São Paulo: Edusp/ Palas Athena,
1999, p. 189 e 191.)
O comandante militar que se apresenta no trecho
anterior é:
a) César, o general romano responsável pela conquista da Gália no século Ia.e.
b) Ulisses, o herói grego da conqu ista de Troia em
torno do século XIII a.e.
c) Átila, rei dos hunos, cujas campanhas assolaram a
Gália e a Itália no século V.
d) Alexandre, o im perador macedônico conquistador
da Pérsia no século IV a.e.
e) Aníbal, general cartaginês que impôs várias derrotas aos romanos no século Ili.
Vestibular em foco
33
TEMAS
..
ROMA: DAS ORIGENS A CRISE REPUBLICANA
Ocupação da península Itálica por diversos povos
Invasão etrusca (por
volta de 900 a.C.I
-------- --
A sociedade romana
'
~====::::-.. ,__
.
__
Patrícios: aristocracia agrária detentora
1
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·-::,
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O"
....
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e:
1
1
1
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~
Insurreição liderada pelos
patrícios (509 a.C.I
, .,,. - - ---- ...
,
de pr ivilégios políticos e religiosos.
Plebeus: homens livres sem d ireitos
polít icos.
Escravos: endividados ou vencidos em
guerras.
1
1
I
,
1
v
--- ---- ---- .... '
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1
- ----------L----------- '
,
1
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V
Conflitos sociais
patrícios x plebeus
Expansionismo
---
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v
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-u
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1
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1
1
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•
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-
1
•
u•
Concessões aos
plebeus
VI
-u
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::,
,a,
(Controlado por patrícios)
Senado
1
', _ -
....,.
,o
->
O sistema político na República
Transformações sociais trazidas pela expansão:
• Abundância de escravos
• Expansão comercial (homens novosl
• Empobrecimento da pleb e
VI
Magistrados
Tinham a função de administrar a
República, eram eleitos para mandatos
de um ano (cônsules. pretores,
censores, edis, questo res).
y
,o
Exercia f unções legislativas, controlava
a administração e as finanças, declarava
guerras. Formado por membros
vitalícios, de um pequeno grupo de
famílias abastadas.
Cr.i e ocial
.Q
,::,
a.
~
Tentativas de superação da crise social
'
~----------------------,
1
1
V
Proposta de
reforma agrária
(irmãos Graco)
1
~
Ditaduras militares
Primeiro Triunvirato
Império Romano (31 a.C.l
Ditadura de Júlio César
•
...,.
1
Segundo Triunvirato
34
- - - - - - - - - -)
Otávio recebe os títulos de
princeps ('pr imeiro cidadão'! e
imperator l'o supremo').
Exercícios
1. (Fuvest-SP) Na at ua lidade, praticamente todos os
dirigentes políticos, no Brasi l e no mundo, dizem-se
defensores de padrões democráticos e de valores
republicanos. Na Antiguidade, tais padrões e valores conheceram o auge, t anto na democracia ateniense, quanto na repúbl ica romana, quando predom inaram:
a) a li berdade e o individ ualismo.
b) o debate e o bem público.
c) a demagogia e o populismo.
d) o consenso e o respeit o à privacidade.
e) a tolerância religiosa e o direito civil.
4. (PUC-PR) As lutas por riq uezas e t erritórios sempre
estiveram presentes na História. Na Antiguidade,
o Mediterrâneo foi disputado nas Guerras Púnicas
por:
a)
b)
c)
d)
e)
5. (PUC-PR)
Os animais da Itália possuem cada um sua toca, seu
abrigo, seu refúgio. No entanto, os homens que combatem e morrem pela Itália estão à mercê do ar e da luz e
nada mais: sem lar, sem casa, erram com suas mulheres
e crianças.
2. (FGV-SP)
Para ganhar ofavor popular, o candidato deve conhecer os eleitores por seu nome, elogiá-los e bajulá-los, ser
generoso.fazer propaganda e levantar-lhes a esperança
de um emprego no governo. [ ...] Talvez sua renda privada
não possa atingir todo o eleitorado, mas seus amigos
podem ajudá-lo a agradar a plebe. [ ...] Faça com que os
eleitores falem e pensem que você os conhece bem, que
se dirige a eles pelo seu nome, que sem parar e conscienciosamente procura seu voto, que você é generoso e aberto, que, mesmo antes do amanhecer, sua casa está cheia
de amigos, que todas as classes são suas aliadas, que
você fez promessas para todo mundo e que as cumpriu,
realmente, para a maior parte das pessoas.
Marco Túl io Cícero, Notas sobre os eleições.
As práticas políticas na antiga Roma nos fazem re fl etir sobre as atuais. Essas palavras de Cícero (106-43 a.e.) revelam:
a) a concessão de favores, por parte dos eleitores,
para cativar os ca nd idatos.
b) a necessidade de coagir o eleitorado para conseguir
seu apoio.
c) o desinteresse da população diante do poder econômico dos candidatos.
d) a existência de relações cliente listas entre eleitores
e candidatos.
e) a pequena importância das relações pessoais para
o sucesso nas eleições.
3. (PUC-PR)
Sob os teus olhos, Eneas dirigirá rude guerra, aniquilará tribos ferozes; dará aos seus guerreiros muralhas e
leis. Depois dele, seu filho Ascânio (que se chamará também Júlio) deixará Lavínio para estabelecer o seu trono
no rochedo de Alba, que ele cercará de sólidas muralhas.
A sacerdotisa, de família real, cara a Marte, terá dois
filhos gêmeos.
O t exto de Virgíl io trata da fundação mít ica de:
a) Roma.
b) Esparta.
c) Atenas.
d) Constantinopla.
e) Cartago.
gregos e persas.
macedônicos e romanos.
romanos e germânicos.
romanos e cartagineses.
gregos e romanos.
Estas são palavras de Tibério Graco, polít ico romano
do século li a.e.
Nesse contexto da história de Roma, podemos afirmar que:
a) Roma encontrava-se num período de paz e prosperidade resultado da política da "Paz Romana"
promovida pelo regime imperial.
b) Resultado das expansões territoriais, Roma tornou-se su perpopu losa; apesar de rica, acentuaram -se
as diferencas
socia is: de um lado uma aristocracia
,
privilegiada que vivia em meio a fest as e mordomias e de outro a maior parte da população vivia
na ma is absoluta miséria.
c) Esse é um período que coincide com a tentativa de
estabelecimento de um regime democrático em
Roma, por modelo e influência da política ateniense de Péricles.
d) Nessa época Roma enf rent ava as dificuldades das
Guerras Médicas em que disputava o território
cartaginês com os persas.
e) Nesse período a sociedade romana vivia uma situação de decadência da autoridade central e declínio
das atividades comerciais, resultado principalmente
da disseminacão
do crist ianismo.
,
6. (Unifesp) Confli tos e lutas sociais variadas originaram as crises que fizeram o Estado roman o passar
do governo moná rquico ao republicano e deste, ao
imperial. Nos três regimes políticos, contudo, os integrant es de um único grupo, ou classe social, mantiveram sempre o mesmo peso e posição. Foram os,
assim chamados,
a)
b)
c)
d)
e)
plebeus (isto é, populares).
prolet ário s (isto é, sem bens).
pat rícios (isto é, nobres).
servos (ist o é, escravos).
clientes (isto é, dependentes).
Vestibular em foco
35
7. (FGV-SP) Após a conq uista da península It álica, Roma
ampliou seus domínios em torno do Mediterrâneo,
que passou a ser designado como mare nostrum, um
verdadeiro lago interno que permitia a comunicação,
as transações comerciais e o deslocament o de t ropas
para as diversas regiões romanas. A respeit o dessa
expansão, é corret o afi rmar:
a) A conquista de novos territórios desacelerou o
processo de concentração f undiária nas mãos da
aristocracia pat rícia, uma vez que o Estado romano
est abeleceu um conjunto de medidas que visava
distribuir terras aos pequenos e méd ios proprietários e à plebe urbana empobrecida.
b} Apesar da conquista do Mediterrâneo, os romanos
não conseguiram estabelecer a integração das diversas formacões
sociais ao sistema escravista
•
nem tampouco se dispuseram a criar mecanismos
de cooptação socia I e política dos seus respectivos
grupos domi nantes.
c) As conquistas propiciaram, pela primeira vez na
Ant iguidade, a combinação ent re o t rabalho escravo em larga escala e o latif úndio, associação que
constituiu uma alavanca de acumulação econômica graças às campanhas militares romanas.
d} As conq uistas mi lit ares acabaram por soluciona r
o problema agrário em Roma, colocando em xeque
as medidas defendidas por líderes como os irmãos
Graco, que postulavam a expropriação das terras
particulares dos patrícios e sua repartição entre as
camadas socia is empobrecidas.
e) A expansão militar levou os romanos a empreender um duro processo de latinização dos territórios
situados a leste, o que se tornou um elemento de
constante instabilidade polít ico-social durante a
República e t ambém à época do Império.
8. (UFC-CE) Analise o comentário abaixo sobre a situação
da mulher romana.
Suas qualidades domésticas, virtude, docilidade, gentileza, bom caráter, dedicação ao tricô, piedade sem superstição,
discrição nas roupas e na maquiagem, por que relembrá-las?
Por quefalar do seu carinho e devoção aosJamiliares,já que
você tratava tão bem meus pais quanto os seus [...).
{Elogio fúnebre a Túria. apud FU NARI. Pedro Paulo Abreu. Rom a:
vida pública e vida privada. 4. ed. São Paulo: Atual, 1993, p. 47.)
Considerando a ideia básica do texto, é correto afirmar que:
a) a mu lher usufruía de prerrogat ivas idênt icas às
desfru tadas pelo homem na vida em sociedade.
b) a mãe de família dirigia, com toda a independência,
a educação dos f ilhos e os negócios do marido.
c) o respeit o ded icado à mulher romana garantiu a
sua emancipação da tut ela masculina, a partir do
regi me republicano.
d} as condições de liberdade, reservadas à mulher,
t inham como limite a autoridade do pai de família.
e) a independência feminina constituía uma vitóri a,
acat ada pela nobreza romana, após a implantação
do Império.
36
Caderno de estudo
9. (UEL-PR)
Varrão, escritor romano do período republicano (116-27
a.e.), em seu Rerum Rusticarum (Da Coisa Rústica), descrevia aos seus contemporâneos como deveriam tratar
os escravos:
Você não deve deixar seus escravos muito deprimidos
ou animados. Não deixe os capatazes usarem os chicotes,
se conseguirem o mesmo resultado com encorajamento.
Não compre muitos escravos do mesmo país, pois eles
conversam entre si. Se você os tratar bem, lhes der alimentos e roupas ex tras e permissão para seus animais pastarem no seu terreno - eles trabalharão melhor.
{RODRIGUES, Joelza Ester. História em Documento: imagem e texto.
2. ed. São Paulo: FTD, 2002. p. 23S.)
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a escravidão romana, considere as afirmativas a seguir.
1. Va rrão propõe abrir mão da violência no t ratamento dos escravos visa ndo a obter um rendiment o
maior de seu trabalho.
li. Varrão procura demonst rar a inviabilidade da compra de escravos de um mesmo país, posto que
propiciaria a realização de processos comunicat ivos e possíveis revoltas.
Ili. Os capatazes romanos, na visão de Va rrão, deveriam usar estratégias sut is de repressão para obter
um traba lho consentido.
IV. Varrão compartil ha das ideias de Colu mela, autor
da época que apregoa a redução dos custos do
t rabalho escravo para obtenção de maior produtividade.
Estão corretas apenas as afirmativas:
a) l ell.
b) 11 e IV.
c) Ili e IV.
d} 1, li e Ili.
e) 1, Ili e IV.
10. (UFJF-MG) Sobre a organização polít ico-social de Roma no final do período republica no (li e Ili a.C.}, assinale a alternativa CORRETA:
a) A atuação dos Tribunos da Plebe, como Tibério e
Caio Graco, criou uma estrut ura f undiária baseada
em pequenos lot es ocupados pela população de
baixa renda e levou ao fim dos latifúndios em Roma.
b) O direito à cidadania foi estend ido a todos os habitant es que vivessem em qua lquer região que
t ivesse sido conquistada por Roma.
c) O regime democrático atingiu seu apogeu com a
maior part icipação, at ravés de eleições, de t oda a
população livre concentrada nos grandes centros
urbanos.
d} O poder polít ico do Senado, no que se refere aos
assuntos internos administrativos, foi transferido
para a Assembleia dos Plebeus, conduzindo a um
longo período de paz.
e) Houve o aumento do número de prisioneiros de
guerra convertidos em escravos, utilizados como
mão de obra na economia romana.
11. (FGV-SP)
A partir de então, passou-se a eleger cônsules em número de dois, ao invés de um único rei, com o propósito
de que, se um deles tivesse a intenção de agir mal, o outro,
investido de igual autoridade, o coibisse.
EUTRÓPIO, Fl ávio. Sumário da h i stória romana, ln:
Historiadores latinos, NOVAK, G., Me ou tros (orgs.), trad.,
São Pa u lo: Marti ns Fontes, 1999, p . 2S9.
O trecho acima refere-se ao período da história de
Roma conhecido como:
a) diarquia, inst ituída logo após a época imperial.
b) democracia, organizada após a revolta dos plebeus
e dos escravos.
c) consulado, criado para diminuir o poder dos tiranos.
d) república, estabelecida pela aristocracia pat rícia.
e) pax romana, imposta pelos senadores como forma
de limitar o poder dos patrícios.
12. {Fuvest-SP)
Em verdade é maravilhoso refletir sobre a grandeza
que Atenas alcançou no espaço de cem anos depois de se
livrar da tirania ... Mas acima de tudo é ainda mais maravilhoso observar a grandeza a que Roma chegou depois
de se livrar de seus reis.
(Maquiavel, Discursas sobre a primeira década de Tito Lívio).
Nessa afirmacão,
o autor
•
a) critica a liberdade política e a participação dos cidadãos no governo.
b) celebra a democracia ateniense e a República romana.
c) condena as aristocracias aten iense e romana.
d) expressa uma concepção populista sobre a antiguidade clássica.
e) defende a pólis grega e o Im pério romano.
13. {UEL-PR) Leia o texto a seguir:
A crise desencadeada na sociedade romana pela transformação acelerada das estruturas sociais ocorrida após
a segunda guerra púnica atingiu em meados do século li
a.e. uma fase em que se tornava inevitável a eclosão de
conflitos declarados. A agudização das contradições no
seio da organização social romana, por um lado, e, por
outro, as fraquezas cada vez mais evidentes do sistema
de governo republicano tiveram como resultado uma
súbita eclosão das lutas sociais e políticas.
Fonte: ALFOLDY, G. A Hi stória Social de Roma. Tradu ção de Maria do
Ca rmo Cary. Lisboa: Ed itori al Presença, 1989. p. 81.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, considere as afirmativas a segu ir.
1. Na revolta dos escravos, as f rentes estavam bem
definidas, pois tratava-se principa lmente de uma
luta dos escravos rurais contra os seus senhores e
contra o Estado romano, que protegia estes últimos. Este período iniciou-se com a primeira revolta de escravos na Sicília e terminou com a revolta
de Espártaco.
li. As revoltas dos habitantes das províncias e dos
itá licos podem ser consideradas movimentos de
camadas sociais homogêneas. Os seus objetivos
eram a luta pela libertação dos membros de uma
camada socia l oprimida e não a li bertação de comunidades, Estados ou povos outrora independentes da opressão do Estado romano.
Ili. Um dos conflitos mais significativos t inha lugar
entre os cidadãos romanos, divididos em grupos,
com objetivos opostos. O objetivo primeiro de
uma das facções, a dos políticos reformistas, era
resolver os problemas sociais do proletariado de
Roma; a ela se opunha a resistência da oligarquia,
igualmente numerosa.
IV. Nas últimas décadas da República, o objetivo primordia l dos confl itos passou a ser a conquista do
poder de Estado. A questão era saber se esse poder seria exercido por uma oligarqu ia ou por um
único governante. A consequência última destes
conflitos não foi a mudança da estrutura da sociedade romana, mas a alteração da forma de
Estado por ela apoiada .
A alternativa que contém todas as afirmativas corretas é:
a)le ll.
b) li e Ili.
c) Ili e IV.
d) 1, li e Ili.
e) 1, Ili e IV.
14. {UFG-GO)
O governo da República romana estava dividido em
três corpos tão bem equilibrados em termos de direitos
que ninguém, mesmo sendo romano, poderia dizer, com
certeza, se o governo era aristocrático, democrático ou
monárquico. Com efeito, a quemfixar a atenção no poder
dos cônsules a constituição romana parecerá monárquica; a quemfixá-la no Senado ela mais parecerá aristocrática e a quem fixar no poder do povo ela parecerá claramente democrática.
(POLÍBIOS. Historia. Brasil ia: Ed. da Un B, 1985. livro VI, 11. p. 333.)
Políbios descreve a estrutura política da República
romana {509-27 a. C.), idealizando o equilíbrio entre
os poderes. Não obstante, a prática política republica na caracterizou-se pela
a) organização de uma burocracia nomeada a part ir
de critérios censitários, isto é, de acordo com os
rendimentos.
b) manutenção do caráter oligárquico com a ordem
equestre dos "homens novos" assumindo cargos
na administracão
e no exército.
•
c) adoção da medida democrática de concessão da
cidadania romana a todos os homens livres das
províncias conquistadas.
d) admin istração de caráter monárquico com o poder
das assembleias baseado no controle do exércit o
e da plebe.
e) preservação do ca ráter aristocrático dos patrícios
que controlaram o Senado, a Assembleia centuriata e as magistraturas.
Vestibular em foco
37
15. (UFV-MG) A respeito das classes que compunham a
sociedade romana na Antiguidade, é CORRETO afirmar que:
a) os "plebeus" podiam casar-se com membros das
famílias patrícias, forma pela qua l conseguiam
quitar suas pendências de terra e dinheiro, conseguindo assim certa ascensão social.
b) os "plebeus" compunham a classe formada pelos
camponeses, artesãos e alguns que consegu iam
enriquecer-se por meio do comércio, atividade que
lhes era permitida.
c) os "clientes" eram estrangeiros acolhidos pelos
patrícios e transformados em escravos, quando
sua conduta moral não condizia com a de seus
protetores.
d) os "patrícios" foram igualados aos plebeus, durante a democracia romana, quando da revolta dos
clientes, que lutaram contra a exclusão socia l da
qual eram vítimas.
e) os "escravos" por dívida eram o resultado da transformação de qualquer romano em propriedade de
outrem, o que ocorria para todos que violassem a
obrigação de pagar os impostos que sustentavam
o Estado expansionista.
16. (UEPB) Dentre os movimentos socia is que marcaram
a República romana, podemos destacar as lutas entre patrícios e plebeus. Sobre estas lutas, é correto
afirmar:
a) O casamento entre patrícios e plebeus não foi permitido, apesar das conquistas do povo romano nas
1utas contra os patrícios.
b) Apesar da marginalização política, não havia discriminação entre patrícios e plebeus.
c) Os plebeus conquistaram, em 367 a.e, o direito de
participa r do consulado com a promulgação da Lei
Licínia, que também regulamentou a exploração
das terras públicas.
d} Quando um patrício tornava-se insolvent e, sem
cond ições de pagar dívidas, tinha de se submeter
ao nexum. Este foi um dos fatores que causou os
conflitos entre plebeus e patrícios.
e) Em 450 a.e, foi publicada a Lei das Doze Tábuas,
um dos fundamentos do Direit o Romano, que não
assegurou a igualdade jurídica entre patrícios e
plebeus.
17. (UEPG-PR) A antiguidade Greco-romana tornou a escravidão absoluta na forma e dom inante na extensão,
convertendo-se maciça e generalizada na Grécia (séculos V e IV a.e.) e em Roma (entre li a.e. e li d.C.).
Nesse contexto, assinale o que for correto.
1-A escravidão e a liberdade helênicas eram indivisíveis, pois uma era a condição estrutural da outra;
uma condição polarizada da perda completa de
liberdade justaposta a uma nova liberdade sem
impedimentos.
38
Caderno de estudo
2 - Embora solidamente enraizado na sociedade clássica antiga, o sistema escravista foi sendo paulatinamente abolido no período.
4 - Os escravos conseguiram melhores condições de
vida após promoverem constantes revoltas, como
a de Spartacus (73-71 a.C.), que liderou o último
movimento rebelde contra Roma.
8- Nesse período assistiu-se ao aparecimento de uma
classe média de proprietários rurais e o desaparecimento do latifúndio.
16 - Foi na República romana que se efetivou a união
entre a grande propriedade agrícola e a escravidão
em grande escala, ou seja, sua sistematização por
uma arist ocracia urbana, cujo result ado foi a instituição rural do latifúndio escravo extensivo.
18. (Fuvest-SP)
César não saíra de sua província paraJazer mal algum,
mas para se defender dos agravos dos inimígos, pararestabelecer em seus poderes os tribunos da plebe que tinham sido, naquela ocasião, expulsos da Cidade, para
devolver a liberdade a si e ao povo romano oprimido
pela facção minoritária.
Caio Júlio César. A Guerra Civil. São Paulo: Estação liberdade, 1999, p. 67.
O texto, do século I a.e., retrata o cenário romano de
a) implantação da Monarquia, quando a aristocracia
perseguia seus opositores e os forçava ao ostracismo, para sufocar revoltas oligárquicas e populares.
b) t ransição da República ao Império, período de reformu lações provocadas pela expansão mediterrânica e pelo aumento da insatisfação da plebe.
c) consolidação da República, marcado pela participação política de pequenos proprietários rurais e
pela implementação de amplo programa de reforma agrária.
d} passagem da Monarquia à República, período de
consolidação oligárquica, que provocou a ampliação do poder e da influência política dos militares.
e) decadência do Império, então sujeit o a invasões
estrangeiras e à fragmentação política gerada pelas rebeliões populares e pela ação dos bárbaros.
19. (Unica m p-SP)
Por que as pessoas se casavam na Roma Antiga? Para
esposar um dote, um dos meios honrosos de enriquecer,
e para ter, em justas bodas, rebentos que, sendo legítimos,
perpetuassem o corpo cívico, o núcleo dos cidadãos. Os
políticos nãofalavam exatamente em natalismo,Jutura
mão de obra, mas em sustento do núcleo de cidadãos que
Jazia a cídade perdurar exercendo a "função de cídadão"
ou devendo exercê-la.
(Adaptado de P. Ariés e G. Duby, História da Vida Privada. São Paulo:
Companhia das Letras, 1990. v. 1, p. 47.)
a) Por que o casamento tinha uma conotação política
entre os cidadãos, na Roma Antiga?
b) Indique dois grupos excluídos da cidadania durante a República romana (509-27 a.e.).
20. {UFRGS-RS) No bloco superior aba ixo, são listados
alguns líderes que at uaram no período republicano
da Antiga Roma; no inferior, são atadas ações desses
líderes.
Associe corretamente o bloco inferior ao superior.
1. Otávio
2. Caio Mário
3. Tibério Graco
4. Pompeu
( ) Operou uma reforma militar que permitiu o recrutamento de soldados entre a popu lação mais
pobre de Roma.
( ) Acumulou uma série de títu los e cargos e acabou
por estabelecer em Roma o sistema político
imperia l.
( ) Tentou implementar uma reforma que permitisse
a distribuição de terras públicas entre os cidadãos
mais pobres de Roma.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
a)
b)
c)
d)
e)
2 -1- 4.
1- 2 - 4.
2 -1- 3.
1- 2- 3.
3 - 4- 2.
23. {Ufsca r-SP)
Quando a noticia disto chegou ao exterior, explodiram
revoltas de escravos em Roma (onde 150 conspiraram contra
o governo), em Atenas (acima de 1.000 envolvidos}, em De·
los e em muitos outros lugares. Mas osfuncionários governamentais logo as suprimiram nos diversos lugares com
pronta ação e terríveis torturas como punição, de modo que
outros que estavam a ponto de revoltar-se caíram em si.
(Diodoro da Sicília, sobre a Guerra Servil na Sicília .13S-132 a.C.)
Écorreto afirmar que as revoltas de escravos na Roma
Ant iga eram
21. {Vunesp·SP)
O vínculo entre os legionários e o comandante começou progressivamente a assimilar-se ao existente entre
patrão e cliente na vida civil: a partir da época de Mário
e Si/a, os soldados procuravam os seus generais para a
reabilitação econômica e os generais usavam os soldados
para incursões políticas.
(Perry Anderson, Passagem da antiguidade ao f eudalismo.)
O texto oferece subsídios para a compreensão:
a)
b)
c)
d)
e)
b) os "plebeus" compunham a classe formada pelos
camponeses, artesãos e alguns que conseguiam
enriquecer-se por meio do comércio, atividade que
lhes era permitida.
c) os "clientes" eram estrangeiros acolhidos pelos
patrícios e transformados em escravos, quando
sua conduta moral não cond izia com a de seus
protetores.
d) os "patrícios" foram igualados aos plebeus, dura nte a democracia romana, quando da revolta dos
clientes, que lutaram contra a exclusão social da
qual eram vítimas.
e) os "escravos" por dívida eram o resultado da trans·
formação de qualquer romano em propriedade de
outrem, o que ocorria para todos que violassem a
obrigação de pagar os impostos que sustentavam
o Estado expansionista.
da crise da República romana.
da implantação da monarquia etrusca.
do declínio do Império Romano.
da ascensão do Império Bizantino.
do fortalecimento do Senado.
22. {UFV·MG) A respeito das classes que compunham a
sociedade romana na Antiguidade, é CORRETO afirmar que:
a) os "plebeus" podiam casar-se com membros das
famílias patrícias, forma pela qual conseguiam
quitar suas pendências de terra e dinheiro, conse·
guindo assim certa ascensão social.
a) lideradas por senadores que lutavam contra o sistema escravista.
b) semelhantes às revoltas dos hilotas em Esparta.
c) provocadas pela exploração e maltratos impostos
pelos senhores.
d) desencadeadas pelas frágeis leis, que deixavam
indefinida a situacão de escravidão.
'
e) pouco frequentes, comparadas com as que ocorreram em Atenas no tempo de Sólon .
24. (PUCC-SP) Sobre os primitivos habitantes da Itália,
pode-se afirmar que os:
a) italiotas acomodaram-se no Sul da Itália, onde desenvolveram povoados.
b) gregos ocupa ram a parte Central da Península,
subdividindo-se em vários clãs.
c) etruscos, provavelmente originários da Ásia, ocuparam o Norte da Península.
d) lígures fixaram-se ao Sul combatendo ferrenhamente os etruscos.
e) sículos penetraram na Península através da cadeia
dos Alpes e ocuparam o Norte.
Vestibular em foco
39
TEMA9
,
ROMA: PERIODO IMPERIAL
Fundação do Império Romano (31 a.CJ
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Ce nt ralização do poder pelo imperador
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• Visão humanista e
religião politeísta
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• Poesia e literat ura:
Virgílio, Horácio e
Ovídio
• Direito: códigos de leis
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Florescimento cultural
no Império Romano
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• Diocleciano (284-305):
fixou os preços de
mercadorias e salários.
• Constantino (306-337): liberdade de
(---culto aos crist ãos;
segunda capital em
Constantinopla.
• Teodósio 1378- 395):
c rist ianismo como
religião o ficial, d ivisão
do Império Romano
em duas partes.
( - __ Crescimento do
Subversão na
estrutura política
cristianismo
v'
Tentativas de
salvar o Império
1
---""--'
Desagregação cio
lmQé r.io Romano ao
Ocidente 1476 d.G.I
Invasão dos povos
de fora do Império
(os "bárbaros")
--------------------- ------
,1
Exercícios
1. {Fuvest-SP) Cesarismo/cesarista são termos utilizados
para caracterizar governantes atuais que, à maneira
de Júlio César (de onde o nome), na antiga Roma, exercem um poder
a) teocrático.
b) democrático.
c) aristocrático.
d) burocrático.
e) autocrático.
2. {UFS-SE) Considere o texto que segue:
[...] A Antiguidade Greco -romana sempre constituiu
um universo centralizado em cidades. O esplendor e a
solidez da antiga pó/is helênica e a posterior República
romana, que ofuscaram tantos períodos subsequentes,
traduziam um nível de organização e cultura urbanas que
jamais seriam igualados em outro milênio. [...]
ANDERSON, Perry Anderson. Passagens da antiguidade ao fe udalismo.
Trad. Beatriz Sidou. São Paulo: Brasiliense, 1989. p. 19.
Analise as afirmações sobre a Ant iguidade Clássica [e
assina le verdadeiro ou fa lso]:
( ) A riqueza material que sustentava a at ividade
intelectua l e cívica provinha da agricultura; os
proprietários de terras dominavam os agrupamentos urbanos.
( ) O cenário geográfico onde se desenvolveram as
civilizações grega e romana foi fundamental para
a expansão do comércio, que se baseou na abert ura de vias terrestres de comunicacão
.
•
( ) O pleno exercício da cidadania repousava no trabalho escravo. A li berdade do cidadão estava intrinsecamente ligada à permanência da escravidão, tanto na Grécia quanto em Roma.
( ) As cidades-estado gregas evoluíram em sua forma
de governo mas permaneceram estados autônomos e não realizaram a unificacão
do território .
•
Diferentemente das cidades-estados gregas, Roma estendeu seus domínios sobre o mundo da
época e concedeu cidada nia à parte das elites das
regiões conqu ist adas e fundou um Império.
( ) A cultura helen ística, que resultou do domínio
dos Antoninos sobre o território grego, foi imposta pelos romanos aos povos conquistados
quando transformaram o mar Mediterrâneo em
um lago romano, impulsionados pelos avanços
dos macedônios.
3. (Unifesp-SP)
Podemos dizer que antes as coisas do Mediterrâneo
eram dispersas ... mas como resultado das conquistas romanas é como se a história passasse a ter uma unidade
orgânica, pois as coisas da Itália e da Africa passaram a
ser entretecidas com as coisas da Ásia e da Grécia e oresultado disso tudo aponta para um único fim.
POLÍBIO. Histór;a, 1.3.
No texto, a conquist a romana de todo o Mediterrâneo é:
a) cri t icada por impor aos povos uma única história,
ditada pelos vencedores.
b) desqua lificada, por suprim ir as independências
políticas regionais.
c) defendida, por estabelecer uma única cultura, a
do poder imperial.
d) exaltada, por integrar as histórias particulares em
uma única história geral.
e) lamentada, por sufocar a autonomia e identidade
das culturas.
4. {UFRR-RR) Sabe-se que desde 510 a.e. Roma dedicou-se ao domínio de toda a península itálica. A partir de
264 a.e. voltou-se contra Cartago e as colônias ca rtaginesas no norte da África, Sicília, Sardenha, Córsega, Baleares e penínsu la ibérica. De 200 a.e. até o ano
476, Roma atravessou seis séculos de cont ínua expansão territorial, formando um império ainda mais vasto do que o de Alexand re, o Grande.
Assim sendo, escolha a alternativa que está de acordo com o texto supracitado:
a) O sistema econômico do Império romano era agrário, possuindo uma classe intermediária entre senhores e escravos, que era responsável pelo cultivo
da terra. Essa classe era conhecida como "Bárbaros".
b) A implantação do Império romano se deu pelas
bases do cri stianismo que absorveu as religiões
pagãs das tribos gentias instaladas nas fronteiras.
c) A divisão social em Roma era rígida e compreendia
a corte do imperador, os sacerdotes, lat ifun diários,
pequenos comerciantes, exército, bárbaros e servos. Esta divisão era regida exclusivament e pela
economia.
d) O regime de governo, durante o século VI a.e., era
monárquico, no qua l o rei, eleito pelo Senado, governava durante toda a vida, acumulando a chefia
militar, administrativa,juridica e religiosa.
e) Júlio César foi o primeiro grande imperador de Roma, sua ascensão foi realizada por um golpe violent o contra o Senado, bem como pela morte bruta l de todos os chanceleres da corte.
5. (ESPM-SP)
Eu, Constantino Augusto, assim como eu, Licínio Augusto, reunidos... para discutir todos os problemas relativos... ao bem público, entendemos dever regular, em
primeiro lugar, entre outras disposições ..., aquelas sobre
as quais repousa o respeito pela divindade, isto é, dar aos
cristãos, como a todos, a liberdade e a possibilidade de
seguir a religião da sua escolha ... afim de que a divindade suprema, a quem rendemos espontaneamente homenagem, possa testemunhar-nos em todas as coisas o seu
favor e a sua benevolência costumadas...
FR EITAS, Gustavo de Freitas. 900 textos e documentos de H;stória.
Vestibular em foco
41
O documento apresentado é um f ragmento do(a):
a)
b)
c)
d)
e)
Edito do Máximo.
Lei Ca nuleia.
Lei Licínia.
Edito de Milão.
Edito de Tessalônica.
6. (UFPR) O cristianismo católico tornou-se religião oficia 1
do Império Romano no ano de 380 d.C., data da edição
do famoso édit o de Tessalônica, outorgado pelo Imperador Teodósio. Desde a sua criação até est e momento, a caminhada foi dura e difícil para os seguidore s de Cristo. Exemplo disso foram as perseguições
movidas por alguns imperadores romanos, et ernizadas pelos relatos f antásticos e emotivos de vários
escrit ores e historiadores cri stãos.
Podemos apont ar como principais causas dessas persegu1çoes:
a) O ódio e a intolerância t anto das autorid ades como da população pagã do mundo romano, que
viam na f igura de Cristo e na comun idade cristã
uma ameaça ao poder do imperador.
b) A const ante penetração de elementos cristãos
tant o nas filas do exército imperial romano como
em cargos adm inist rativos de elevada import ância, que poderiam servir de "mau exemplo" tanto
em termos políticos como ideológicos.
c) Aspect os de índole moral, na medida em que os
cri st ãos eram acusados pelos pagãos de realiza rem orgias e assassinat os de crianças em seus
ritua is.
d) A associação entre os cri stãos e os inimigos bárbaros que punha em ri sco a est abilidade política
e religiosa int erna do mundo im perial romano.
e) A necessidade de oferecer à população de Roma
"pão e circo", com os crist ãos sendo sacrificados
na arena do Coliseu pa ra mini mizar a ameaça
de revoltas popu lares contra as auto rida des
1mperia 1s.
Durante muitos séculos, os ant igos romanos divertiram-se com a atuação dos gladiadores nos chamados
espetáculos públicos, que utilizava m diferentes t ipos
de armas, permitidas pelas autoridades de Roma, como as que podem ser observadas na ilustração. Esses
gladiadores eram recru tados, principalmente, entre
a) homens poderosos da plebe.
b) cidadãos da nobreza romana.
c) servos dos latif únd ios estata is.
d) escravos das áreas dominadas.
e) heróis das conquist as romanas.
8. (UFRN) Sidônio Apoli nário, aristocrat a da Gália roma na, escrevendo a um amigo, num período de grandes
t ran sformações culturais, assim se expressou :
O vosso amigo Eminência, honrado senhor, entregou
uma carta por vós ditada, admirável no estilo [...]. A língua
romanafoi há muito tempo banida da Bélgica e do Reno;
mas se o seu esplendor sobreviveu de qualquer maneira,
foi certamente convosco; a nossa jurisdição entrou em
decadência ao longo dafronteira, masenquanto viverdes
e preservardes a vossa eloquência, a língua latina permanecerá inabalável. Ao retribuir as vossas saudações o meu
coração alegra-se dentro de mim por a nossa cultura em
desaparição ter deixado tais traços em vós [...).
Apu d PEDRERO-SÁN CHEZ, M aria Guadalu pe. História da Idade M édia:
textos e t est emunhas. São Pau lo: Editora U N ESP, 2000. p. 42-43.
A opinião contida no f ragment o da cart a est á diretamente relacionada às
a) invasões dos territ óri os do Império Romano pelos
povos germâ nicos, provocando mudanças nas inst ituições imperi ais.
b) influ ências da cult ura grega sobre a lat ina após a
conqu ist a da Grécia pelos rom anos e sua anexação
ao Império.
c) vitórias dos romanos sobre Cartago nas chamadas
Guerras Púnicas (264-146 a. C.), impondo a cult ura
do Impéri o a todo o norte da Áf rica.
d) crises que se abat eram sobre o Impéri o Romano
depois do governo de Marco Aurélio (161-180 d. C.),
quando o exército passou a controlar o poder.
7. (Ufa l) Considere a ilustração.
,
HI LAR1N\'5
(ln: Ph il ip pe Ariês e Georges Du by (di reção) História da vida privada. Trad.
São Pau lo: Companh ia das Letras, 1992. v. 1, p. 119)
42
Caderno de estudo
9. (Unaerp-SP) Na história de Roma, o século Ili da era
cri stã é considerado o século das crises. Foi nesse período que :
a) As tensões geradas pelas conqu istas se refl etiram
nas cont endas políticas, cria ram um clima de
constantes agitações, promovendo desordens nas
cidades.
b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exércit o de cidadãos proprietári os de terras.
c) O im pério romano começou a sofrer a terrível
crise do t rabalho escravo, base principa l de sua
ri queza.
d) Os soldados perderam a confiança no Est ado e
torna ram-se fi éis a seus generais partilhando com
eles os espólios de guerra.
e) Os conflit os pela posse da terra geraram a guerra
civil.
10. (UFMS) Sobre a hist ória de Roma, é correto afirmar:
{01) Paralelamente à versão lendária da fundação de
Roma pelos irmãos gêmeos Rômu lo e Remo, des·
cobertas arqueológicas atestam que, antes de 753
a.e., a região do Lácio já era habitada por povos
de diferentes etnias, organ izados em comunidades agrícolas e pastoris, entre eles os etruscos que,
entre os sécu los VII e VI a.e., expandiram seu ter·
ritório e controlaram a monarquia em Roma.
{02) O período republicano foi marcado por lutas entre
patrícios e plebeus, as quais resultaram na criação
de magistrados especiais, conhecidos como Tribunos
da Plebe, encarregados de defender os interesses
jurídicos, políticos e sociais da plebe junto ao Senado.
{04) A expansão dos domínios romanos, na península Itá lica e em torno do Mar Mediterrâneo, acarretou uma desaceleração do processo de concentração fundiária nas mãos da aristocracia
patrícia, haja vista que o Estado romano estabeleceu uma série de medidas visando distribuir
terras aos pequenos e médios proprietários e à
plebe urbana empobrecida.
{08) Entre as maiores heranças cultu rais dos romanos,
para a civilização ocidental, estão o Direito, bem
como a língua latina, que serviu de matriz linguís·
tica a inúmeros idiomas modernos.
(16) Deterioração do exércit o, crise de suprimento da
mão de obra escrava, inflação, instabilidade política, instituição do colonato, como novo tipo de
relação de traba lho, foram algumas das características que marcaram o período da história romana conhecido como Diarquia, instaurada entre os
séculos Ili e V d.C.
11. {UFPI) Sobre a queda do Império Romano do Ocidente no ano de 476 d.e. podemos afirmar que:
a) Ocorreu, após os conflitos entre Roma e os cartagineses, o que enfraqueceu as bases econômicas
do Império.
b) Teve, no fortalecimento do cristianismo, a única
motivação explícita.
c) Foi provocada pela conjugação de uma série de
fatores, destacando-se a ascensão do cristianismo,
as invasões bárbaras, a anarquia nas organizações
militares e a crise do sistema escravista.
d) Teve, na superioridade dos povos bárbaros, a única
explicação possível.
e) Teve, em Carlos Magno, Imperador dos francos, a
principal liderança político-militar a comandar os
povos bárbaros na queda de Roma.
12. {UFPE) O crescimento do Império Romano contribuiu
para aumentar suas dificuldades adm inistrativas. O
Direito teve uma importância fundamental na superação dessas dificu ldades. Na história do Ocidente, o
direito romano:
a) foi superado pelos ensinamentos trazidos pelos
mestres bizantinos da Idade Média.
b) mantém um lugar de destaque nos estudos das
normas sociais existentes na Antiguidade.
c) teve uma importância ilimitada ao mundo europeu
medieval, sendo esquecido pelos modernos.
d) conseguiu f irmar-se no mundo europeu, mas man·
teve-se desconhecidos nas culturas orientais.
e) está superado no mundo atual, não merecendo
at enção dos est udos jurídicos contemporâneos.
13. {UFTM-MG)
Os romanos deram o nome de pax romana ao período
de estabilização das fronteiras. Nesse período, 300 mil
soldados, deslocando-se rapidamente pelas estradas do
Império, defenderam as fronteiras junto aos rios Reno e
Danúbio contra as incursões das tribos germânicas, con tiveram invasões orientais e sufocaram rebeliões internas.
A paz romana foi, antes de tudo, uma "paz armada'~ o
maior símbolo do apogeu do Império, que, no entanto,já
carregava em seu interior os sinais de sua decadência.
(Flavio de Campos e Renan Ga reia Miranda. A escrita da História)
O fim das conquistas romanas
a) fortaleceu os plebeus, em especial os mais ricos, que
conquistaram a instituição do tribunato da plebe e
a permissão do casamento com os patrícios.
b) provocou a guerra de Roma contra Cartago - as
Guerras Púnicas-, pois os cartagineses colocaram
em risco as conquistas romanas na Sicília e no nor·
te da África.
c) gerou o término do suprimento de escravos, decorrendo disso todo um processo de desordem
econômica em Roma, com a fragilização do Exército e o avanço dos germanos.
d) estabeleceu uma nova condição juríd ica para os
plebeus, que não podiam mais ser vítimas da es·
cravização por dívidas e foram beneficiados com
a distribuicão
de t erras.
•
e) motivou o crescimento dos espaços urbanos no
Império, com o consequente aumento das atividades manufatureiras e comerciais, além do crescimento da popu lação.
14. {UFJF-MG) A partir do século Ili assist e-se ao longo
processo de crise do Império Romano do Ocidente e
ao desenvolvimento das instituições feudais, que daria início ao período medieval. Assinale o item que
NÃO se enquadra nesse contexto.
a) A expansão do Império Romano do Ocidente ces·
sou, levando ao decréscimo da obtenção de escravos e riquezas.
b) As f ronteiras pouco controladas devido à fragilidade romana possibilitaram a invasão dos povos
bárbaros e a fragmentação territoria l do Império.
c) O poder político exercido pelas grandes cidades se
manteve, levando a um crescimento da urbaniza·
ção e desenvolvimento das instituições comerciais.
d) Desenvolveu-se o sist ema de colonato através do
qual escravos e plebeus empobrecidos passaram
a trabalhar como colonos nas terras dos grandes
proprietários.
e) Iniciaram-se as relações de suserania e vassalagem
baseadas em fidelidade e prestação de serviços
dos vassalos para com os senhores.
Vestibular em fo co
43
15. (Ufam) Nos últimos anos, a indústria hollywoodiana
investiu em filmes sobre a Antiguidade Clássica que
se tornaram grandes sucessos. Heróis como Máximo
em "Gladiador" ou Aquiles em "Troia" não deixam de
representar um estímulo para um conhecimento
aprofundado desse momento histórico. A re speito do
referido período você pode afirmar que:
1. No século V a.e. os gregos consideravam a polis
como o único contexto em que o homem podia
realizar as suas capacidades espirituais, morais e
intelectuais, ou seja, a sua cidadan ia.
li. O princípio de liberdade política, fundamental à
política grega e estranho à experiência política do
Oriente Próximo, era vital para a conformação do
ideal democrát ico no Ocidente.
Ili. A grande realização de Roma foi transcender a estreita orientação política da cidade-Estado e criar
um Estado universa l que unificou as diferentes
sociedades do mundo mediterrâneo.
IV. Entre os resu ltados do imperia lismo romano sobressaem-se o afluxo de capitais, desenvolvimento de uma economia monetária, a concentracão
'
da propriedade fundiária e o crescimento da mão
de obra servil.
Com relação a estas afirmativas, você pode concluir que:
a)
b}
c)
d}
e)
Todas as proposições estão corretas;
Apenas as proposições li, Ili e IV estão corretas;
Apenas as proposições 1, li e IV estão corretas;
Apenas as proposições 1, li e Ili estão corretas;
Todas as proposições estão erradas.
16. (U FFS-SC} Analise o texto abaixo:
O legado romano às t ecnologias de construção é inegável. Até hoje são utilizados para as alvenarias ......................., para vencer vãos ...............e o sistema
de ................................ para as ruas.
Assinale a alternativa que completa corretamente as
lacunas do texto.
a)
b)
c)
d)
e)
a areia; o arco; asfalto
o concreto simples; a viga; asfalto
o concreto simples; o arco; calçamento
a argamassa; a laje; regularização
o barro; a treliça; calçamento
17. (Unicamp-SP) O termo "bárbaro" teve diferentes significados ao longo da história. Sobre os usos desse
conceito, podemos afirmar que:
a) bárbaro foi uma denominação comum a muitas
civilizações para qualificar os povos que não compartilhavam dos valores dest as mesmas civilizações.
b} entre os gregos do período clássico o termo foi
utilizado para qualificar povos que não fa lavam
grego e depois disso deixou de ser empregado no
mundo mediterrâneo antigo.
c) bá rbaros eram os povos que os germanos classificavam como inadequados para a conquista, como
os vândalos, por exemplo.
44
Caderno de estudo
d} gregos e romanos classificavam de bárbaros povos
que viviam da caça e da coleta, como os persas,
em oposição aos povos urbanos civilizados.
18. (UFG-GO) Leia o verbete a seguir.
vândalo (do latim vandalus). S. m. 1. Membro de um
povo germânico de bárbaros que, na Antiguidade, devastaram o Sul da Europa e o Norte da África. 2. Fig. Aquele
que destrói monumentos ou objetos respeitáveis. 3. Fam.
Indivíduo que tudo destrói, quebra, rebenta.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Aurélio Século XXI:
dicionário da lín gua p ortuguesa. 3. ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira,
1999. (Adaptado).
O verbete "vânda lo" indica que o mesmo termo adqu ire diferent es significados. O sentido predom inant e no dicionário cit ado, e amplamente empregado
na cobertura midiática das recent es man ifest acões
'
no Brasil, decorre da preva lência, na cultura ociden t al, de uma
a) visão de mundo dos romanos, que, negando a cult ura dos povos germânicos, consolidou a dicotomia
entre civilizacão
e barbárie.
•
b} menta lidade medieva l, que, após a queda do
Império Romano, se apropriou da he rança cu ltural dos povos germânicos conquistadores,
va lorizando-a.
c) concepção renascentista, que resgatou os valores
cristãos da sociedade romana, reprim idos desde
as invasões dos povos bárbaros.
d} imagem construída por povos dominados pelo Império, que identificaram os vândalos como símbolo de resistência à expansão romana.
e) percepção resu ltante dos conflitos internos entre
os povos germânicos que disseminou uma imagem
negativa em relação aos vânda los.
19. (Uece)
"(...] com seus 70 a 75 mil habitantes, a Pompeia dos
anos 70 d.C. apresentava-se como uma cidadezinha provinciana enriquecida. Possuía uma agricultura desenvolvida, que alguns autores consideram capitalista devido à sua orientação para o mercado. No campo,
predominavam fazendas escravistas voltadas para a
produção de mercadorias, trigo, azeite e, principalmente, vinhos de diversas qualidades: populares, aromatizados, para aperitivo, medicinais, para citar apenas alguns. A criação de gado e a floricultura também eram
praticadas no campo. As principais manufaturas encontravam-se concentradas no interior do recinto urbano:
fábricas de cerâmica, construção civil, tinturarias, lavan derias, manufaturas têxteis e de confecções, de conservas de peixe e panificadoras. Embora não possamos
falar em revolução industrial, não cabe dúvida que a
urbanização ligava -se ao papel articulador do mercado
numa economia baseada no consumo de massa."
FUNARI, Pedro Paulo A .A vida quotidiana na Roma antiga. São Paulo:
Annablum e, 2003. p. 54·55.
No fragmento acima, Pedro Paulo de Abreu Funari se
refere a:
a) uma cidade medieva l que vivenciou o lento processo de transição da economia rural e agrícola do
feudalismo para uma economia urbana e mercan til da modernidade.
b) uma cidade romana que viveu o seu apogeu no período do Império, com grande pujança econômica
e desenvolvimento urbano grandioso, até sua destruição pela erupção vulcânica do monte Vesúvio.
c) uma colônia inglesa na América que se desenvolveu autonomamente em relação à sua metrópole,
prat icando comércio com áreas vizinhas e diversificando suas atividades econômicas.
d) uma cidade europeia que teve seu desenvolvimento econômico ligado ao processo de industrializacão
de manufaturas têxteis e de confeccões
desen•
•
volvidas a partir da evolução técnica oportunizada
pela revolução industrial moderna.
Leia o texto para responder à{s) questão(ões) a seguir.
Apesar de não ter sido tão complexo quanto os governos modernos, o Império {Romano] também precisava
pagar custos muito altos. Além de seus funcionários, da
manutenção das estradas e da realização de obras, precisava manter um grande exército distribuído por toda a
sua extensão. A cobrança de impostos é que permitia ao
governo continuarfuncionando e pagando seus gastos.
(Carlos Augusto Ribeiro Machado. Rom a e seu império, 2004.)
22. (Fuvest-SP) Várias razões explicam as perseguições
sofridas pelos cristãos no Império Romano, entre elas:
a) a oposição à religião do Estado Romano e a negação
da origem divina do Imperador, pelos cristãos.
b) a publicação do Edito de Milão que impediu a legalização do Cristianismo e alimentou a repressão.
c) a formação de heresias como a do Arianismo, de
autoria do bispo Ário, que negava a natureza divina de Cristo.
d) a organização dos Concílios Ecumênicos, que visavam promover a definição da doutrina cristã.
e) o fortalecimento do Paganismo sob o Imperador Teodósio, que mandou martirizar milhares de cristãos.
23. {UFRN) Sidônio Apolinário, aristocrata da Gália romana, escrevendo a um amigo, num período de grandes
transformações culturais, assim se expressou:
O vosso amigo Eminência, honrado senhor, entregou
uma carta por vós ditada, admirável no estilo[...]. A língua
romana foi há muito tempo banida da Bélgica e do Reno;
mas se o seu esplendor sobreviveu de qualquer maneira,
foi certamente convosco; a nossa jurisdição entrou em
decadência ao longo da fronteira, mas enquanto viverdes
e preservardes a vossa eloquência, a língua latina permanecerá inabalável. Ao retribuir as vossas saudações o meu
coração alegra-se dentro de mim por a nossa cultura em
desaparição ter deixado tais traços em vós[.. .].
Apud PEDRERO ·SÁNCHEZ, Maria Guada lupe. História da Idade Média:
textos e testemunhas. São Paulo: Editora UNESP, 2000. p. 42·43.
20. {Vunesp-SP) Os gastos militares intensificaram-se a
partir dos séculos Ili e IV d.C., devido
a) ao esforço romano de expandir suas fronteiras pa ra o centro da África.
b) às perseguições contra os cristãos, que, bem-sucedidas, permitiram o pleno retorno ao politeísmo.
c) à necessidade de defesa diante de ataques simultâneos de bárbaros em várias partes da front eira.
d) aos anseios expansionistas, que levaram os romanos a buscar o controle armado e comercia l do mar
Mediterrâneo.
e) à guerra contra Cartago pelo controle de terras no
norte da África e na Península Ibérica.
21. (Mack-SP) Durante a República Romana, a conquista
da igualdade civil e política, os tribunos da plebe e a
lei das Doze tábuas foram decorrentes:
a) da marginalização política, discriminação social e
desigualdade econômica que afetavam a plebe
romana.
b) da crise do sistema escravista de produção, transformando escravos em colonos e consequente
declínio da agricultura.
c) do elevado poder do exército, que para conter a
pressão das invasões bárbaras realizou reformas
político-administrativas.
d) do afluxo de riqueza para Roma devido às conquistas e enfraqueciment o da classe equestre.
e) da elevação do cristianismo que pregava a igualdade de todos os homens.
A opinião contida no fragmento da carta está diretamente relacionada às
a) invasões dos territórios do Império Romano pelos
povos germânicos, provocando mudanças nas instituições i m per ia is.
b) influências da cultura grega sobre a latina após a
conquista da Grécia pelos romanos e sua anexação
ao Império.
c) vitórias dos romanos sobre Cartago nas chamadas
Guerras Púnicas {264-146 a. C.), impondo a cultura
do Império a t odo o norte da África.
d) crises que se abateram sobre o Império Romano
depois do governo de Marco Aurélio (161-180 d. C.),
quando o exército passou a controlar o poder.
24. (Unaerp-SP) Na história de Roma, o século Ili da era
cristã é considerado o século das crises. Foi nesse período que:
a) As tensões geradas pelas conquistas se refletiram nas
contendas políticas, criaram um clima de constantes
agitações, promovendo desordens nas cidades.
b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exército de cidadãos proprietários de terras.
c) O império romano começou a sofrer a terrível crise
do trabalho escravo, base principal de sua riqueza.
d) Os soldados perderam a confiança no Est ado e
tornaram-se fiéis a seus generais partil hando com
eles os espólios de guerra.
e) Os conflitos pela posse da terra geraram a Guerra
Civil.
Vestibular em foco
45
TEMA 10
O IMPÉRIO BIZANTINO
Império Romano
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Expansão do
cristianismo
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Dependência
da expansão
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Dinamismo comercial e menor
dependência da expansão
Invasões
bárbaras
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Bizantino
Queda e
fragmentação
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Reconquista
temporária do Império
do Ocidente
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Justiniano (527- 5651
Apogeu do Império Bizantino
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Divergências com Igreja
Romana
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Cisma do
Oriente (10541
Igreja católica romana
(Ocidente)
Sem unidade polít ica:
ocidente medieval.
46
Cesaropapismo
Recusa em reconhecer o papa
Iconoclastia
Igreja cristã ortodoxa
(Orientei
( - - - - - - - - -)
Império Bizantino, até sua desagregação com
a conquista dos turcos o tomanos e a tom ada
de Constantinopla, em 1453.
1
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I
,
.
Exerc1c10s
1. {UFPB) A imagem abaixo está em um mosaico da igreja de San Vitale, na cidade de Ravena, na Itália. A figura é de influência cultu ral biza nt ina e representa o
imperador Justiniano cercado de cortesãos.
3. {PUC-PR)
É bizantino esperar de uma política bancária que aumenta os depósitos compulsórios e que eleva a alíquota
do PIS/Cofins uma redução expressiva das taxas de crédito. Também o é culpar a Selice o lucro dos bancos pelos
empréstimos caros no Brasil, ignorando as demais causas.
A superação da barreira do crédito demanda um diagnóstico realista e a eliminacão das bizantinices .
•
(Roberto Luís Troster. Folha de S.Paulo, 03. ago.2006, p. A3).
O Império Romano do Oriente t inha como capital
Constantinopla. Originou-se da divisão do Império
Romano em 395 d.C. e, no período medieva l, passou
a ser ma is conhecido como Im pério Bizantino, perd urando cerca de mil anos, até 1453 d.e., quando f oi
dominado pelos t urcos. A sua longa duração prod uziu
uma civilização que deixou uma herança cult ural com
repercussões significativas até os dias atuais.
Da heranca
cult ural bizantina fazem parte:
•
(1) O Corpusluris Civilis, uma compilação da legislação
e ju rispru dência romanas e, t ambém, bizantinas,
base do direito civil moderno em muitos países.
(2) A atitude iconoclast a, contra a adoração de imagens nas igrej as, cont ribuição de considerável influ ência sobre o cat olicismo ocidental.
(4) A religião cri stã ortodoxa, decorrente do chamado
Cisma do Oriente, devido a disput as polít ico-religiosas com o Papado de Roma.
(8) A organização de uma cultura artística laica, desvinculada da religião, especialmente na pint ura dos
ícones e na arquitetura.
(16) A separação entre Igreja e Estado, ardorosamente defendida pelos adeptos do Estado laico, concepção polít ica decisiva na formação do Estado
ocidenta l moderno.
2. {UFPB) Em inícios do século VIII, o império Bizant ino,
t endo à frente Leão lsáurico, encont rava-se abatido
diante da expansão muçulmana. Leão entendeu que
as derrotas do Império deviam-se à adoração crescente dos fiéis às imagens de santos e resolveu destruí-las.
Esse moviment o fi cou conhecido como:
a) Monofi sista
b} Cesaropapista
c) Iconoclast a
d) Telefisista
e) Legitimist a
O autor nos compara, com muita propriedade, com
o Império Bizantino, onde:
a) o povo não era at ingido por tribut ações exageradas, causa da paz e eq uilíbrio sempre present es
naquela sociedade.
b) seus habit antes deleitavam-se com discussões
fil osóficas, sut is e que não levavam a nenhu ma
conclusão.
c) as decisões econômicas eram tomadas democrat icamente.
d) havia programas de previdência e aposentadorias
bast ante complexos.
e) as decisões polít icas eram tomadas com grande
obj etividade e rapidez.
4. {Vunesp-SP) É certo que as civilizações da Antiguidade lega ram à posteridade um respeitável acervo cultural. No entanto, pa ra superar equívoco, assinale a
alternativa INCORRETA .
a) A pint ura egípcia revela belos exemplos de descrição de movimento, sendo a figura huma na representada com a cabeça e os pés de perfil.
b) Ent re as Civilizações Mesopotâmicas que se desenvolveram no vale dos rios Tigre e Eufrates, predom inou, durante certo tempo, a forma asiática
de produção.
c) No período denominado Homérico, houve a dissolução das comunidades gentílicas e a formação
gradat iva das cidades-Estado da Grécia.
d) A escrit a egípcia era em caract eres cuneiformes.
e) O Direito Romano, sujeito a novas interpretações,
t ornou-se parte im portant e do Código de Justiniano, influenciou j urist as da Idade Média e até das
fases históricas subseq uentes.
5. {UFPE) Um estudo da economia bizantina no período
medieval:
a) at esta um grande desnível social, com a presença
da servidão, de latifundiários aristocratas e de uma
Igreja de grande poder político;
b) registra a fa lta de prestígio dos comerciantes,
que levavam uma vida urbana simples e sem
ostentacão;
'
c) mostra uma atividade comercial pouco desenvolvida e muito semelhant e à do feudalismo europeu;
Vestibular em foco
47
d) revela a força dessa economia, em razão das pequenas propriedades admin istradas com o apoio
do poder estatal;
e) evidencia a falta de apoio do Estado na gestão dos
negócios, devido à presença soberana da Igreja.
6. (Mack-SP) O ano de 1054 foi marcado pelo "Cisma do
Oriente". Após um longo processo de conflitos, ocorreu a ruptura entre o papado romano e o patriarca de
Constant inopla, ocasiona ndo:
a) a criação da igrej a Cristã Ortodoxa Grega.
b) a t ransferência da sede do papado para a cidade
de Avignon.
c) o conflito denominado Querela das Investiduras.
d) a fundação da Igreja Cristã Protestante.
e) a divisão do Clero em secular ortod oxo e regula r
monástico.
7. (Ufes)
Segundo a crença dos cristãos de Bizâncio, os ícones
(imagens pintadas ou esculpidas de Cristo, da Virgem e
dos Santos) constituíam a "revelação da eternidade no
tempo, a comprovação da própria encarnação, a lembrança de que Deus tinha se revelado ao homem e por
isso era possível representá-Lo deforma visível".
(Franco Jr., H. e Andrade Filho, R. O. O Império Bizantino.
São Paulo: Brasiliense, 1994. p. 27).
Apesar da extrema difusão da adoração dos ícones
no Império Bizantino, o imperador Leão Ili, em 726,
condenou tal prática por idolatria, desencadea ndo
assim a cha mada "crise iconoclasta".
Dentre os f atores que motivaram a ação de Leão Ili,
podemos citar o (a):
a) intolerância da corte imperial para com os habitant es da Ásia Menor, região onde o culto aos ícones servi a de pret exto pa ra a aglut inação de povos
que pretendiam se emancipar.
b) necessidade de conter a proliferação de culto às
imagens, num contexto de reaproximação da Sé
de Roma com o imperador bizantino, uma vez que
o papado se posicionava cont ra a inst it uição dos
ícones e exigia a sua errad icação.
c) tent at iva de mirar as bases políticas de apoio à
sua irmã, Teodora, a qual valendo-se do prestígio
de que gozava junto aos altos dignitários da Igreja Bizantina, aspirava secretamente a sagrar-se
impera triz.
d) aproximação do imperador, por meio do califado
de Damasco, com o credo islâmico que, recuperando os princípios originais do monoteísmo judaico-cristão, condenava a materialização da essência sagrada da divindade em pedaços de pano
ou madeira.
e) descontentamento imperia I com o crescente prest ígio e ri queza dos most eiros (principais possu idores e fabricantes de ícones), que atraíam para o
serviço monást ico numerosos jovens, imped indo-os, com isso de contribuírem para o Est ado na
qua lidade de soldados, marinheiros e camponeses.
48
Caderno de estudo
8. (Vunesp-SP) A civilização bizantina floresceu na Idade
Média, deixando em muitas regiões da Ásia e da Europa testemunhos de sua irradiação cultural. Assinale importante e preponderante contribuição artística
bizant ina que se dif undiu expressando forte destinação religiosa:
a) adornos de bronze e cobre.
b) aquedutos e esgotos.
c) telhados de beirais recurvos.
d) mosaicos coloridos e cúpulas arredondadas.
e) vias ca lçadas com artefatos de couro.
9. (PUC-Campinas) O Império Bizantino, ao longo de sua
hist ória, apresentou um governo que seca racterizou
por:
a) proporcionar cond ições sociais que possibilita ram eliminar, desde suas origens, o problema da
escravidão.
b) procurar eli minar suas origens romanas e porrest rin gir o poder dos soberanos, que era bastante
limitado.
c) apresentar um caráter despótico associado à
grande infl uência religiosa, dando-lhe uma f eição
teocrática.
d) controlar, chegando a elimina r completamente, o
poder da burocracia no Estado.
10. (FGV-SP) Entre as múltiplas razões que explicam a
sobrevivência do Império Romano no Oriente, até
meados do século XV, está a:
a) capacidade política dos biza ntinos em manter o
controle sobre seu território subordinado a uma
Mona rq uia Despótica e Teocrát ica;
b) autonomia comerci al das Cidades-estados otomanas subordinadas ao Império Romano do Ocidente;
c) essencial rura lização da sociedade para proteger-se
de migrações desagregadoras;
d) capacidade do Sult ão Maomé li de mant er, ao longo de seu governo, a unidade otomana do Império
Bizantino;
e) política descentralizada, consequência das migrações gregas e romanas.
11. (PUC-PR) No século VI, o Império Bizantino foi governado pelo seu mais célebre imperador, Justiniano.
Conseguiu anexar várias regiões ao seu t erritório,
praticou o cesa ropapismo, isto é, fazia const antes
intervenções nos assuntos religiosos e mandou edifi car a suntuosa Igrej a de Sa nta Sofi a. Na cultura juríd ica, organizou o Corpus Juris Civilis, no qual podemos destacar:
1. Um código, que continha toda a legislação romana revisada desde o im perador Adriano.
li. O Digesto ou Pandectas, que incluía um sumário
da jurisprudência romana.
Ili. A Recomendação, que teve suas origens no antigo
patronato romano.
IV. As Institutos, que constituíram um resumo para
ser utilizado pelos estudiosos de Direito.
V. As Novelas ou Autênticas, que reuniam as novas
leis do imperador.
VI. O Dominus Noster, inspiração nas Monarquias
despóticas e teocráticas do Oriente.
VII. As leis Licínia e Ogúlnia, que tratavam de assuntos
referentes ao Direito Civil e ao Direito Penal.
a) 1, li, IV e V.
b) 1, li, Ili e VII.
c) li, Ili e IV.
d) li, IV, VI e VII.
e) 1, IV, V e VI.
12. (UFV-MG) O Império Bizantino se originou do Império
Romano do Oriente, reun indo diferentes povos: gregos, egípcios, eslavos, semitas e asiáticos. Em razão
disso, foi preciso criar um eficiente sistema político e
administrativo para dar força e coesão àquele mosaico de povos e culturas. Sobre o Império Bizantino é
INCORRETO afirmar que:
a) a religião fornecia a fundamentação do poder imperial, mas absorvia grande parte dos recursos
econômicos, originando várias crises.
b) a intolerância religiosa não deixava espaço de autonomia para que os indivíduos escolhessem seus
próprios caminhos para a salvação.
c) a estrutura eclesiástica era extensa e muito influente, provocando intensa espiritualidade popular e vá rias controvérsias teológicas.
d) a fusão entre poder temporal e poder espiritual
permitia que o imperador indicasse laicos para
postos na hierarquia eclesiástica.
e) a im portância política do imperador impediu que
o patriarcado se desenvolvesse independentemente, tal como o Papado do Ocidente.
O ícone, pintura sobre madeira, foi uma das manifestações características da civilização bizantina, que
abrangeu amplas regiões do continente europeu e
asiático. A arte bizantina resultou
a) do fim da autocracia do Império Romano do Oriente.
b) da interdição do culto de imagens pelo cristianismo
prim it ivo.
c) do "Cisma do Oriente", que rompeu com a unidade
do cristianismo.
d) da fusão das concepções cristãs com a cultura decorativa oriental.
e) do desenvolvimento comercial das cidades italianas.
14. (UFRGS-RS) Assinale a alternativa que apresenta um
dos resultados do entrecruzamento de culturas no
Império Bizantino.
a) As artes visuais diversificaram-se a ponto de serem
eliminadas as características estéticas de inspiração greco-cristã.
b) A adoração popular a ícones religiosos gerou crises
na Igreja de Bizâncio.
c) Elementos clássicos, como a retórica e a língua
grega, foram superados em função da interação
cu ltura l cosmopolita.
d) A arquitetura passou a primar pela simplicidade,
a fim de se adequar à doutrina religiosa ortodoxa.
e) A estrutura jurídica do Império Bizantino não sofreu a influência do direito romano.
15. (ESPM-SP) Observe a imagem, leia o texto e responda:
13. (Vunesp-SP) Observe a figura.
Depois da queda do Império Romano do Ocidente
(476) Roma caiu num período de obscuridade enquanto Constantinopla permanecia o farol da civilização
e da cu ltura, sendo constantemente embelezada por
monumentos magníficos. Um deles, Santa Sofia,
obra-prima da arquitetura, erguida no século VI e
considerada pelos historiadores de arte como a oitava maravilha do mundo. Em 1453 Constantinopla foi
submetida ao domínio de outro povo e o monumento passou por modificações exteriores e interiores.
Assinale a alternativa que apresente, respectivamente, os responsáveis pela construção e pelas posteriores alterações em Santa Sofia:
Madona e Filho, Berli nghiero. sécu lo XII.
{www.literaria.net/RP/ L2/RPL2.htm)
a)
b)
c)
d)
e)
gregos - persas;
gregos - turcos seljúcidas;
bizantinos - árabes muçulmanos;
bizantinos -turcos otomanos;
francos - hindus.
Vestibular em foco
49
TEMA 11
O ISLÃ E O MUNDO APÓS O SÉCULO V
...
,
Arabes
China
,,.
,
Areas cristianizadas
Antigo Império
Romano do
Ocidente
--.--
Império
Bizantino)
--✓
1
1
1
1
1
1
1
•
1
1
1
1
1
1
1
1
1
\
,
• Em 622 ocorreu a Hégira,
(fuga de Maomé com
seus seguidores}, marco
do início do calendário
islâmico.
• Após a morte de
Maomé, sua fé seguiu se
expandindo e formou-se o
Império Islâmico.
• Durante a dinastia Omíada
(661-750) a expansão árabe
incluiu a península Ibérica.
• Na dinastia Abássida o
poder se fragmentou.
Ocorreu ainda a d ivisão
religiosa, entre sunitas e
xiitas.
_______________ _______ _
'
__
'
-------------------------- ---- -o
,
Cult ura de
Teotihuacán
\
1
1
ó
, ---o
1
, ____ Maias
,
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,,---0
'
Norte da
África
Reino 0 ----- - , ,
\
de Gana
I
,'
'
{ • Reunificação sob a
dinastia Sui (581-618!.
• Dinastia Tang (618- 907), ponto alto da
civilização chinesa
(expansão territorial,
fl orescimento cultural,
inovações técnicas,
confucionismo!.
• Conflitos com
mongóis e turcos ao
norte. Gêngis Khan,
centralizou o poder na
Mongólia no início do
século XII I.
• Kublai Khan concluiu
a conquista da China
pelos mongóis e deu
início à dinastia Yuan
11270-1368).
1
1
1
1
1
1
o
J
,,-----o
'
Reino de
Axum
, __ _ Civiliz~ções
0
andinas
ó
,
América
Africa
• Império Tiahuanaco e Império Huari, entre
os séculos VI e X.
• Posteriormente a região foi dominada pelos
incas.
•
, _-
1
1
\
'
--
50
• Desenvolveu-se entre os séculos Ili e X.
• Cidades-Estado, com a sociedade
hierarquizada e agrária.
• Avanços técnicos e c ientíficos e escrita
hieroglífica.
• Língua e origem exatas desconhecidas.
• Teria existido aproximadamente do século 1
a.e. ao X d.e.
• Construíram g randes pirâmides.
• Sucedidos por toltecas e astecas.
• Conquista do Reino de Kush pelo Reino de
Axum (3251.
• Ampla rede de navegação e comércio,
alfabeto próprio, aliança com o Império
Bizantino. presença do cristianismo.
• Enfraquecimento com a unificação islâm ica
no século VII.
Ocupação pelos vândalos 1429!, conquista pelo
Império Bizantino 1533-548), domínio islâmico a
partir do século VII.
'
• Consolidação no século IV.
• Estrutura política não centralizada.
• Comércio com os berberes.
• Beneficiado pela expansão muçulmana, teve
seu auge económico no século VIII.
Exercícios
1. {UFRS) O texto abaixo refere-se aos progressos de
3. (Mack-SP)
uma importante civilização dentro da História da Humanidade nos séculos VII ao XIV da era cristã. A partir das informações fornecidas, identifique o povo que
marca esta civilização, ind icando, também, a religião,
o livro sagrado, o profeta, a principal cidade e a atividade econômica que caracterizam este povo.
Em terras do Islão, era difícil separar Estado e religião.
A palavra Islão designa o mundo dos crentes, dos que acreditam em um só deus e obedecem a um só chefe, Maomé,
e a seus sucessores, os califas. Tem, portanto, significado
religioso e político, isto é, designa um Estado Teocrático,
em que o chefe religioso e o chefe político são um só.
Um povo, até então quase desconhecido, unificara-se
levado pelo impulso de uma nova religião. [...] Os mais antigos Estados desmoronavam e, do Sir-Daria ao Senegal, as
religiões estabelecidas inclinavam -se diante de uma recém-chegada, a mesma que, hoje, conta cerca de 300 milhões
de fiéis. A nova civilização resultante destas conquistas
alinhar-se-ia entre as mais brilhantes e seria, de vários pontos de vista, a preceptora do Ocidente, depois de ter por sua
vez recolhido, vivificando-a, grande parte do legado antigo.
José Jobson de A. Arruda, Toda a História.
PERROY, E. "A Preeminência das Civilizações Orientais". ln: CROUZET,
M . História Geral das Civilizações. Tomo Ili, p. 95.
a) árabes - islamismo - Novo Testamento - Cristo Bombaim - agricultura
b) hebreus - judaísmo - Antigo Testamento - Moisés
- Jerusalém - comércio
c) árabes - budismo - Corão - Maomé - Meca - artesanato
d) persas - zoroastrismo - Livro dos Ensinamentos Nostradamus - Bagdá - artesanato
e) árabes - islamismo - Corão - Maomé - Meca - co,
.
merc10
2. {Vunesp-SP)
Os muçulmanos entenderam que deveriam constituir
uma frota para o Mediterrâneo. O resultado inicial foi a
conquista de Chipre e de Rodes. A Córsega foi ocupada
em 809, a Sardenha em 810, Creta em 829, a Sicília em
82Z As cidades fundadas pelos gregos na Sicília foram
sendo conquistadas. Palermo caiu em 831, Messina em
843, Siracusa em 848, Taormina em 902.
RISLER, Jacques Risler. A civilização árabe, 1955.
Esta ocupação resultou
a) no clima de intolerância religiosa e de perseguição
ao cristianismo no conjunto das regiões ocupadas
pelos árabes.
b) na decadência acentuada do patrimônio cultural,
científico e filosófico da civilização grega antiga e
clássica.
c) na derrocada dos regimes democráticos do Ocidente, inspirados no modelo da ant iga democracia
ateniense.
d) na reconquista, pelos muçu lmanos, de muitas regiões e cidades invadidas pelo movimento das
Cruzadas europ eias.
e) no aprofundamento da crise da atividade comercia l europeia, com o consequente deslocamento
da população para os campos.
A respeito da religião fundada por Maomé, pode-se,
corretamente, afirmar que:
a) criou uma unidade político-religiosa, que possibilitou a expansão dos árabes.
b) impediu o expansionismo árabe para além das
fronteiras do Oriente Médio.
c) concedeu autonomia aos ca lifados e favoreceu a
expansão do politeísmo islâmico.
d) reafirmou os antigos princípios da idolatria existentes na cidade de Meca.
e) negou a legitimidade da guerra como instrument o de difusão da fé islâmica.
4, (Uece - adaptada) Sobre os fundamentos do Islã ou
lslame, assinale o correto.
a) É uma religião politeísta que surgiu no final do
século IV d.e. e tem em Maomé seu principal márt ir. Seu livro sagrado é o Tal mude.
b) Éuma religião monoteísta que surgiu no século X d.C.
Sua sede religiosa é a cidade de Medina e seu livro
sagrado é a Kaaba .
c) É uma religião politeísta que surgiu no século I d.e.
Sua sede é Jerusa lém, Maomé seu fundador e não
tem um livro sagrado.
d) É uma religião monoteísta que surgiu no século
VII d.e. Seu profeta é Maomé e seu livro sagrado
é o Alcorão.
e) É uma religião politeísta que surgiu no século XX.
Sua sede religiosa é Bagdá, Saddan Hussein seu fundador e seu livro sagrado é o Antigo Testamento.
5. (UFJ F-MG) O islamismo, religião fundada por Maomé
e de grande importância na unidade árabe, tem como
fundamento:
a) o monot eísmo, influência do cristianismo e do judaísmo, observado por Maomé entre povos que
seguiam essas religiões.
b) o culto dos santos e profetas através de imagens
e ídolos.
c) o politeísmo, isto é, a crença em muitos deuses,
dos quais o principal é Alá.
d) o princípio da aceitação dos desígn ios de Alá em
vida e a negação de uma vida pós-morte.
e) a concepção do islam ismo vinculado exclusivamente aos árabes, não podendo ser professado
pelos povos inferiores.
Vestibular em foco
51
6. (Vunesp-SP) O islamismo, ideologia difundida a partir
da Alta Idade Média, em que o poder político confun·
de-se com o poder religioso, era dotado de certa he·
terogeneidade, o que pode ser constatado na existência de seitas rivais como:
a)
b)
c)
d)
e)
politeístas e monoteístas
sunitas e xiitas
crist ãos e muezins
sunitas e cristãos
xiitas e politeístas
7. (UFRN) A expansão do Império Muçulmano, durante
a época medieval, está ligada ao crescimento do Islamismo. Pode-se afirmar, também, que a expa nsão
muculmana:
'
a) criou um intercâmbio comercia l entre Oriente e
Ocidente, o qual estimulou o aumento da produção, a difusão de técnicas e a propagação de mercadorias;
b) exerceu uma grande influência sobre as crenças
do Oriente, sendo a principal fonte de desenvolvimento do monoteísmo no Império Bizantino;
c) decorreu da crescente necessidade de mercados
fornecedores de escravos para a produção de seda,
comercia lizada pelas tribos da Península Arábica;
d) resultou de um processo de unificação polít ico·
-administrativa das diversas tribos arábicas que
lutavam contra a dominação da Igreja Católica.
9. (PUCC-SP) Para compreender a unificação religiosa e
política da Arábia por Maomé, é necessário conhecer:
a) a atuação das seitas religiosas su nita e xiita, que
contribuíram para a consolidação do Estado teocrático islâmico.
b) os princípios legitimistas obedecidos pela tribo
coraixita, da qual fazia parte.
c) os fundamentos do sincretismo religioso que marcou a doutrina islâmica.
d) as particu laridades da vida dos árabes nos séculos
anteriores ao surgimento do islamismo.
e) a atuação da dinastia dos Omíadas que, se misturando com os habitantes da região do Maghreb,
converteram-se à religião muçulmana e passaram
a ser chamados de mouros.
10. (Faap-SP) O Império Islâmico, que dominou grande
parte do mundo medieval, chegou a alcançar um notável desenvolvimento científico. Para que isso acontecesse, muito cont ribuíram os conhecimentos que
anterior. Que civilisobreviveram de uma civilizacão
,
zacão foi essa?
'
a) Germânica
b) Babilônica
c) Grega
d) Romana
e) Egípcia
11. (UFMS) Analise as alternativas aba ixo e, em seguida,
aponte qua l(is) está(ão) correta(s):
Com base nos itens 1, li e Ili pode-se afirmar que as
características comuns que marcaram a atividade
intelectual dos árabes, nas diversas áreas do conhecimento na época da expansão do islamismo, foram,
respectivamente:
1. O budismo, religião que não considera a ideia de
um deus ou de um ser supremo que controla o
universo, baseia-se na vida e nos ensinamentos
de Sidartha Gautama, que ensinou a forma de
superar a miséria da existência.
li. O islam ismo tem cinco princípios básicos: a prof issão da fé; a oração, que se faz cinco vezes ao
dia; o zakat, imposto obrigatório e destinado a
atender aos necessitados; o jejum de Ramadã; e
o hadj ou a peregrinação a Meca.
Ili. O cristianismo, especia lmente o catolicismo ro·
mano, é a ún ica das grandes religiões que está
submetida ao controle do clero organizado e con·
sidera a ideia de um deus ou ser supremo que
controla o Universo.
IV. O budismo, religião que considera a ideia de um
deus ou de um ser supremo que controla o Universo, baseia-se na vida e nos ensinamentos de
Buda, que ensinou a forma de superar a miséria
da existência.
a) o antropocentrismo, o ecletismo e a crítica a concepções religiosas;
b) a praticidade, o naturalismo e a influência do ritualismo religioso;
c) a originalidade, o nat uralismo e a harm onia da fé
com a razao;
d) o ecletismo, a praticidade e a pouca influência
religiosa;
e) o cosmopolitismo, o misticismo e o ritualismo religioso.
a) As afirmativas I e li estão corretas e as Ili e IV estão
erradas.
b) As afirmativas 1, li e Ili estão corretas e a IV está
errada.
c) As afirmativas li e Ili estão corretas e as I e IV estão
erradas.
d) As afirmativas li e IV estão corretas e as I e Ili estão
erradas.
e) As afirmativas I e Ili estão corretas e as li e IV estão
erradas.
8. (U FSE)
1. Os intelectuais árabes interessavam-se por diver·
sos ramos de estudos ao mesmo tempo; o sábio
AI-Biruni, por exemplo, era matemático, astrônomo, botân ico, poeta e historiador.
li. Havia interesse em conciliar a observação rigorosa e desinteressada com as consequências práticas das novas descobertas; por outro lado, as
descobertas do dia a dia contribuíam para aumentar o rigor das observações e aná lises dos estudiosos árabes.
Ili. Os estudiosos se orientavam pelo raciocínio lógico, pela observação direta e pela experimentação,
sem se atrelarem a especulações religiosas.
-
52
Caderno de estudo
12. (Upis-DF) Em 711, os muçulmanos atravessaram o Estreito de Gibraltar e conquistaram quase toda a Península Ibérica. Depois transpuseram os Pireneus e
entraram na Gália, mas foram derrotados em 732 por
Carlos Marte! na famosa Batalha de:
a) Aljubarrota
b) Poitiers
c) Waterloo
d) Alcáder-Quebi r
e) Granada
13. {Unifor-CE) Observe atentamente a foto da Mesquita de Córdoba, construída, na Espanha, entre os séculos VIII e X.
a) conseguiram dominar o comércio medieval, trazendo mercadorias do Oriente para a Europa Central, em grande quantidade;
b) utilizaram muitos instrumentos comerciais como
cartas de crédito e companhias de ações para fa cilita r os negócios;
c) centra lizaram suas atividades em corporações estatais bastante produtivas, com manufaturas articuladas com a exportação comercial;
d) desenvolveram rotas comerciais no Oceano Pacífico, por onde exportavam seda e pólvora para as
cidades da Ásia;
e) tiveram boas relações com as cidades francesas e
italianas durante os séculos finais da Idade Média,
vendendo-lhes especiarias do Orient e.
15. {UEFS-BA) Depois de passar a tocha que ajudou a il uminar a Era das Trevas na Europa, os árabes entraram
num longo e agitado sono, do qual só agora começam
a despert ar. Desde a Segunda Guerra Mund ial, libertos por fim de séculos de domínio estrangeiro, abençoados com os recursos trazidos pelo petróleo e agora aproveitando a tecnologia ocidental, os povos
árabes, há tanto tempo divididos, mais uma vez buscam a unidade. Nahda, assim os árabes chamam essa
renascença. Até agora não passa de um sentimento,
um começo, um espírit o que se nota no mundo árabe.
"A época dos impérios passou''. comentou certa noite
um amigo de Meca. "Mas com certeza iremos, com a permissão de Alá, reflorescer de novo, unificados por nossa
COSTA, Luis C. A.: MELLO, Leonel, 1. A. História antiga e m edieval.
São Paulo: Scipione, 1993. p. 249.
A mesquita foi idealizada e construída pelos muçulmanos. Sobre eles pode-se afirmar que:
a) desconheciam técnicas de navegação até a sua
chegada à Europa, quando tomaram contato e
aperfeiçoaram a bússola e a pólvora;
b) proporcionaram grande contribuição aos povos da
península Itálica e Balcânica na Europa, mas não
conseguiram o mesmo sucesso na península Ibérica;
c) impediram que os europeus praticassem quaisquer
atividades comerciais, em razão do domínio que
exerceram sobre o mar Mediterrâneo por quase
oito séculos;
d) se destacaram pela intolerância com que tratavam os povos dom inados, desrespeitando as culturas locais e a religião, em prejuízo das atividades
produtivas;
e) difundiram valores culturais da Antigu idade Clássica no mundo ocidental, no contexto marcado
pelo expansionismo territorial.
14. {UPE) Muitas vezes, dá-se um destaque exagerado às
guerras comandadas pelos árabes nos tempos medievais, enquanto as suas contribuições cultu rais permanecem como exemplos da riqueza de seus feitos.
Além disso, as suas atividades comerciais dão mostras
do dinamismo dos árabes, pois:
religião, cultura e língua."
E contou a história do cético que provocou Maomé
sobre a promessa islâmica de ressurreição: "Que poder
seria capaz de trazer o homem de volta à vida, depois de
transformado em ossos e pó?"
"O mesmo que criou o homem a partir da argila''. respondeu imperturbável o Profeta.
BELT, 2001, p. 143.
A partir da análise do texto e dos conhecimentos sobre a civilização muçulmana, pode-se afirmar:
a) Os países muçulmanos defendem, na atualidade,
o restabelecimento do Império Islâmico e o domínio dos povos cristãos ocidentais.
b) A dominação europeia sobre o mundo muçulmano,
no contexto da Segunda Guerra Mund ial, deveu-se
ao apoio desses povos à Alemanha hitlerista.
c) A expansão muçu lmana, a partir do século VIII,
estabeleceu grandes avanços técnicos, filosóficos,
cu ltura is e científicos na sociedade eu ropeia.
d) A Europa só conseguiu superar o obscurantismo medieval, a ignorância e a ausência de produção filosófica e cultural a partir da dominação muçulmana.
e) A unidade religiosa dos muçulmanos possibilitou
que, durante a dominação imperialista, suas fronteiras políticas e divisões étnicas e culturais fossem
respeitadas pelos europeus.
Vestibular em fo co
53
TEMA 12
,
SURGIMENTO DA EUROPA: A ALTA IDADE MEDIA
A Alta Idade Média (séculos V-X)
Migrações
bárbaras
1
1
1
1
1
V
Desagregação do Império
Romano do Ocidente
;
... -------------------------------~------------------------------1
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Fuga para o campo
Ruralização
Guerras constantes
Construções fortificadas
1
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Redução do comércio
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1
v
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A formação do reino franco
e
e
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Fundação
A sociedade feudal
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Senhores feudais
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Dinastia Carolíngia
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V
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Nobreza
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Relações de
suserania e
vassalagem
Clero
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Monopólio
da força
Monopólio
da Igreja
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Predomínio do
pensamento
religioso
Apogeu - Carlos Magno coroado pelo papa
como imperador do Ocidente !800)
T
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( D1.v1sao
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t
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Renasc1men o
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Domínio
de vastos
territórios
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'1
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administração
(condes,
marqueses)
Divisão do Império pelos sucessores:
Tra tado de Verdun
1
V
Fim da dinastia Carolíngia !século X)
54
'
1
1
\
...... ___________ ,,'1
1
1
Servos
Subordinados e
obrigados a pagar
t ributo
Exercícios
1. (Fuvest-SP) Qua l a diferença entre as obrigações de
um vassalo e as de um servo na sociedade feudal?
2. {PUC-PR) Dentre os vários reinos bárbaros que se formaram na Europa, após a queda do Império Romano
Ocidenta l, um teve grande destaque, em virtude de
personagens como Clóvis e Carlos Magno.
O grupo germano organ izador de tal reino foi o dos:
a) saxões.
b) godos.
c) ostrogodos.
d) f rancos.
e) vânda los.
3. (UFRS) Analise as afirmações abaixo, relativas à formação da sociedade feudal.
1- A origem da condição servil está relacionada com
o sistema do "colonato", que remonta ao século
IV da era cristã.
li- O processo de feuda lização implicou enfraqueciment o do poder real, já que cada feudo tinha autonomia e era governado pelo seu senhor.
Ili- Neste processo, a cidade nunca deixou de cumprir
seu papel,já que nela se concentravam os senhores feudais e os principais centros de produção.
Quais estão corretas?
a)
b)
c)
d)
e)
Apenas 1.
Apenas 11.
Apenas I e li.
Apenas I e 111.
1, li e Il i.
5. (PUC-RS) Dentre os reinos bárbaros, surgidos após as
invasões germânicas e o f im do Império Romano, o
reino franco foi o ma is importante, por que:
a) os reis francos se converteram ao cristianismo
e defenderam o Ocidente contra o avanco
dos
•
muçu lmanos.
b) promoveu o desenvolvimento das atividades comerciais entre o Ocidente e o Oriente, através das
Cruzadas.
c) nesse período a sociedade feudal atingiu sua conformação clássica e o apogeu econômico e cultural.
d) houve uma centra lização do poder e viveu-se um
período de paz externa e interna, o que perm itiu
controla r o poder dos nobres sobre os servos.
e) os reis francos conseguiram realizar uma síntese
entre a cultura roman a e a oriental, que serviria de
inspiração ao Renascimento Cult ural do século XIV.
6. (UFC-CE)
O enorme Império de Carlos Magno foi plasmado
pela conquista. Não há dúvida de que afunção básica de
seus predecessores, e mais ainda a do próprio Carlos,foi
a de comandante de exército, vitorioso na conquista e na
defesa (...) Como comandante de exército Carlos Magno
controlava a terra que conquistava e defendia. Como
príncipe vitorioso, premiou com terras os guerreiros que
lhe seguiam a liderança ...
ELIAS, Norbert. O processo civilizatório . Rio de Janeiro: Zahar, 1993, vol.11, p. 25.
4. (Mack-SP)
Eis dois homens frente a frente: um que quer servir; o
outro, que aceita ou deseja ser chefe. O primeiro une as
mãos e assim juntas coloca-as nas mãos do segundo[...]ao
mesmo tempo a personagem que oferece as mãos pronuncia algumas palavras, muito breves, pelas quais se reconhece o homem de quem está na sua frente. Depois, chefe e
subordinado beijam-se na boca: símbolo de acordo e de
amizade. Eram estes os gestos que serviam para estabelecer
um dos vínculos mais fortes que a época feudal conheceu.
(Marc Bloch)
Trata-se da cerimônia denominada Homenagem que
t inha por finalidade:
a) obrigar os membros do clero regular a aceitar a
imposição de um dogma religioso.
b) estabelecer um vínculo de obrigações feudais entre o servo da gleba e o senhor feudal.
c) celebrar a vitória dos cava leiros cristãos na luta
contra os muçulmanos pagãos.
d) oficializar uma relação de dependência recíproca
entre um suserano e seu vassalo.
e) sacralizar os acordos de união e amizade entre os
padres e seus fiéis servos.
De acordo com seus conhecimentos e com o parágrafo acima, é correto dizer que a feudalização deveu-se:
a) à necessidade de conceder terras a servidores, o
que diminuía as possessões reais, e enfraquecia a
autoridade central em tempos de paz.
b) à venda de títulos nobiliários e à preservação das
propriedades familiares.
c) à propagação do ideal cava lheiresco de fidelidade
do vassa lo ao Senhor.
d) a princípios organizacionais de sistemas ecológicos
de agricu ltura de subsistência.
e) à teoria cristã que afirmava: "pa ra cada homem,
seu rebanho", interpretada, du rante a Idade Média,
como a f ragmentação do poder terreno.
7. (FGV-SP)
sacerdote, tendo-se posto em contato com Clóvis,
levou-o pouco a pouco e secretamente a acreditar no
verdadeiro Deus, criador do Céu e da Terra, e a renunciar
aos ídolos, que não lhe podiam ser de qualquer ajuda,
nem a ele nem a ninguém [...] O rei, tendo pois confessado um Deus todo-poderoso na Trindade.foi batizado em
nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo e ungido do
santo Crisma com o sinal da cruz. Mais de três mil homens
do seu exército foram igualmente batizados [...].
O
São Gregório de Tou rs. A conversão de Clóvis. Historiae Eclesiasticae
Francorum. Apud: PEDRERO·SÁNCHES, M.G., História da Idade Média.
Textos e testemunhas. São Paulo: Ed. Unesp, 2000, p. 44-45.
Vestibular em foco
55
A respeito dos episódios descritos no texto, é correto
afirmar:
a) A conversão de Clóvis ao arianismo permitiu aos
francos uma aproximação com os lombardos e a
expansão do seu reino em direção ao norte da Itália.
b} A conversão de Clóvis, segundo o rito da Igreja Ortodoxa de Constantinopla, significou um reforço
político-militar para o Im pério Romano do Oriente.
c) Com a conversão de Clóvis, de acordo com a orientação da Igreja de Roma, o reino franco tornou-se
o primeiro Estado germânico sob influência papal.
d) A conversão de Clóvis ao cristianismo levou o reino
franco a um prolongado conflito religioso, uma vez
que a maioria dos seus integrantes manteve-se fiel
.
ao paganismo.
e) A conversão de Clóvis ao cristianismo permitiu à
dinastia franca merovíngia a anexação da Itália a
seus domínios e a submissão do poder pontifício
à autoridade monárquica.
8. (U FAM} Entre o Édito de Milão (313), a morte de Teodósio (395} e a coroação de Carlos Magno (800), nascera no Ocidente um mundo novo, resultado da convergência e fusão das estruturas romanas e dos povos
germânicos. Com relação a esse momento histórico
são feitas as seguintes afirmativas:
1. Essa transformação se real iza sob a égide do
cristianismo.
li. O traço mais óbvio desse novo mundo não é a unidade política, mas a dicotomia e a mobilidade social.
Ili. Mesmo vivendo sob uma concepção teocrática de
mundo, os homens dessa época conseguiram adotar uma postura clássica.
IV. Durante todo esse período as relações econômicas
t inham como principais caract erísticas a escassez
endêmica e o recrudescimento do comércio da
produção artesanal.
Com base nas afirmações, qual das opções abaixo é
a correta?
a) A proposição Ili;
b} A proposição I;
c) A proposição li;
d} A proposição IV;
e) Todas as proposições.
9. (U FPA) Para o historiador Le Goff:
A grandiosa construção carolíngia, com efeito, ia du rante o século IX desagregar-se rapidamente sob os golpes
conjugados dos inimigos exteriores - novos invasores e
dos agentes de fragmentação internos.
(LE GOFF, Jacques. A civilização do Ocidente medieval. Lisboa:
Estampa, 1984, p. 71).
O processo de fragmentação interna do império carolíngio, aludido pelo historiador, refere-se à própria
forma de governo e às relações de poder do império
instauradas por Carlos Magno, fundadas em razão de
vários fatores, entre os quais, a
a) doação de terras a seus vassalos como forma de
retribuição pelo auxílio militar prestado na conquista da Germânia e da Lombardia; o que esfacelou o
poder do imperador nos territórios conquistados.
56
Caderno de estudo
b) distribuição de foros e tenças aos seus vassalos,
em troca da participação das guerras de reconquista da França do poder dos muçulmanos, que haviam ocupado a região no início de seu reinado.
c) doação de terras em sesma ri as aos marqueses,
responsáveis pela segurança militar das fronteiras
do império (as marcas) ensejou a desagregação da
autoridade do imperador nas mãos desses indivíduos cada vez mais poderosos.
d} distribuição de benesses e favores na Corte carolíngia, que se constit uiu como espaço de negociação política entre os poderosos do reino, tornando-se Terceiro Estado francês.
e) doação de terras e benefícios a indivíduos de quem
o imperador esperava fidelidade, o que incitou, por
sua vez, a multiplicação das redes de vassalagem
com vistas à garantia de ajuda militar.
10. (UEPB) Um dos reinos germânicos que mais se destacaram no território do antigo império romano foi o
dos francos. Sobre os francos é correto afirmar:
a) Pepino, o breve, foi o principal perseguidor do crist ianismo da dinastia carolíngea.
b) Carlos Magno incentivou a atividade intelectual
nos mosteiros e procurou cercar-se de religiosos
conhecidos pela erud ição.
c) Clóvis, da dinastia merovíngea, recebeu o apoio do
islamismo no projeto de unificação do território.
d} Carlos Martel foi derrotado pelos árabes em 732,
na batalha de Poitiers.
e) Os condes não podiam legislar, nem administrar a justica,
limitando-se à funcão de fiscalizar os condados.
'
.
11. (FGV-SP}
Em primeiro lugar,Jizeram homenagem desta maneira:
o conde perguntou ao futuro vassalo se queria tornar-se seu
homem sem reservas, e este respondeu: "Eu o quero'; estando então suas mãos apertadas nas mãos do conde, eles se
uniram por um beijo. Em segundo lugar, aquele que havia
Jeito homenagem hipotecou suafé[ ...]; em terceiro lugar, ele
jurou isto sobre as relíquias dos santos. Em seguida, com o
bastão que tinha à mão, o conde lhes deu a investidura [...].
(Galbert de Bruges, ln: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos
de História.)
Da situação descrita no documento, resultou:
a) a formação de um exército de mercenários, pois
os vassalos lutavam por terras, o que se tornou
fundamental às mona rquias nacionais.
b} o fortalecimento da autoridade dos monarcas, que
ganharam o direito de comandar seus vassalos e,
assim, reprimir as rebeliões senhoriais e camponesas.
c) a organização das Cruzadas, devido ao interesse
do Papado em reafirmar seu poder sobre a cristandade após o Cisma do Oriente.
d} o surgimento de Estados nacionais, já que os reis
conseguiram o apoio milit ar e financeiro dos nobres em sua luta contra os poderes locais.
e) a fragmentação do poder real, uma vez que os vassalos deviam obediência direta a seu suserano, que
exercia autoridade em sua região.
12. (UFC-CE) Acerca dos aspectos socioeconômicos do
sistema feuda l, é correto afirmar que:
a) era um sistema que tinha como base a existência
da pequena propriedade fundiária, com produção
de subsistência.
b) foi uma forma de organização do Estado e da sociedade cuja essência resid ia nos vínculos de su bordinação pessoa l.
c) impediu o desenvolvimento das cidades e do comércio nos vários séculos em que ca racterizou o
conjunto do mundo europeu.
d) significou a completa substituição da cultura e das
instituições romanas pelas organizações germânicas, difundidas pelos invasores bárbaros.
e) caracterizou-se pelo traba lho escravo e pelo desenvolvimento acelerado das técn icas agrícolas,
que garantiu incremento demográfico durante
t oda a Idade Média.
13. (UFPI) Sobre a queda do Império Romano do Ocidente no ano de 476 d.C. podemos afirmar que:
a) Ocorreu, após os conflit os entre Roma e os cartagineses, o que enfraqueceu as bases econômicas
do Império.
b) Teve, no fortalecimento do cristian ismo, a única
motivação explícita.
c) Foi provocada pela conjugação de uma série de
fatores, destacando-se a ascensão do cristianismo,
as invasões bárbaras, a anarquia nas organizações
militares e a crise do sistema escravista.
d) Teve, na superioridade dos povos bárbaros, a única
explicação possível.
e) Teve, em Carlos Magno, Imperador dos francos, a
principal liderança político-militar a comandar os
povos bárbaros na queda de Roma.
De acordo com os conhecimentos sobre o tema e a
sociedade feudal europeia, é correto afirmar:
1. As terras comunais, pastagens naturais, pântanos
e florest as eram consideradas propriedade legítima dos camponeses.
li. O rei, considerado soberano absolut o, t inha o poder de administrar os feudos de seus súd itos.
Ili. Os laços de vassalagem t ambém se realizavam
entre os senhores feudais.
IV. Os servos eram obrigados a prestar serviços nas
terras do manso senhorial para o sustento do senhor feudal.
Assinale a alternativa que contém todas as afirmativas corretas.
a)le ll.
b)le lll.
c) Ili e IV.
d) 1, li e IV.
e) li, Ili e IV.
15. (UFMS) Acerca da hist ória do Império Carolíngio, é
correto afirmar que:
a) o Papa Leão Ili coroou Carlos Magno como Imperador do "novo Império Romano do Oriente", cuja
capital passou a ser Constantinopla;
b) o chamado "Renascimento Carolíngio" também significou um reflorescimento das Letras e das Artes.
c) após a morte de Carlos Magno, o governo foi exercido por seu filho Luís, o Piedoso, que intensificou
ainda mais as expedições de conquista;
d) Carlos, o Ca lvo, e Luís, o Germânico, somaram esforços no sentido de manter a unidade imperial
estabelecida por Luís, o Piedoso;
e) o "novo Império Romano do Oriente" foi desmantelado pelos exércitos muçulmanos que se estabeleceram na Península Ibérica.
16. (Vu nesp-SP)
[...) o elemento religioso não limitou os seus efeitos ao
fortalecimento, no mundo da cavalaria, do espírito de
corpo; exerceu também uma ação poderosa sobre a lei
moral do grupo. Antes de ofuturo cavaleiro receber a sua
espada, no altar, era-lhe exigido um juramento, que especificava as suas obrigações."
(BLOCH, M arc. A sociedadefeudal, 1987.)
(Disponível em : http://www.culturabrasi l.pro.br/imagens/
f eudalismol.j pg. Acesso em : 22 j un. 2007.)
Tem-se como absolutamente certo que, a partir dofim
do século VIII, a Europa Ocidental regrediu ao estado de
região exclusivamente agrícola. É a terra a única fonte de
subsistência e a única condição de riqueza. Todas asclasses
da população, desde o imperador, que não possuía outras
rendas além das de suas terras, até o mais humilde dos
servos, todos viviam direta ou indiretamente, dos produtos
do solo,fossem elesfruto de seu trabalho, ou consistissem,
apenas, no ato de colhê-los e consumi-los. [...) Toda a existência socialfunda-se na propriedade ou na posse da terra.
(PIREN NE, H. História econômica e social da Idade Média. São
Paulo: Mestre Jou, 1968. p. 13.)
O texto mostra que os cavaleiros medievais, entre
outros aspectos de sua formação e conduta,
a) mantinham-se fiéis aos comerciantes das cidades,
a quem deviam proteger e defender na vida cotidiana e em caso de guerra.
b) privilegiavam, na sua formação, os aspectos religiosos, em detrimento da preparação e dos exercícios militares.
c) valorizavam os torneios, pois neles mostravam
seus talentos e sua força, ganhando prestígio e
poder no mundo medieval.
d) agiam apenas de forma ind ividual, realizando constantes disputas e combates entre si.
e) definiam-se como uma ordem particu lar dentro
da rígida estrutura feuda l, mas mantinham vínculos profundos com a Igreja.
Vestibular em foco
57
TEMA 13
AS CRUZADAS DA EUROPA MEDIEVAL
Baixa Idade Média (séculos XI-XV)
Transformações no
feudalismo
Crescimento do
cristianismo
1
1
V
V
Reconquista da
Península Ibérica
Aumento
populacional
'
,
,-----------L-----------,
\
1
1
1
v
1
-..:.,
Servos à margem da
atividade rural
V
Luta contra os "infiéis"
Nobres sem terras
•
1
'
~----- -------------------,------------------------1
,
1
1
..Y
Papa Urbano li Concílio de Clermont:
convocação dos cristãos
1
( ---'- - -)
Interesses comerciais
1ª Cruzada (1096-1099) - Cruzada dos
nobres, chegou a reconquistar
Jerusalém, mas depois foi derrotada.
'
1
1
1
V
3~ Cruzada (1189-1192) - Cruzada dos
reis, estabeleceu acordos d iplomáticos
que permitiam as peregrinações.
4~ Cruzada (1202-1204) - Cruzada
comercial, liderada por mercadores
venezianos. Saque de Constantinopla.
58
__ ,.. __ _
,'
Reabertura do
Mediterrâneo
1
Exercícios
1. (Unir-RO}
A fi gura abaixo mostra os principais grupos sociais
existentes no Ocidente feuda l.
A partir da ilust ração e de seus conhecimentos, assinale a afirmativa correta.
a) A base da sociedade feuda l eram os camponeses
que, com seu t rabalho, sustentavam os clérigos e
os senhores feudais.
b) A Igreja, no seu papel de defensora dos mais pobres, combatia os abusos dos senhores feuda is em
relação aos ca mponeses.
c) A cavalaria, que tinha a função de proteger a sociedade, era a principal aliada dos camponeses que
lutavam contra os poderes eclesiásticos.
d} O rei atuava no sent ido de minimizar os confl it os
entre a Igreja e a cavalaria.
e) Os principais gru pos sociais do Feudalismo eram
os burgueses, os clérigos e os cavaleiros.
2. (Ufes)
Na Idade Média havia, para além das fronteiras da
Cristandade, diversos povos pagãos, bem como 'infiéis '
muçulmanos, que controlavam a Terra Santa. Desse mo do, não havia, para o cristão medieval, maior prova defé
do que enfrentar tais inimigos. [ ...] Muitos cristãos dirigiam -se à Terra Santa para conhecer e adorar a região
onde Cristo teria vivido. Outros, participantes de verdadeiras peregrinações armadas, as Cruzadas, procuraram
conquistar pela força das armas os lugares desejados
pela fé.
{CAMPOS, F. & MIRANDA, R. G. A escrita da História. São Paulo:
Escala Educacional, 200S, p. 12S-126. Adaptado.).
Com relação ao movimento das Cruzadas, ÉCORRETO
afirmar que:
a) foi instituído por iniciat iva do Papa Gregório VII,
preocupado com o avanço dos árabes nos Pirineus.
b) foi o ma is im porta nte movimento herético católico do final do século XIV depois da Reforma
Protestante.
c) t rouxe para o interior da Europa populações empobrecidas e margina lizadas que pa rticiparam de
revoltas populares e heresias.
d) teve, como um dos seus desdobramentos, a Cruzada Popular, que reunia, principa lmente, cavaleiros da pequena nobreza e camponeses.
e) propiciou a queda de Consta nt inopla diante dos
otomanos, ao perm it ir que os t erritórios de Bizâ ncio fossem administrados por europeus, árabes e
t urcos.
3. (Uece) Sobre o moviment o das Cruzadas, em que a
Igreja Católica procurou retomar as "terras santas"
dos mouros, assinale a opção correta.
a) as Cruzadas ampliaram as possibilidades do comércio europeu na Ásia.
b} as Cruzadas foram financiadas unicamente com
recursos da Igreja e não tinham fins comerciais.
c) os senhores feudais que financiavam as Cruzadas
eram recompensados un icamente com títulos
religiosos.
d) do ponto de vista mil itar, as Cruzadas obtiveram
êxito t otal contra os mou ros, expulsando-os da
Europa e da Terra Sa nta.
4. (PUC-SP} As Cruzadas tiveram caráter:
a) exclusivamente religioso, buscando resgatar a Terra
Santa das mãos dos árabes e expandir o catolicismo.
b} exclusiva mente comercial, buscando novas t erras
para a agricu ltu ra e mercado para os produtos
europeus.
c) religioso e comercial, buscando conciliar a ação
expansionista religiosa à abertura de novas rotas
comerc1a1s.
d) político e religioso, buscando ampliar o poder do
Papado e prod uzir uma fusão ent re o catolicismo
e o islam ismo.
e) polít ico e comercia l, busca ndo expand ir o absolut ismo moná rqu ico e abrir mercados para produtos
do Vaticano.
5. (UFSM-RS) As cruzadas se estenderam pelos séculos
XI, XII e XIII, levando milhares de pessoas da Europa
a deslocarem-se em direção ao Oriente Próximo.
Pode-se dizer que é(são) causa(s) dessas cruzadas:
1. Aumento da população e pobreza na Europa.
li. Ambições comerciais das cidades it alianas (Gênova, Veneza, Pisa etc.).
Vestibular em fo co
59
Ili. Reunificação da cristandade.
IV. Liberação de rotas para o Orient e através de
Constantinopla que se encontrava sob domínio
mameluco.
Ili. Às motivações religiosas juntaram -se o espírito
de aventura e a possibilidade de ganhos materiais,
o que pouco a pouco transformou as Cruzadas
numa verdadeira empresa de colonização.
Está(ão) correta(s):
Quais estão corretas?
a)
b)
c)
d)
e)
a)
b)
c)
d)
e)
apenas I e li.
apenas Ili.
apenas 1, li e Ili.
apenas IV.
1, li , Ili e IV.
Apenas 1.
Apenas 11.
Apenas 111.
Apenas I e li.
1, li e Ili.
6. (PUC-RS) Responder a questão com base nas afirma-
8. (Ufal) As Cruzadas misturavam interesses econômicos
tivas abaixo, sobre as Cruzadas na Baixa Idade Média.
com interesses religiosos e não alcançaram o resultado esperado pelas suas lideranças. De fato, elas
serviram para:
1. Vários setores da sociedade europeia tinham interesses nas Cruzadas: a Igreja, o Império Bizant ino, os nobres sem t erra e as cidades comerciais
ita lianas.
li. As cruzadas fracassaram como empreendimento
religioso-milit ar, inclusive porque terminaram interrompendo o rico comércio europeu com o
Oriente Médio.
Ili. Uma nova classe social surgiu, ligada à atividade
comercial, e o poder dos nobres começou gradualmente a declinar.
IV. Foi a partir da renovação do poder da Igreja,
com o movimento das Cruzadas, que se construíram as grandes catedra is românicas na Europa Ocidenta 1.
Pela análise das alternativas, conclui-se que somente
estão corretas:
a) 1 e li.
b) 1 e Ili.
c) 1, li e Ili.
d) li e IV.
e) Ili e IV.
7. (UFRS) Os séculos XI e XII constituem um período de
expansão na Europa ocidenta l ma rcado pelo crescimento demográfico e das cidades, pelo dinamismo
da econom ia interna e pela extensão do comércio
internacional. Nesse ínterim, os europeus assumem
uma atitude ofensiva, da qual um dos resultados são
as Cruzadas.
Considere as afirmações abaixo a esse respeito.
1. No início, as Cruzadas foram encorajadas pelos
imperadores bizantinos, os quais buscavam apoio
contra os invasores que pressionavam as frontei ras do Im pério do Oriente.
li. Nos sécu los X e XI, numerosos foram os cristãos
que, para obter o perdão de suas faltas e assegurar a saúde eterna de suas almas, realizaram
longas e difíceis viagens aos lugares sa ntos da
cristandade. Essa tradição e a conquista turca
no Oriente fizeram com que a guerra santa contra os muçulmanos, já forjada nas Guerras de
Reconquista da Península Ibérica, tomasse maior
impulso.
60
Caderno de estudo
a) aprofundar a crise do feudalismo, contribuindo
para destruir suas bases sociais e econômicas.
b) dif icu ltar o comércio entre Oriente e Ocidente,
provocando guerras constantes entre bizantinos
e muculmanos.
,
c) enfraquecer o poder econômico das cidades italianas, renovando práticas religiosas do catolicismo
menos solidárias.
d) fragmentar o poder da Igreja Católica, abrindo espaço socia l para o surgimento das monarquias
constitucionais.
e) consolidar a grande propriedade rural, prejud icanno comércio.
do a vida urbana e as mudancas
•
9. {UFC-CE)
[ ...] Por volta do ano de 1010, começaram a circular
rumores no Ocidente de que, sob a instigação dosjudeus,
os sarracenos tinham causado a destruição do Santo Sepulcro e decapitado o patriarca de Jerusalém [ ...) Então,
na esteira da cruzada proclamada pelo Papa Urbano li
no Concílio de Clermont em 7095,foi engendrada uma
atmosfera de histeria religiosa ...
RICHARDS, Jeffrey. Sexo, desvio e danação: as minorias na Idade
Média. Rio de Janeiro: Jorge Zaha r Ed., 1993. p. 97).
A partir do texto e considerando os objetivos das Cruzadas, assinale a alternativa que corresponde à relação entre a Igreja Católica e os judeus na Idade Média:
a) Uma colaboração recíproca, pois os judeus eram
considerados fiéis observadores da fé e dos ritos
cristãos.
b) Uma ação conjunta em defesa da Terra Santa, uma
vez que os judeus participaram como bravos combatentes nas primeiras Cruzadas.
c) Uma aproximação entre judeus e cristãos em virtude da prática da usura, defendida arduamente
pela Igreja medieval.
d) Uma grande hostilidade, pois a Igreja, no século XI,
buscou cristianizar o mundo e muitas comunidades judaicas, sob a acusação de adoradores do
Diabo, foram perseguidas e exterminadas.
e) Uma relação econômica, pois a Guerra Santa foi sistematicamente financiada por grupos judeus dispostos a contribuir com a expansão do cristianismo.
10. (Ulbra-RS) No filme "O Incrível Exército de Brancaleone", é produzida uma imagem interessante e hilária da Idade Média europeia, apresentando cenas
das cruzadas, da peste negra e sobre a form ação dos
nobres. Pa rtindo dos con hecim ent os específicos de
Idade Média, podemos destacar que:
1. As cruzadas tinham como argumento a libertação
da Terra Santa, que estava em poder dos mouros,
porém despertava interesses econômicos quanto à
possibilidade de um desenvolvimento do comércio.
li. A peste negra dizimou quase 1/3 da população
europeia e t eve origem, principalmente nos burgos, nos hábitos de higiene do homem medieval.
Ili. Os nobres representavam um segmento dom inante e construíram com os servos um conjunt o
de obrigações recíprocas.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas a proposição I está corret a.
b) Apenas as proposições I e li estão corretas.
c) Apenas as proposições I e Ili estão corret as.
d) Apenas as proposições li e Ili estão corretas.
e) As proposições 1, 11 e 111 estão corretas.
12. (UEL-PR) Uma das consequências das Cruzadas foi a
consolidação do renascimento comercia l europeu, ao
a) int erromper a expansão dos f rancos do norte da
Europa e ao impedir que o comércio ficasse monopolizado pelas cidades de Antuérpia e Amst erdã.
b) expulsar os árabes do Mediterrâneo e ao permitir
o domínio do comércio pelas cidades italianas, na
região, principalmente Gênova e Veneza.
c) estender o controle comercial do pontifi cado romano a todo o continente, favorecendo as cidades
de Fland res e Champagne.
d) possibilitar a apropriação pelos mercadores europeus dos cent ros comerciais dominados pelos bret ões e florentinos.
e) generaliza r o comércio baseado na troca direta,
herdado dos povos germanos e saxões.
13. {U FBA) A partir da análise das ilustrações e dos conhecimentos sobre diversidade cultural, pode-se afirmar:
11. (Fat ec-SP) Considere a il ustração a seguir.
(ln: BARBOSA, Elaine Senise, NAZARO JUNIOR,
Newton e PERA, Sílvio Adegas. Panoram a da
História. Curitiba: Positivo, 2005. vol. 1, p. 121)
A partir dos conhecimentos da história do feudalismo
europeu, pode-se inferir que, na ilustração:
a) as classes sociais relacionavam-se de forma harmoniosa por incorporarem em suas mentes os
princípios elementares do cristianismo.
b) as castas sociais poderiam modificar-se ao longo
do tempo, pois isso dependia fundamentalmente
da vontade do poder divino do papa.
c) as terras dos feudos eram divididas igualmente
entre os vários segmentos socia is, priorizando-se
os que dependiam dela para sobrevivência.
d) a organização social possibilitava a mobil idade,
permitindo a ascensão dos ind ivíduos que trabalhassem e acumulassem riqueza material.
e) a estrutura da sociedade era marcada pela ausência de mobi lidade, sendo caracterizada por uma
hierarq uia social dom inada por uma instituição
cristã.
{01) A leitura e a interpretação muçu lmana do episódio das Cruzadas, contrad izendo a int erpretação cri stã, comprova a influ ência da diversidade
cultura l na compreensão dos fatos hist óricos.
{02) O fenômeno das Cruzadas constit ui um exemplo,
entre muit os outros, do choque cultural entre
crist ãos e muçulmanos na região do Oriente Médio, influ indo no contexto político-econômico
das regiões circunvizinhas.
(04) O caráter ind ivid ual e subjetivo das crenças religiosas impede que a religião seja tomada como
motivo para a explosão da intolerância cultural
ent re grupos ou povos.
(08) A parte ocidental do Oriente Méd io, região na
qual a luta das Cruzadas foi mais intensa, compreende, atualmente, a Tu rquia, a Síria, o Líbano,
a Jordânia, o Estado de Israel e os t erri tórios palestinos, estrategicamente loca lizados em pontos
importantes do comércio int ernacional, especialmente o do petróleo, que concentra diversos
focos de tensões geopolít icas, étnicas e cultu rais.
{16) As relações de negociação est abelecidas entre o
catolicismo e o protestantismo, na Irlanda, evitaram o conf ronto entre republicanos (irlandeses)
e monarq uistas (ingleses), no período pós-Segunda Guerra Mundial.
{32) Diversas comu nidades indígenas brasileiras, apesar de quase dizimadas, buscam, na atualidade,
preservar suas culturas, baseadas na consciência
de sua continuidade histórica, e na identidade
comum existente entre as várias comunidades,
apesar de suas diferenças particula res.
Vestibular em fo co
61
TEMA 14
O RENASCIMENTO COMERCIAL E URBANO MEDIEVAL
Renascimento comercial e urbano
,
,----------------r---------------,
1
'
1
I
❖
1
V
V
Associações de
mercadores
Cruzadas
1
1
1
1
- - - --) Formação de burgos
Feiras
e povoados
1
1
1
1
1
1
1
1
V
V
V
Reabertura do
Mediterrâneo
Rotas terrestres
Art iculação de
rotas terrestres
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
1
V
V
V
Liderança das
cidades italianas
(Gênova e Veneza)
Predomínio
germânico
Champanhe,
na França
1
1
',
• burguesia
• t rabalho livre
• corporações
de ofício
1
1
----------------~----------------'
,
1
V
-------------------)
Renasci me
e ltural
, ~ ---------- L---------- , '
1
1
❖
0
F
( __
Moeda _ )
'
Sistema bancário
\18(:tiOnlOther \ma_g
_._ . _
TMGr<'lngat Co
62
-
,
• Valorização da cultura greco-romana
• Universidades
• Escolástica !São Tomás de Aquino)
Exercícios
1. (Ufes) A ocorrência de feiras livres é observada, em
cidades brasileiras, desde a época colonial, quando se
destacaram a Feira de Santana e as feiras de Sorocaba,
Campina Grande, Caruaru, entre outras. Em cidades
europeias, esses eventos econômicos e cult urais se
tornaram comuns, a partir da Idade Média, com o renasciment o do comércio e da vida urbana, quando se
notabilizaram as feiras de Provins e de Troyes, na região
de Champagne; as feiras de Bruges e de Antuérpia, na
região de Fland res; as feiras de Colônia, de Lubeck e de
outras cidades que constituíram a Liga Hanseática.
Explique:
a) dois fatores que cont ribuíram para o renascimento
do comércio e da vida urbana, no contexto europeu;
b) o significado das corporações de ofícios, que se difundiram, a partir do século XII, nas cidades europeias.
2. (Vunesp-SP) Sobre as associações de importantes grupos sociais da Idade Média, um historiador escreveu:
Eram cartéis que tinham por objetivo a eliminação da
concorrência no interior da cidade e a manutenção do monopólio de uma minoria de mestres no mercado urbano.
LE GOFF, Jacq ues. A civil ização do Ocidente m edieval.
O t ext o caracteri za de maneira t ípica:
a) as universidades medievais.
b)
c)
d)
e)
a atuação das ordens mendicantes.
as corporações de ofício.
o domínio dos senhores feudais.
as seit as heréticas.
3. (Unifesp)
Por trás do ressurgimento da indústria e do comércio, que
se verificou entre os séculos XI e XIII, achava-se um fato de
importância econômica mais fundamental: a imensa ampliação das terras aráveis por toda a Europa e a aplicação à
terra de métodos mais adequados de cultivo, inclusive a aplicação sistemática de esterco urbano às plantações vizinhas.
MUMFORD, Lewis.A cidade na História. São Pau lo: Martins Fontes, 1982.
O texto t rata da expa nsão agrícola na Europa ocidenta l e central entre os séculos XI e XIII.
Dentre as razões desse aumento de produtividade,
podemos citar:
a) o crescimento populacional, com decorrente aumento do mercado consum idor de aliment os.
b) a oportunidade de fornecer aliment os para os part icipantes das Cruzadas e pa ra as áreas por eles
conq uistadas.
c) o fim das guerras e o estabelecimento de novos
padrões de relacionamento entre servos e senhores de terras.
d) a formação de associações de profissionais, com
decorrente aperfeiçoamento da mão de obra rural.
e) o aprimoramento das técnicas de cultivo e uma
relação mais intensa ent re cidade e campo.
4. (FGV-SP) A respeito das cidades medievais, é CORRETO afirmar:
a) As cidades da Idade Média Central (sécs. XI-XIII), constituídas no interior do sistema feudal, desvencilharam-se das atividades agrícolas e significaram uma completa ruptura com relação ao cenário rural dominante.
b) Encravadas no mundo rural, as cidades da Idade
Média Centra l (sécs. XI-XIII) representaram uma
profunda alteração com relação às cidades da Antiguidade clássica na med ida em que passaram a
constituir principa lmente centros econômicos,
onde, além do comércio, desenvolveram a especializacão
de funcões
e a divisão social do trabalho.
•
•
c) As cidades da Idade Média Central (sécs. XI-XIII)
estabeleceram -se a partir dos modelos da Antiguidade Oriental, recria ndo, em novas cond icões
his•
tóricas, as instituições políticas características do
mundo helenístico.
d) O desenvolviment o e a proliferação das cidades da
Idade Média Centra l (sécs. XI-XIII) ocorreu num
contexto de retração econômica decorrente, entre
out ros fatores, da diminuição das áreas cultivadas,
da queda acent uada do volume de mão de obra e
da estagnação das técnicas agrícolas.
e) A expansão urbana da Idade Média Central (sécs.
XI-XII 1) foi decisiva para o desenvolvimento de uma
nova sensibilidade religiosa, na qual o modelo da
Jerusalém Celestial est eve presente e estimulou o
aparecimento de grupos religiosos essencialmente
urbanos, como os cluniacenses e os cistercienses.
5. (Mack-SP)
As cidades medievais tiveram origem nas aglomerações de mercadores - os burgos, de onde surgiu o termo
burguês para designar seu morador.
KOSHIBA, Luiz. História: origens, estruturas e pro cessos.
Assinale a alternativa que apresenta o papel das cidades na t ransição da Idade Média para a Idade Moderna.
a) Foram as principais válvulas de escape para o excedente populacional que surgiu após a abolição
das relações servis de prod ução no campo.
b) Favoreceram a fu são de elementos da ant iga ordem
feudal com o novo sistema econômico, impedindo as
contradições socioeconômicas durante esse processo.
c) Foram as responsáveis pela promoção da centralização do poder político e pelo forta lecimento
econômico da nobreza feuda l.
d) Desenvolveram-se independent emente da economia de mercado, produzindo produtos artesanais
apenas para o uso de seus habitant es mais abastados, os burgueses.
e) Representaram um indício da incompatibilidade
entre o t ipo restrito da prod ução do feudo e a nova rea lidade econôm ica que emergia graças ao
renascimento comercial.
Vestibular em fo co
63
6. (UEL-PR)
Durante os séculos XI a XIII verificou-se nas atividades
agrícolas e artesanais da Europa Centro-Ocidental um
conjunto de transformações [ ...) que repercutiram no crescimento das trocas mercantis. Situa-se aí historicamente
o chamado renascimento urbano medieval.
Fonte: RODRIGUES. A. E.; FALCON, F. Aformaçãodo m vndo moderno.
2. ed. Río de Janeiro: Elsevíer, 2006, p. 9.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, é correto afirmar que ta is mudanças econômicas:
a) Caract erizaram-se pelo desenvolvimento das técnicas de produção e amplo emprego de recursos
energéticos, tais como carvão e pet róleo.
b) Im plicaram no capitalismo mercantil incrementado pelo amplo comércio atlâ ntico, fom entado por
negociantes italianos e príncipes alemães.
c) Aumentaram a produção no ca mpo e na cidade e
fomentaram a circulacão
de bens e moedas, viabi•
lizados por novos inst rumentos de crédito a governa ntes e comerciantes.
d) Privatizaram as terras e introduziram um modelo de
produção fabril, promovido pelo governo britânico.
e) Reforçaram o predomínio político e comercial dos
senhores feudais sobre os governos citadinos.
7. (Mack-SP)
Chegou o dia em que o comércio cresceu, e cresceu
tanto que afetou profundamente toda a vida da Idade
Média. O século XI viu o comércio andar a passos largos;
o século XII viu a Europa ocidental transformar-se em
consequência disso.
(Leo Huberma n)
Assinale a alternativa relacionada ao texto ant erior.
a) Os efeitos do renascimento urbano e comercial
foram sent idos simultanea mente em todo o território europeu.
b) O modo de produção servil foi imediatamente
substituído pelo desenvolvimento de centros industriais e pelo t rabalho assalariado.
c) A ampliação de novos mercados e centros urbanos
cont ribuiu para a redução do crescimento demográfico e da migração.
d) A expansão marítima comercial europeia, at ravés
da aliança dos reis com a burguesia, consolidou as
relações mercantis na Ásia, Europa e América.
e) O renascimento comercia l trouxe o crescimento
das cidades, a expansão do mercado e a ascensão
de um novo grupo social.
8. (Fuvest-SP) As comunas medievais caracterizaram -se por:
a) radicalismo político que tendia ao anticlericalismo.
b) autonomia das cidades em relação aos senhores
feudais, com govern o, direito e símbolos próprios.
c) aumento do clericalismo, resultando no reforço da
autoridade papal.
d) fortalecimento da subm issão à autoridade dos
senhores feudais.
e) aglomeração de marginalizados que exerciam o
banditismo.
64
Caderno de estudo
9. (Un icamp-SP) Godrici de Finchale foi um mercador
que viveu no século XI, na Baixa Idade Média, no lest e da atual Inglaterra.
Quando rapaz, depois de ter passado os anos da infância sossegadamente em casa, chegou à idade varonil,
principiou a aprender com cuidado e persistência o que
ensina a experiência do mundo. Para isso decidiu não
seguir a vida de lavrador, mas estudar, aprender e exercer
os rudimentos de concepções mais sutis. Por esta razão,
aspirando à profissão de mercador, começou a seguir o
modo de vida do vendedor ambulan te, aprendendo primeiro como ganhar em pequenos negócios e coisas de
preço insignificante; e, então, sendo ainda um jovem, o
seu espírito ousou pouco a pouco comprar, vender e ganhar com coisas de maior preço.
(Adaptado de Reginald of Durnha m, "Libellus de Vita et Miracu lís S.
Godrící", em Fernando Espinosa. Antologia de tex tos históricos
medievais. 3. ed .. Lisboa: Sá da Costa Editora, p. 198)
a) Segundo o texto, o ofício de mercador exigia uma
preparação diferente daquela do lavrador. Quais
eram as diferenças entre esses dois ofícios?
b) Cite duas caract erísticas do renascimento comercial e urbano ocorrido no final do período medieval.
10. (UPF-RS) Sobre as cidades europeias da Idade Média,
leia as afirmativas abaixo.
1. Praticamente não havia cidades, pois o comércio
feudal era f rá gil, sustentado por feiras esparsas.
li. Desapareceram depois das invasões bárbaras,
restando pequenas cidades no sul da França .
Ili. Muitas cidades medievais tiveram seu crescimento relacionado com as grandes feiras.
IV. Algumas cidades italianas, como Veneza, eram
importa ntes comercialmente.
V. As cidades cresceram com o pla nejamento dopoder público e o gra nde incent ivo da Igreja Católica.
Estão corretas apenas:
a) ll eV.
b) 111 e IV.
c) l eV.
d) 1e IV.
e) li, Ili e IV.
11. (Unemat-MT) Observe o mapa abaixo:
......
______ .....
-·"!1111
-
.....
...
1
Sobre a economia da Europa no sécu lo XIII.julgue as
alt ernativas:
a) Existem t rês grandes rotas comerciais restri tas ao
continente europeu: a rota veneziana, a rota flamenga (ma r do Norte/Báltico) e a rota africana.
b) Na Europa, por causa do comércio das especiarias,
duas grandes cidades se destacam: Veneza e
Constantinopla.
c) Três grandes rotas levam produtos do Extremo
Oriente para o Oriente Méd io: rota da seda, rotas
das especiarias e uma rota do mar Vermelho que
abastece Cairo.
d) As rotas do mar do Norte e mar Bá lt ico comercializam, principa lmente, produtos como especiarias,
seda, marfim, escravos.
12. (Favic-BA) Como uma das consequências da acumu lação de riquezas proporcionada pelo cresci ment e do
comércio e da vida urbana, no fim da Idade Média,
pode-se citar:
a) a decadência do poder absoluto dos reis, contestado
pelos filósofos iluministas defensores da democracia.
b) a organização do movimento cruzadista com o
apoio financeiro da burguesia, interessada em comercializar com o Oriente.
c) a invenção da imprensa, que permitiu maior troca
de ideias, inclusive sobre a Igreja Católica, o que contribuiu para a eclosão do movimento reformista.
d} o fato de que os artesãos ficaram prejudicados
quando o comércio interno das cidades nascentes
foi atingido pela fa lta de circulação de moedas,
abalando o sistema corporativo.
e) a concentração de riquezas em poder dos comerciantes, porque a circulação de mercadorias gerava mais lucros que a sua produção, dando origem
à fase de acumulação primitiva de capitais.
13. {UEFS-BA)
Sistema familiar: os membros de uma família produzem artigos para o seu consumo, e não para a venda. O
trabalho não se fazia com o objetivo de atender ao mercado [ ...] Sistema de corporações: produção realizada por
mestres artesãos independentes, com dois ou três empre·
gados, para o mercado, pequeno e estável. Os trabalhadores eram donos tanto da matéria -prima que utilizavam
como das ferramentas que trabalhavam [ ...] Sistema do·
méstico: produção realizada em casa [ ...] pelo mestre ar·
tesão com ajudantes, tal como no sistema de corporações.
Com uma diferença importante: os mestres já não eram
independentes; tinham ainda a propriedade dos instrumentos de trabalho, mas dependiam, para a matéria·prima, de empreendedor que se interpusera entre eles e
o consumidor [...] Sistema fabril: produção para um mercado casa vez maior e oscilante, realizadafora de casa, nos
edifícios do empregador e sob rigorosa supervisão. Os
trabalhadores perderam sua completa independência [...].
(Huberman, p. 115)
Em relação à evolução do sistema de produção, pode-se afirmar:
a) O sistema de produção familiar atendia aos interesses mercantilistas das metrópoles, na medida
em que o Estado Absolutista tinha o controle absoluto sobre a produção artesanal.
b) O sistema de corporações de ofício atend ia às necessidades da sociedade medieval, cuja produção
era restrita aos mercados feudais.
c) O racionalismo renascentista, ao desenvolver a
divisão técnica do trabalho, foi fundamental para
o desenvolvimento das corporações de ofício.
d) O surgiment o do sistema doméstico, provocando
o aparecimento do comerciante intermediário,
atrasou o desenvolvimento da maquinofatu ra, ao
deslocar o capital da produção para a circu lação.
e) O desenvolvimento do sistema fabril foi dificultado pela concorrência estabelecida pelos artesãos,
presos às formas tradicionais de produção.
14. {UFPE) Apesar das dificuldades de comunicação durante a Idade Média, o comércio era desenvolvido por
terra, rios e mar. Sobre esta prática econômica, ana·
lise as proposições abaixo:
a) Os normandos conseguiram manter aberto ocomércio na região do mar Báltico, estabelecendo
uma circulação de mercadorias apenas entre reinos
da Europa Ocidental.
b} A rota do mar do Norte e do mar Bá ltico se tornou
uma das mais ativas, chegando a ocupar o terceiro lugar em importância na Europa, durante a
Idade Méd ia.
c) O principal circuito comercial europeu, deste período, estava formado pelos entrepostos do Oriente
Médio, pelas cidades da penínsu la Itálica e pela
região de Flandres.
d) Os tecidos de seda produzidos na região de Flandres chegaram aos mais distantes mercados orientais, com o apoio dos entrepostos comerciais do·
minados pelos árabes.
e) O comércio do norte da Europa foi controlado por
mercadores da Hansa Teutônica ou Liga Hanseática, constituída no século XIV.
15. {UFRGS-RS) No final da Idade Média, nas cidades do
Ocidente, os ofícios eram organizados por associações
profissionais com forte influência nas atividades econôm icas e nas formas de sociabil idade urbanas. Leia
as afirmações a seguir sobre as corporações de ofício:
1. As primeiras associações profissionais começaram
a surgir desde o século IX; eram congregações com
forte influência religiosa e tinham por objetivo o
auxílio mútuo entre os membros.
li. Na Baixa Idade Média, eram em geral controladas
por um colegiado integrado pelos Mestres de Ofício, os quais fiscalizavam o respeito aos regulamentos corporativos, excluindo das decisões os
artífices menos qualificados.
Ili. Seus estatutos previam o controle do tipo de
matéria-prima utilizada na produção, a quantidade e a qualidade dos produtos, o preço e as condições de venda das mercadorias, com o fim de
evitar a concorrência.
Quais estão corretas?
a) Apenas 1.
b) Apenas I e Il i.
c) 1, li e Ili.
d) Apenas li
e) Apenas li e Ili.
Vestibular em fo co
65
TEMA 15
A CULTURA MEDIEVAL EUROPEIA
Alta Idade Média (séculos V-X)
Baixa Idade Média (séculos XI-XV>
1
1
1
y
V
• Guerra constante
• Fim da unidade política
· Descentralização
• Diminuição do comércio
• Ruralização
• Perda do legado cultural greco-romano
• Morte: experiência cotidiana
• insegurança
• medo
• pess1m1smo
• Expansionismo (Cruzadas)
• Renascimento comercial e urbano
· Volta à unidade política !monarquias
centralizadas)
• Retomada do legado cultural greco-romano
• Universidades
• segurança
• mobilidade social
• busca de segurança
espiritual
1
__
'V
___
Filosofia
Santo Tomás de Aquino
Filosofia
• homem: privilegiado lrazãol
• salvação: nas mãos do homem
• " livre-arbítrio"
• boas obras
Santo Agostinho
• homem corrompido
• salvação: nas mãos de Deus
• "fé precede razão"
• predest inação
Arquitetura
Estilo gótico
Arquitetura
Estilo romântico
• leve
• vertical ("elevando-se" ao céul
• ambientes claros. mais
propícios à busca racional
• pesado
• horizontal ("preso à terra")
• ambientes escuros, propícios
à entrega espiritual
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66
Exercícios
1.
(Vunesp-SP)
{Na Idade Média] Homens e mulheres gostavam muito de festas.
Isso vinha, geralmente, tanto das velhas tradições pagãs [... ], quanto da liturgia cristã.
LEGOFF, Jacques. A Idade Média explicada aos meusf ilhos, 2007.
Sobre essas fest as medievais, podemos dizer que:
a) muitos relatos do cotidiano medieval indicam que
havia um confront o entre as fest as de origem pagã e as criadas pelo cristian ismo.
b) os torneios eram as principa is festas e rompiam as
distinções sociais entre senhores e servos que,
montados em cavalos, se divertiam juntos.
c) a Igreja católica apoiava todo tipo de comemoração popular, mesmo quando se tratava do culto a
alguma divindade pagã.
d) as festas rurais representavam sempre as relações
sociais presentes no campo, com a encenação do
ritual de sagração de cavaleiros.
e) religiosos e nobres preferiam as festas privadas e
pagãs, recusando-se a participar dos grandes eventos públicos cristãos.
2. (Vunesp-SP)
{Na época feudal} o mundo terrestre era visto como
palco da luta entre asforças do Bem e as do Mal, hordas
de anjos e demônios. Disso decorria um dos traços mentais
da época: a belicosidade.
FRANCO JUNIOR, Hilário. Ofeudalismo, 1986. Adaptado.
A belicosidade (disposição para a guerra) mencionada
expressava-se, por exemplo,
a) no ingresso de homens de todas as camadas sociais
na cavalaria e na sua participação em torneios.
b) no pacto que reunia senhores e servos e determinava as chamadas relacões
vassá licas.
,
c) na ampla rejeição às Cruzadas e às tentativas cristãs de reconquista de Jerusalém.
d) no empenho demonstrado nas lutas contra muçulmanos, vikings e diferentes formas de heresias.
e) na submissão de senhores e vassalos, reis e súditos,
ao Islamismo.
3. (Unicamp-SP) No século XIII, um teólogo assim condenava a prática da usura:
O usurário que adquirir um lucro sem nenhum trabalho e até dormindo, o que vai contra a palavra de Deus
que diz: "Comerás teu pão com o suor do teu rosto". Assim
o usurário não vende a seu devedor nada que lhe pertença, mas apenas o tempo, que pertence a Deus. Disso não
deve tirar nenhum proveito.
Adaptado de : LE GOFF, J. A Bolso e a vida. São Paulo: Brasiliense, 1989.
a) O que é usu ra?
b) Por que a Igreja medieval condenava a usura?
c) Relacione a prática da usura com o desenvolvimento do capitalismo no final da Idade Méd ia.
4. (Fuvest-SP) Perto do ano 1000, manifestações de medo foram verificadas em todo o Ocidente, como se o
fim do milênio trouxesse consigo o fim dos tempos.
Tal situacão
deve ser entendida como:
•
a) manifestação da crescente religiosidade que caracterizava a sociedade feudal.
b) indício do crescente analfabetismo das camadas
popu lares e dimin uição da religiosidade clerical.
c) decorrência da tomada do Império Bizantino pelos
muculmanos
do norte da África.
•
d) traço típico de uma sociedade em transição que se
tornava mais clerical e menos guerreira.
e) característica do momento de centralização política e de formação das mona rquias naciona is.
5. (U FPE) Sobre práticas de cura na Idade Média, assinale a alternativa correta.
a) Médicos e feiticeiras realizavam práticas medicina is. Aqueles com base nos tratados gregos e essas
fundamentadas em práticas empíricas das ervas.
b) Feiticeiras medieva is foram, para a med icina medieval, verdadeiras cirurgiãs, que atendiam doentes de todas as camadas sociais.
c) Os tratados de medicina aplicados pelos gregos,
judeus e árabes foram proibidos pela Inquisição.
d) O saber sobre a cura, praticado por feiticeiras e carrascos, foi amplamente usado na França e na Inglaterra,
onde eram respeitados como verdadeiros médicos.
e) Com base na higiene doméstica e no saneamento
construído nas vilas e cidades medievais, muitas
doenças foram combatidas durante a Idade Média .
6. (Vunesp-SP) Na Idade Méd ia ocidental, a Igreja cristã
justificava e explicava o ordenamento socia l. Ao lado
dos clérigos, que detinham o conhecimento da leit ura e da escrita, um dos grupos sociais da época era
constituído por:
a) assalariados, que trabalhavam nas terras dos que
protegiam as fronteiras da Europa medieval das
invasões dos povos bárbaros germânicos.
b) usurários, que garant iam o financiamento das
campanhas militares da nobreza em luta contra
os infiéis muçulmanos.
c) donos de manufat uras de tecidos de algodão, que
abasteciam o amplo mercado consumidor das colônias americanas.
d) servos, que deviam obrigações em trabalho aos
senhores territoriais que cuidavam da defesa militar da sociedade.
e) escravos, que garant iam a sobrevivência material
da sociedade em troca da concessão da vida por
parte dos seus vencedores.
Vestibular em foco
67
7. (PUCC-SP)
Reparando seu livro sobre o imperador Adriano, Marguerite Yourcenar encontrou numa carta de Flaubert
esta frase: "Quando os deuses tinham deixado de existir
e o Cristo ainda não viera, houve um momento único na
história, entre Cícero e Marco Aurélio, em que o homem
ficou sozinho". Os deusespagãos nunca deixaram de existir, mesmo com o triunfo cristão, e Roma não era o mundo, mas no breve momento de solidãoflagrado por Flaubert o homem ocidental se viu livre da metafísica - e não
gostou, claro. Quem querficar sozinho num mundo que
não domina e mal compreende, sem o apoio e o consolo
de uma teologia, qualquer teologia?
{luiz Fernando Veríssim o. Banquete com os deuses)
A compreensão do mundo por meio da religião é uma
disposição que traduz o pensamento med ieval, cujo
pressuposto é:
a) o antropocentrismo: a valorização do homem como cent ro do Un iverso e a crença no caráter divino
da natureza hu mana.
b) a escolástica : a busca da salvação através do conhecimento da filosofi a clássica e da assimilação
do paganismo.
c) o pant eísmo: a defesa da convivência harmônica
de fé e razão, uma vez que o Universo, infinito, é
parte da substância divina.
d) o positivismo: submissão do homem aos dogmas
instituídos pela Igreja e não questionamento das
leis divinas.
e) oteocentrismo: concepção predominante na produção intelectual e artística medieval, que considera Deus o cent ro do Universo.
8. (UFCG· PB) A cultura medieval é marcada por diversos
movimentos artísticos que ganharam visibilidade
mediante diversas práticas. Na composição dessa
ident idade cultura l med ievalista, emergiram, na baixa Idade Média, os goliardos.
A partir da leitura da imagem acima e dos seus conhecimentos sobre a temática, é correto afirmar que
os goliardos:
1. Identificados como clérigos it inera ntes ou estudantes boêmios, desenvolviam a arte musical
canta ndo poemas sobre bebidas, amor e fortunas.
68
Caderno de estudo
li. Diabolizavam o riso e sacralizavam a seriedade e
a introspecção como f undamento da cultura e da
etiqueta na Baixa Idade Média.
Ili. Compunham poemas que celebravam a sexualidade e criticavam tanto a t irania ideológica quanto as práticas religiosas e morais da Igreja.
IV. Identificavam-se com a cultura dos charivaris,
ocasiões em que era comum incinerar sacos
cheios de gatos, associados à feit içari a.
V. Recepcionavam os códigos cultu ra is dos povos
árabes, copia ndo destes o gosto pela música, dança e vestimentas orient ais.
Est ão corretas:
a)
b)
c)
d}
e)
l elll.
IV e V
1 e li
1, li e Ili.
111,IVeV.
9. (Uepa}
A Idade Média equipou a Europa. Mostrou-se conquistadora e inovadora no domínio da tecnologia, sabendo
aperfeiçoar e difundir técnicas que muitas vezes lhe eram
anteriores. Se é um exagerofalar da revolução tecnológica,
houve uma forte aceleração de um processo tecnológico
até então muito lento. A Idade Média continuou a ser um
mundo de madeira, mas aumentou seriamente a utilizacão
•
da pedra e doferro. (...) Os transportes terrestresforam aperfeiçoados pelo arranjo e conservação das estradas, pela
construção de carroças maiores e mais sólidas, pelo arranjo da atrelagem de animais de cargas [...]. pela construção
de pontes e pela abertura de novas vias, a mais célebre das
quaisfoi a Via Alpina de S. Gotardo, no século XIII.
(Le GOFF. Jacq u es.A velha e nova Europa. lisboa: Grad iva, 199 4. /n:
MOCELLIN, Renato e CAMARGO. Rouvane. Passaporte para a História.
São Pau lo: Ed ito ra do Brasil, 2007, p. 13).
A parti r da leitura do te xto e dos seus estudos históricos, é correto afirma r que a Idade Média:
a) é ainda considerada por muitos historiadores como
a " Idade das Trevas" devido à ausência de instrumentos e/ou realizações que identificassem alguma tecnologia.
b) é um período em que houve um desenvolvimento
t ecnológico, e nele se identi fica o aperfeiçoamento de transportes e a construção de pontes e abert uras de vias.
c) hoje est á sendo renomeada como o "período das
luzes", visto muitos estud iosos terem descoberto
que nele ocorreu uma verdadeira revolução tecnológica no campo das construções.
d) no campo das construções arquitetônicas, registra
mudanças significativas, como, por exemplo, a substit uição do uso da madeira pela pedra e pelo ferro.
e) aperfeiçoou diversas técnicas herdadas do mundo
antigo, ao mesmo tempo que promoveu uma aceleração do processo tecnológico dos meios de
t ransporte, substituindo a tração animal pela utilização do vapor.
10. (UFPA) Sobre a Cava laria Medieval, leia o enunciado
abaixo:
O escudeiro,
antes de entrar na ordem da cavalaria
durante a Idade Média europeia, deve confessar-se das
faltas que cometeu contra Deus [...].
Ubro de La Orden de Caba/leria. Apud: PEDRERO·SANCHEZ. Maria Guadalupe.
História da Idade Média, textos e testemunhas. São Paulo: Unesp, 2000. p. 102.
d) A mulher, ainda que posta em uma condição submissa em relação ao homem, tinha grande poder
e infl uência sobre a Igreja Católica.
e) A condição feminina era fruto da grande influência
que o racionalismo cient ífi co exercia sobre a cult ura daquele período.
12. {U FV-MG) Considerada por muitos como a "Idade das
Sobre esse primeiro "mandamento" que regia o ingresso do jovem na cavalaria, é importante observar que a:
a) estrut ura original da cavalaria era de natureza
guerreira e religiosa, demasiado pró xi ma das ordens monástico-religiosas, o que ameaçava o poder terrena! da nobreza e a unidade espiritual e
física da instit u icão.
•
b) obrigação para com os preceitos religiosos forjou
nos cava leiros uma moral mi lit ar que se sobrepunha à defesa de Deus, da Igreja e da nobreza, quebrando a unidade da Cristandade consolidada
desde os tempos im peria is de Roma.
c) Igreja gerou no seio da cavalaria um sentimento
de fra ternidade mi litar, despojando-a de seu papel
guerreiro, visando apenas ao combate àqueles que
não segu issem os ensinamentos evangélicos, conforme determinavam os príncipes.
d) religiosidade dos cavaleiros determinará o fim da
prática dos torneios e das guerras justas, sendo a
cavalaria ma is ta rde absorvida pelos Estados Absolutistas, servindo apenas para o aparato das
cortes reais europeias.
e) Igreja t eve um papel f undament al em relação à
cava lari a, incutindo a fé e cristianizando-lhe os
rituais, tanto que na oração da investidura era pedido a Deus que abençoasse a espada do cava leiro
para que ele pudesse def ender a Igreja, as viúvas,
os órfãos e todos os servi dores de Deus.
11 . {UFC-CE) Na sociedade medieval, vigorava uma ideologia que considerava as mul heres inferiores aos
homens, resu ltando em um cotidia no ma rcado pela hegemon ia da autoridade mascu lina. Ainda que
a Igreja pregasse que homens e mulhere s eram
objetos do amor de Deus, não eram poucos os religiosos que percebiam as m ulheres como agentes
do demônio.
Com base nas informacões
acima e em seus conhe•
cimentos, assinale a alternat iva correta sobre a cultura e a sociedade europeias, no período classicament e conhecido como Idade Média.
a) As mu lheres eram consideradas inferiores aos homens por serem incapazes de traba lhar com as
t écnicas t radicionais de cura por meio do uso de
plantas med icinais.
b) A mentalidade era profundamente marcada pelo
ideário católico, que preconizava, inclusive, o papel
que homens e mulheres deveriam desempenhar
na sociedade.
c) A submissão f emin ina à autoridade masculi na ca racterizou a sociedade daquele tempo como uma
organização tipicamente matriarca!.
Trevas", a Idade Média foi arcada por uma intensa
t ransformação cult ural, pois aos poucos a deterioração
da herança cultura l do Império Romano foi abrin do
espaço para o surgimento de um outro tipo de cultura,
baseada no poder crescente da Igreja Católica. Com
relação à cult ura Medieval, é INCORRETO afirmar:
a) A proliferação das universid ades retardou o forta lecimento do renascimento cult ura l europeu, visto
que estas seguiam fielmente os desígnios do Papa
e do catolicismo.
b) Durante a Alta Idade Média, a Igreja adquiriu o controle sobre a educação, dominando o ensino através das
escolas religiosas e sendo o clero a elite intelectual.
c) Os mosteiros funcionaram como depositários da
cultura e os monges atuavam, em grande parte,
como copiadores de manuscritos antigos.
d) Na Baixa Idade Média, a filosofia escolástica buscava a harmonia entre a razão e a fé, afirmando que o
progresso dependia também do esforço do homem.
13. {UEM) Inicialmente, o termo gótico fora utilizado pelos
estudiosos de forma desdenhosa para definir uma arquitet ura que consideravam "tão bárbara, que ela poderia até ter sido criada pelos godos, povo que invadira
o Império Romano e destruíra muitas de suas obras".
(PROENÇA, Graça. História da Arte. São Pau lo: Ática, 2007. p. 74).
Mais tard e, o t ermo perderia o caráter depreciativo
ao continuar ligado a uma das grandes revoluções na
técnica construtiva. Acerca da arquit etu ra gót ica, é
correto afirmar que:
{01) a abóbada de nervuras, estrutura gerada em fun ção do emprego do arco semicircular, é um dos
legados da técnica construtiva da arquitetura
românica adotada pelos novos constru tores.
{02) o emprego do arco ogival permi t iu a construção
de igrejas mais altas com a impressão de vertica lidade ainda mais acentuada pelo desenho das
ogivas que se alongam e apont am pa ra o alto.
(04) o arcobotante foi um importante recurso técnico
int roduzido pela arquit etura gót ica, pois, ao t ransm itir a pressão de uma abóbada diretamente
para contrafortes externos, permitiu aument ar
as aberturas de ilu minação.
{08) ao lançar mão do uso de pilares dispostos a int ervalos regu lares os construtores do período
conseguiram suprimir as grossas paredes que
sustentavam a estrutura e que caracterizava m
a arqui tet ura românica.
{16) os vitrais, que na arquitetura românica tinham cores
predominantemente escuras com o objetivo de obscurecer o interior das igrejas, ganharam cores radiantes ao serem importados para as igrejas góticas.
Vestibular em foco
69
TEMA 16
N
AS RELAÇOES DE PODER NA EUROPA OCIDENTAL MEDIEVAL
Desenvolvimento
comercial e urbano
Ordem feudal
,- ----------~-----------,
1
1
1
1
1
Falta de uniformidade
legal e jurídica
Ascensão da
burguesia
\
1
v
v
V
Formação das
•
monarquias
Diversidade regional
e política
•
1
\
'
' ---------~-----------'
I
I
1
V
Entraves ao
desenvolvimento comercial
1
\
1
'
'--------------------------------~----------------------------------,
V
,'
1
Demanda por centralização
, .1
----------------------~-----------------------1
I
,-:,,
Exércitos
mercenários
v
Facilitação
,
. do
comercio
Fortalecimento da
autoridade do monarca
1
1
'V
1
1
,- ----------l----------, '1
1
'-->
v
v
Aliança
monarca-burguesia
Conflitos:
monarca x nobreza
monarca x Igreja
Querela das
Investiduras
Cisma do Ocidente
•
,-----------v
,
1
1
I
1
1
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v
França
• Filipe li 0180-1223) - início
da centralização, poder
armado, tributos.
• Luís IX (1226-1270) t r ibunais, moeda de
circulação nacional.
• Filipe IV, o Belo (1285-1314) criação dos Estados Gerais,
Cisma do Ocidente.
• Guerra dos Cem Anos
(1337-1453) - relativo
enfraquecimento do poder
monárquico.
• Peste negra. rebeliões
camponesas (século XIVl.
70
.
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Repressão
senhorial
aos camponeses
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Inglaterra
Península Ibérica
• Guilherme, o Conquistador
(1066-1087) - dinastia
Normanda, o rganização do
poder real.
• Henrique 11(1154-1189) Common Law.
• João Sem-Terra (1199-1216)
- conflitos e imposição da
Magna Cart a, que limitava o
poder real.
• Guerra dos Cem Anos (1337-1 453) - crise social.
• Guerra das Duas Rosas (1455-1 485) - enfraquecimento da
nobreza, centralização política.
• Reconquista (1150-1492) - guerra para
tomar os territórios controlados pelos
muçulmanos. Organização dos reinos
de Leão, Navarra, Castela e Aragão
(unificados no final do século XV).
Portugal:
• Independência do condado
Portucalense (1139l.
• Dinastia de Borgonha (1139-1383) reconquista, hegemonia da
autoridade real.
• Revolução de Avis 0385) aproximação entre os interesses da
monarquia e os do setor mercantil,
desencadeando a expansão marítima.
Exercícios
1. (Ufes) Em fevereiro de 1076, o papa Gregório VII, reagindo contra a decisão dos bispos alemães de se proclamarem independentes da Santa Sé, excomunga
Henriq ue IV, soberano do Sacro Im pério Romano-Germânico, nos seguintes termos:
[Dirigindo -se a S. Pedro] ''.4 mim como teu representante me foi especialmen te confiado e a mim pela tua
graçafoi dado por Deus o poder de ligar e desligar no Céu
e na terra. Apoiando-me pois nesta crença para a honra
e defesa da tua Igreja e em nome de Deus Todo -Poderoso,
o Pai, o Filho e o Espírito Santo, por intermédio do teu
poder e autoridade, retiro o governo de todo o reino dos
Germanos e da Itália ao rei Henrique, porque ele ergueu-se contra a tua Igreja com uma inaudita soberba. E liberto todos os cristãos do juramento de f idelidade que
lhe tiverem feito ou vierem a fazer, e proíbo a quem quer
que seja de o servir como rei, porque é justo que aquele
que procura diminuir a honra da tua Igreja perca também
a honra que deveria ter".
SPINOZA, F. Antologia de textos históricos medievais. Lisboa: Sá da
Costa, 1981, p. 290.
O episódio faz parte de um dos mais importantes
conflitos ocorridos no período medieval entre o papado e o Império, denom inado "Quest ão das Investiduras" (1075-1122), que consistiu:
a) na retomada, por parte da Santa Sé, das propriedades fundiárias concedidas em arrendamento aos
príncipes alemães para que invest issem na produção agrícola, destinada a abastecer os núcleos urbanos emergentes.
b) na decisão de Gregório VII, proclamada diante dos
bispos reunidos no Concílio de Avignon, de impedir
por todos os meios as investidas de Henrique IV e
seus aliados cont ra a Itália, o que levou o papado
a buscar o apoio da monarquia francesa.
c) na condenação, por parte de Gregório VII, da interferência do poder laico na composição do clero,
especialmente no que dizia respeito à indicação
dos bispos pelos soberanos.
d) no repúdio de Henrique IV às pretensões do papado
de sagrar os cavaleiros alemães, uma vez que historicamente tal prerrogativa cabia apenas ao
imperador, como herdeiro legítimo dos Césares
romanos.
e) na cisão entre a Santa Sé e a monarquia alemã, por
conta da revelação de que agentes papais teriam
penetrado no território do Sacro lm pério Romano-Germânico com o objetivo de sublevar a nobreza
contra Henrique IV.
2. {UFG-GO}
I. Só a Igreja romana foi fundada por Deus.
li. Só o pontífice romano, portan to, tem o direito de
ser chamado universal.
Ili. Só ele pode nomear e depor bispos. [ ...)
VIII. Só ele pode usar a insígnia imperial.
IX. O papa é o único homem a quem todos os príncipes
beijam os pés.
XII. É-lhe lícito destituir os imperadores.
GREGÓRIO VII, Dictatus papae. Apud: SOUZA, José Antonio C. R. de;
BARBOSA, João Morais. O reino de Deus e o reina dos homens. Porto
Alegre: Edipucrs, 1997. p. 47-48.
O documento expressa a concepção do poder papal
de Gregório VII (1073-1085) que se relaciona com:
a) o "Cisma do Oriente", que selou a separação entre
as duas Igrejas, a católica romana e a ortodoxa
grega.
b) o "Cativeiro de Avinhão", período de 70 anos em
que os papas submeteram-se à autoridade do rei
da França.
c) a "Querela das Investiduras", conflito político que
dema rcou as esfera s do poder papal e as do poder
imperial.
d) a "Doação de Constantino", que serviu como just ificativa para o estabelecimento do Patri mônio
de São Pedro.
e) o "Cisma do Ocidente", que dividiu a autoridade
suprema da Igreja entre dois papas, o de Roma e o
de Avinhão.
3. (UEL-PR) Considere as proposições a seguir.
1. "No Século XIV, as insurreições camponesas e urbanas, o clima de agitação social e a falta de segurança nas estradas contribuíram para que o setor
mercantil transferisse a rota terrestre, que ligava a
cidade de Flandres[...], para a via marítima...".
li. "A conqu ista de Ceuta significou apropriação de
importantes lucros para o Estado e o grupo merca nt il a ele ligado. Ao mesmo tempo, para a nobreza [...] ela foi vista como uma forma de combater os infiéis e conquista r terras ...".
Ili. "No final do ant igo regime, significativos setores
da nobreza, enfraquecidos, deixaram de participar
das atividades mercantis, o que fez com que a burguesia e o rei se lançassem ao comércio marítimo."
IV. "Os port ugueses iniciaram a sua aventura expansionista através da pirataria e do saque às frotas
italia nas e iniciaram a expansão do seu império
com a conquista do litora l africano."
V. "No fina l do Século XV, Portugal detinha a exclusividade da rota atlântica das especiarias e dos
artigos de luxo - o mais important e setor do comércio internacional na época.".
Sobre a expansão ma rítima portuguesa, são corretas
SOMENTE as proposições:
a) 1, li eV.
d) li, Ili e IV.
b) 1, Ili e IV.
e) li, IV e V,
c) 1, Ili eV.
Vestibular em foco
71
4. (Fuvest-SP) No processo de formação dos estados
nacionais da França e da Inglaterra, podem ser identificados os seguintes aspectos:
a) Forta lecimento do poder da nobreza e retarda mento da formação do Estado moderno.
b) Ampliação da dependência do rei em re lação aos
senhores feudais e à Igreja.
c) Desagregação do feudalismo e centralização política.
d) Diminuição do poder rea l e crise do capitalismo
comercia l.
e) Enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre
o Estado e a Igreja.
5. (Cesgranrio-RJ) A consolidação da Monarquia Francesa:
a) deveu-se à política de Luís XI.
b) foi fruto da desintegração da nobreza feudal, esgotada pela Guerra dos Cem Anos e pelas crises de
sucessão dinástica.
c) tornou -se possível graças à formação definitiva da
configuração territorial da França, o que ocorreu
no sécu lo XVI.
d) resu ltou do desenvolvimento de uma burguesia
mercantil que apoiou o processo de centralização
monárquico.
e) ocorreu como resultado das vitórias obtidas contra
os ingleses.
6. (Unirio - adaptada) Leia o trecho de Vou-me embora
pra Pasárgada.
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
BANDEIRA, Manuel. Vou-me embora pra Pasárgada e outros poemas.
Rio de Janeiro: Ediouro, 1997.
O reino imaginário de Pasárgada e os privilégios dos
amigos do rei podem ser comparados à situação da
nobreza europeia com a formação das Monarquias
nacionais modernas. A razão fundamental do apoio
que esta nobreza forneceu ao rei, no intuito de manter-se "amiga" do mesmo, conservando inúmeras
rega lias, pode ser explicada pela (o):
a) composição de um corpo burocrático que absorve
a nobreza, tornando esse segmento autônomo em
relação às atividades agrícolas que são assumidas
pelo capital mercantil;
b) subordinação dos negócios da burguesia emergente aos interesses da nobreza fundiária, obstacu lizando o desenvolvimento das atividades
comerc1a1s;
c) manutenção de forças m ilitares locais que atuaram
como verdadeiras milícias aristocráticas na repressão aos levantes camponeses;
d) repressão que as monarquias empreenderiam às
revoltas camponesas, restabelecendo a ordem no
meio rural em proveito da aristocracia agrária;
72
Caderno de estudo
e) completo restabelecimento das re lações feudo-vassá licas, freando temporariamente o processo
de assalariamento da mão de obra e de entrada do
capital mercantil no campo.
7. (Ufes) O conceito de rea leza sagrada e maravilhosa
atravessou toda a Idade Média sem nada perder de
seu v igor, muito pelo contrário: todo esse tesouro
de legendas, de ritos curativos, de crenças meio
eruditas, meio populares, que constituía grande
parte da força moral das monarquias não cessou de
crescer [...] À primeira v ista, o que parece est ar em
oposição à marcha geral dos acontecimentos é - no
reinado dos primeiros capetíngeos, por exemplo - o
caráter sagrado correntemente reconhecido à pessoa do rei, pois, na verdade a força da monarquia
era então muito pequena é, na prática, os próprios
reis eram frequentemente pouco respeitados pelos
súditos. Adema is, o que deve surpreender o historiador dos séculos X e XI não é a fraqueza da reale za francesa, o surpreendente é que essa rea leza
tenha-se mantido e tenha conservado suficiente
prestígio para poder mais tarde, a partir de Luís V I,
com a ajuda das circunstâncias, desenvolver rapi damente suas energias latentes e, em menos de um
século, transformar-se em grande potência dentro
e fora da Franca.
•
(BLOCH, M. Os reis taumaturgos. São Paulo: Companhia das Letra s,
1998. 187-188.)
Dentre os fatores que propiciaram o fortalec imento
da autoridade rea l, na Franca,
durante a d inastia dos
,
Capeto {987-1328), é correto afirmar que:
a) aliança de Luís VI com o soberano plantageneta
João Sem Terra garantiu-lhe o apoio da nobreza
inglesa contra o imperador do Sacro Império Romano-Germânico.
b) criação do Parlamento de Paris, em substituição
aos Estados Gera is, sob o reinado de Hugo Capeto,
permitiu à realeza controlar de modo estrito a concessão de t ítu los de nobreza a membros do clero
e da burguesia.
c) abandono do direito romano, em prol das concepções jurídicas islâmicas, reforçou as pret ensões dos
capetíngeos em livrar o papado da tutela dos juristas italianos.
d) atuação de Carlos Magno, membro mais ilustre da
dinastia, imprimiu ao Império Capetíngeo estru turas administrativas eficazes, por intermédio dos
condes e marqueses.
e) crença nos poderes sobrenaturais dos monarcas
capetíngeos, especialmente na sua capacidade de
curar certos tipos de tumores, integrava uma mentalidade segundo a qua l o rei era tido como uma
entidade sagrada e inviolável.
8. (Ufam)
Embora no princípio do século XIV a maioria dos Estados
cristãos flutuasse ainda no interior defronteiras incertas,
o conjunto da Cristandade encontrava-se estabilizado.
Como disse A. Lewis, era o Jim da fronteira'. A expansão
medieval terminara. Quando a Europa voltasse a se expandir no f im do século XV, seria outro fenômeno.
LE GOFF. J. A civilização do Ocidente Medieval. Bauru: Edusc, 2005, p. 99.
Após ler o texto com atenção, você pode depreender
que:
a) Durante este período existiu um vasto território
no Ocidente europeu, antes marginal, que passou
a ser cultivado pela pressão do crescimento demográfico e pelo intenso comércio muçu lmano.
b) A queda demográfica iniciada por uma série de
intempéries no início do século XIV e agravada pela peste favoreceu o recrudescimento feudal no
Ocidente, prejudicando o desenvolvimento de uma
economia monet ária.
c) Somente a partir do século XV que as frágeis monarquias europeias iniciaram um processo de centralizacão, ao derrotar os senhores feudais com o
'
apoio das camadas médias urbanas.
d) O fenômeno apontado no texto refere-se à instalação de um novo sistema de produção estruturado na acumulação do capital urbano.
e) A primeira metade do sécu lo XIV f indou-se com
uma epidemia, denominada de peste negra, que
dizimou um terço da cristandade, provocando
transformações profundas no mundo feuda l.
9. (Cefet-MG) A peste negra, que dizimou grande parte
da população europeia no século XIV, provocando
escassez de mão de obra e ali ment os, e sendo uma
das causas da decadência do feudalismo, pode ser
descrita como:
a) a peste bubônica, transmitida por ratos infectados.
b) uma seca violenta que devastou as lavouras.
c) nuvens de gafanhotos provenientes do norte da
África.
d) a cólera, trazida pelos cruzados quando retorna vam da Terra Santa.
e) fungos que surgiram pelo excesso de umidade,
atacando as plantações de cereais.
10. {Ufpel-RS)
Diante da crise agrária fazia-se necessária a conquista de
novas áreas produtoras. Diante da crise demográfica fazia-se necessário o domínio sobre as populações não europeias.
Diante da crise monetária fazia-se necessária a descoberta
de novas fontes de minérios. Diante da crise social fazia-se
necessário um monarca forte, controlador das tensões e das
lutas sociais. Diante da crise político-militar fazia-se necessária umaforça centralizadora e defensora de toda a nação.
Diante da crise clericalfazia-se necessária uma nova Igreja.
Diante da crise espiritualfazia -se necessária uma nova visão
de Deus e do homem. Começavam os novos tempos.
c) a substituição do escravismo clássico pela servidão,
na área geográfica correspondente ao antigo Império Romano.
d) o pleno domín io econômico, político e social da
bu rguesia europeia durante a Revolução Industrial.
e) a manutenção da hegemonia da Igreja Católica e
a revitalização do poder político dos senhores feudais na Europa renascentista.
11. (Ufla-MG) "Há um consenso entre os historiadores
que a partir de meados da Baixa Idade Média, teria
se iniciado o processo de crise do sistema feuda l, então predominante na Eu ropa Ocidental".
São características da crise feudal, EXCETO:
a) Constantes invasões de povos bárbaros na Europa,
que teriam aumentado a partir do século V.
b) Expansão predatória da exploração de terras,
que teria contribuído para o desgaste de sua
fertilidade.
c) Intenso desmatamento, que teria gerado a alternância de períodos chuvosos e secos e alterações
climáticas e ecológicas.
d) Diminuição da produção agrícola associada ao encarecimento dos produtos e ao esgotamento das
minas de ouro e prata da Europa.
e) Aumento do número de nobres e de suas necessidades de consumo, que teria aumentado consideravelmente o grau de exploração sobre a massa
camponesa.
12. (PUC-PR) A peste negra matou mais da metade da
população europeia em meados do sécu lo XIV. Causada pela bactéria Yersinia pestis, a doença represen tou uma ameaça às áreas mais pobres e infestadas
de ratos. A partir do contexto das adversidades vividas na Europa desse período, marque a alternativa
CORRETA:
a) Esse período também é marcado pelo forta lecimento do poder e do prestígio do papado. O ideal
medieval de uma comunidade cristã unificada e
guiada pelo papa foi reforçado.
b) Marca esse período a assinatura do Tratado de
Verdun, que acabou com o reino construído por
Carlos Magno.
c) A peste negra influenciou, posit ivamente, o forta lecimento do poder dos senhores feudais e marcou
o declínio das atividades comerciais.
Font e: FRAN CO JR., Hilário. O Feudalismo. São Paulo: Brasil iense. p. 93
d) O pensamento escolástico de Santo Agostinho
(1225-1274) predomina nesse contexto em detrimento da perspectiva cristã de São Tomás de Aquino (354-430).
As crises que são referidas no texto caracterizaram:
a) a transição do feudalismo para o capitalismo comercial, na Europa, no início da Idade Moderna.
b) a formação do feudalismo, na Europa Ocidental,
no início da Idade Média.
e) Pertence a esse período a série de confl itos con he·
cida como Guerra dos Cem Anos (1337-1453). Entre
franceses e ingleses, essa guerra se iniciou no sécu lo XIV, perdurando até o sécu lo XV, e contribuiu
para a formação dos Estados nacionais inglês e
francês.
Vestibular em foco
73
13. (Emescam-ES) A "peste negra", cat ástrofe social e
demográfica, que atingiu a Europa em meados do
século XIV, produziu profundos efeitos na sociedade
da época.
Com base nos conhecimentos sobre esse fato, pode-se destacar entre as principais consequências,
EXCETO:
a) Queda na quantidade de mão de obra disponível
ocasionada pelo declínio demográfico.
b) Melhoria na infraestrutura de saneament o das
cidades medievais, com a construção de esgotos
que fizeram diminuir a disseminação de doenças.
c) Expansão da fome fazendo aumentar a dependência dos servos em relacão aos senhores de terra.
'
d) Revoltas camponesas em consequência dos t ributos cobrados, ocasionando a fuga dos camponeses
pa ra as cidades.
e) Desa rticulação da estrutura feudal, provocando,
junto a outros fatores, a desintegração do feudalismo, fazendo com que os senhores feudais fossem perdendo poder político. Ao mesmo t empo,
fortaleciam-se a burguesia e o poder real.
14. (IFG-GO) Sobre a grande crise feudal e o início da t ransição do feuda lismo para o capitalismo, a partir do
início do século XIV, assinale a alternativa incorret a.
a) A recuperação dos solos por meio da rotação de
áreas, o motor básico que impulsionara a economia
feudal por três séculos, acabou se tornando insuficient e para atender as demandas da nova estrutura socia l, no contexto do esgot amento de terras
adequadas e disponíveis para o cult ivo.
b) A formação dos Estados nacionais foi outra das
consequências imediatas da grande crise.
c) A população continuou a crescer e a produção
ca iu nas terras inadequadas e disponíveis para o
cu ltivo, nos níveis da técnica agropecuária existent e. Como consequência, o solo se det eri orava
por causa da pressa e do mau uso e a produção
em geral declinava.
d) As estrut uras profundas da cris e emergiram na
forma de confl itos aristocráticos, de fome, de epidemias, de revoltas populares e de exacerbação de
fa natismos religiosos.
e) Novas formas de produção, circulação e consumo,
a exemplo do arrendamento em 'espécie' de terras
de propriedade aristocrát ica, o desenvolvimento
de novas t écnicas de cultivo e a procura do lucro
por meio da agricultura comercia l emergem lentamente no quad ro de crise.
15. (Vunesp-SP) A Baixa Idade Média tem sua importância ligada à dissolução de um modo de produção e o
início da longa fase de t ransição que levará ao desenvolvimento de um outro. Assinale a alternativa diretament e relacionada com a crise e a desagregação do
sistema feudal:
a) Condenação do modo de produção feudal pela
Igrej a Católica Apostólica Romana.
74
Caderno de estudo
b) Declínio do comércio a longa distância, florescimento da pequena indústria e enfraquecimento
do poder cent ral dos monarcas.
c) Equilíbrio entre o rit mo da produção e do consumo.
d) Exigências senhori ais sobreca rregando os camponeses e a substituição de obrigações antigas por
contratos de arrendamento da terra e por pagamento em dinheiro.
e) Predomínio do modo assalariado de t rabalho acarret ando, em curto prazo, mudanças profundas na
Europa Oriental.
16. (Uece) A peste, a fome e a guerra constituíram os
elementos mais visíveis daquela que ficou conhecida
como a crise do século XIV, na Europa. Como consequência dessa cri se ocorrida na Baixa Idade Media,
a) o movimento de renascimento urba no foi iniciado
e depois interrompido por mais de três sécu los,
reaparecendo somente na Revolução Industrial do
século XVII 1.
b) os camponeses, que estavam em via de conq uista r a liberdade, voltaram a apoiar o sistema feudal
por mais alguns séculos, como forma de superar
a crise.
c) o processo de cent ralização e concentração do poder polít ico nas mãos dos reis, com o apoio da burguesia, intensificou -se até se tornar absolut o no
início da modernidade.
d) entre as classes socia is, a nobreza foi a menos prejudicada pela crise, ao contrário do que ocorreu
com a burguesia.
17. {U FRN) O historiador Jacq ues Le Goff, analisando o
Ocidente europeu na Idade Média, comenta:
O conflito entre o tempo da Igreja e o tempo dos mercadores afirma-se pois em plena Idade Média, como um
dos acontecimentos maiores da história mental destes
séculos, durante os quais se elabora a ideologia do mundo moderno, sob a pressão da alteração das estruturas e
das práticas econômicas.
LE GOFF, Jacques. Para um nova conce;to de Idade Média: tempo,
t rabalho e cultura no Ocidente. l isboa: Estampa, 1979. p. 45.
Esse conflito referido pelo aut or diz respeito:
a) à t ensão ent re a moral burguesa, que defendia o
"j usto preço" e a moderação do lucro, e os valores
clericais, que enalteciam o ócio, como expressão
da confianca na Providência.
'
b) à contradição entre a exploração dos servos, a qual
sust entava a produção nos domínios feudais, e a
concepção de uma sociedade f ra terna defend ida
pela Igreja.
c) às dificuldades de conciliação entre os interesses
religiosos das Cruzadas e as ambições das cidades
italianas, que lucravam com as novas rotas comercia is abertas pelo movimento cruzadist a.
d) à incompat ibil idade ent re o ponto de vista defendido pela Igreja sobre a economia e as ideias capitalistas da burguesia, a qual gradativamente se
consolidava.
- ---
Exercícios desafio de História
1.
Faça um t exto tomando por base o esquema-resumo
do tema 1, completando com um (ou alguns) argumento(s) visto(s) na Introdução do Livro 1.
2. Procure um assunt o, um t ema que estej a sendo debatido nos jornais e f aça um leva ntament o das propostas e posicionamentos apresentados. Com esses
dados, elabore um t ext o crít ico apontando os aspectos positivos e negativos estudados, descrevendo
quais posicionamentos foram t omados. Conclua a
atividade emit indo seu posiciona mento sobre o tema.
(Pode ser feito em grupo ou individualmente).
3. (Oli mpíadas da Unica mp-SP)
Nos últimos 20 anos vários pesquisadores vêm sugerindo que a ocupação da América seria mais antiga, mas, há
pouco tempo, surgiram provas convincentes. Entre elas
está Luzia, cujos estudos trouxeram ainda outras novidades.
No município de Pedro Leopoldo, região de Lagoa San ta, Minas Gerais, um grupo de arqueólogos brasileiros e
franceses encontrou, em 1975, partes de um esqueleto em
uma gruta chamada Lapa Vermelha IV As informações
iniciais sugeriam que o esqueleto {de uma mulher entre
20 e 25 anos de idade - Luzia} deveria ser muito antigo,
mas naquela época não foi possível datar com precisão
o material. [... ]
Só a partir das pesquisasfeitas [por] Walter Neves, da
Universidade de São Paulo, Luzia teve sua idade revelada.
O resultadofoi surpreendente: ela tinha vivido em Minas
Gerais há 11.500 anos! Essa data.junto com outros vestígios de populações pré -históricas que teriam vivido há
mais de 11.000 anos nas Américas do Sul e do Norte, revelou que o povoamento do nosso continente ocorreu
antes do que se pensava. Apesar de existir muita discussão
sobre o tempo necessário para que todo o continente
tenha sido ocupado, a presença de humanos na América
do Sul há 11.500 anos indica que os primeiros migrantes
teriam chegado no continente americano há pelo menos
74.000 ou 15.000 anos.
Hoje, muitos cientistas já admitem que a primeira
migração deva ter ocorrido entre 15 000 e 20 000 anos.
Mas há pesquisadores que admitem até 50.000 anos! Os
dados que existem ainda não são suficientes para que
possamos chegar a uma conclusão.
RODRIGUES, C. Luzia. Ciência Haje das Crianças, SBPC, n.102, maio 2000.
Sobre pré-h ist ória : Norberto Lu iz Guari nello. Os primeiras habitantes
do Brasil. São Paulo: Atual Editora, 2009 (15. ed.)
Sobre o t ema da q uestão: Walter Alves Neves, Lu is Beethoven Pilo. O
povo de Luzia: em busca dos prim eiros am erica nos. Rio de Janeiro:
Gl obo, 2008.
·o
Ou ai nda: Walt er A . Neves; João Paulo V. At ui.
mit o da homogeneidade biológica na população paleoindia de Lagoa Santa: im plicações
antropol ógicas". ln: Revista de Antropologia, vol.47 n.l, São Paulo,
2004. Disponível em: <www.scielo. br/ scielo.php?script=sci_
art t ext&pid=S0034-7701200400010000S&lang=pt>.
O t exto sobre descobertas arqueológicas no atua l
t errit óri o brasileiro revela que:
a) exist e uma pré-história na América do Sul.
76
Caderno de estudo
b) assim como em outras áreas do conheciment o histórico, uma nova descoberta permit e novas int erpret ações sobre o passado.
c) a dat ação de Luzia permit iu ret roceder a época da
presença humana no continente americano.
d} o conheciment o sobre o passado remoto não t em
base científi ca e por isso as datas podem apresentar enormes diferencas.
'
4. Explique como a fixação de grupos humanos nos vales de grandes rios favoreceu a criação de Estados
com poder centralizado.
5. Podemos considerar que o desenvolvimento da atividade comercial foi uma decorrência da "Revolução
Neolít ica''? Just ifi que.
6. Faça um t exto de no máximo uma página, explica ndo
o esquema-resumo do tema 3 e completando-o no
que acha r necessá rio.
7. Que semelhancas
você nota em relacão
ao desenvol,
'
vimento e às características das civil izações mesopotâ mica e egípcia?
8. Refaça em seu caderno o esquema-resumo do tema 4,
acrescentando mais elementos sobre a civilização
egípcia.
9. (Fuvest-SP) Ca racterize as relações entre os camponeses e o Est ado no Egit o Antigo.
10. Expliq ue a importância dos Dez Mandament os para
a const rucão de uma unidade hebraica.
'
11 . Indiq ue os fatores que contribuíram para o estabelecimento da talassocracia fenícia.
12. Que medidas tomadas por Dario I permitiram o controle do poder central sobre o vasto Im pério Persa?
13. Faça uma síntese da evolução política da China ant iga, segui ndo as indicações do esquema-resumo do
t ema 5.
14. Consultando as informações do capítulo 4, compare
a forma de organ ização política predom inante da
índ ia durante o apogeu da civilização védica e o período imed iatamente posterior ao domínio macedônico,
j unta ndo-os ao esquema-resumo em seu cadern o.
15. Apesar da grande diversidade de etnias, religiões e culturas existentes no continente africano desde a Idade
Antiga, poucos foram os grupos que se mantiveram
isolados ao longo do tempo. Quais fatores favoreceram
o intercâmbio entre os diferentes povos africanos?
16. Consu ltando as informações do capítulo 5, escreva
em seu caderno um texto breve, caracterizando cada
um dos períodos da história grega identificados no
esquema-resumo.
28. Orientando-se pelo esquema-resumo do tema 9, expi ique de que maneira a política do "pão e circo" fun cionava como um mecanismo importante de estabilização da ordem no Império.
17. Durante o oitavo século antes de Cristo a civilizacão
'
'
grega experimentou importantes transformações,
que t iveram como consequência o desmembramento das comunidades gentílicas e a formação das pólis.
Responda:
a) Que transformacões foram essas?
'
b) O que caracteriza a pólis grega?
29. Com base no esquema-resumo 9 relacione o fim da
expansão territorial romana ao colapso do Império
Romano.
30. Comente exemplificando dois elementos da Antiguidade romana presentes ainda hoje no mundo
ocidental.
18. À época dos legisladores atenienses que procuravam
31 . Descreva resumidamente em seu caderno o período
resolver os problemas derivados das transformacões
'
sociais, Sólon, Drácon e Clístenes tiveram papel de
destaque. Descreva em seu caderno quais foram as
medidas por eles implementadas.
32. Tomando o esquema-resumo do tema 10, escreva um
19. Explique as semelhanças e as diferenças da democracia grega com a brasileira atual.
20. Com base no esquema-resumo do tema 7 e na leitura do livro, escreva um texto no qual sejam diferenciados os processos de evolução política de Esparta e de Atenas.
compreendido entre o primeiro triunvirato e o estabelecimento do Im pério Romano.
breve texto sobre as divergências entre as Igrejas cristãs de Roma e de Bizâncio, apontando o desfecho com
o Cisma do Oriente.
33. No esquema-resumo do tema 10, acrescente mais um
item: bizantinismo. Em seguida, monte um pequeno
texto definindo esse termo.
34. Escreva um pequeno texto justificando com exem-
22. Explique as causas e as consequências do imperialismo ateniense.
plos a seguinte afirmação: o esquema-resumo do
tema 11 nos permite concluir que, na Idade Média, a
civil ização ocidental não tin ha posição hegemônica
no cenário internaciona l, nem impunha a outros povos seus padrões culturais e seu modelo de organização política, social e econômica.
23. Explique o que sign ifica helênico e helen ismo. Indi-
35. Escreva uma explicação para o processo de frag-
21. Na Grécia antiga, democracia e im perialismo estiveram associados. Ela bore um texto evidenciando essa
relação.
que ao menos três aspectos culturais da civilização
helen ística.
mentação política ocorrido na Alta Idade Média
europeia a partir dos fatores destacados no esquema-resumo do tema 12.
24. Escreva em seu caderno o segmento do esquema-resumo do tema 8 que vai do estabelecimento até a
crise da República romana. Depois, complete-o, indicando as razões e os resultados das lutas entre patrícios e plebeus.
36. Buscando refazer o esquema-resumo do tema 12 em
seu caderno, explique o Tratado de Verdun {843) e seu
significado para o Império Carolíngeo e para a ordenação política europeia.
25. Orientando-se pelo esquema-resumo do tema 8 e
37. Com base no esquema-resumo do tema 13, elabore
consultando as informações do capítulo 6, explique
como a expansão territorial e militar romana desencadeou os fatores que levariam o governo republica no a uma profunda crise.
um texto sobre as transformações que ocorriam na
Europa, no qual apareçam articu lados os seguintes
tópicos:
Crescimento demográfico - Cruzadas - ampliação do
comércio - cristãos x islâmicos.
26. Qual a importância das Guerras Púnicas para a República romana?
38. Explique ao menos duas consequências do movimento cruzadista:
27. A expansão republicana romana estabeleceu um
período de lutas constantes entre patrícios e plebeus. Responda em seu caderno a importância e o
significado:
a) dos Tribunos da Plebe;
b) das Leis das XII Tábuas;
c) das propostas dos irmãos Graco.
a) para a península Ibérica;
b) para o mar Mediterrâneo;
c) para o Império Árabe.
39. Apoiando-se no esquema-resumo do tema 14, deseconômicas e sociais da Baicreva as t ransformacões
,
xa Idade Média.
Desafio
77
40. Explique dois motivos que levaram a Idade Média a
ser chamada 'Idade das Trevas' e, em seguida, contraponha com outros dois motivos que neguem essa
afirmação.
41. Elabore uma relacão
entre o movimento cruzadista e
•
a formação das cidades medievais.
43.Compare o estilo românico com o gótico e aponte
exemplos arquitetônicos europeus.
44.Com base no esquema-resumo do tema 16, descreva
as transformações políticas europeias da Baixa Idade
Média e aponte que grupos sociais se beneficiaram.
45. Em seu caderno refaça o esquema-resumo do tema
42. Tomando como referência o esquema-resumo do tema 15, compare o pensamento de São Tomás de Aqu ino e de Santo Agostinho nos segu intes aspectos:
a) influência grega;
b} predestinação e sa lvação;
c) semelhanças e diferenças.
78
Caderno de estudo
16 acrescentando explicações à Questão das Investiduras e ao Cisma do Ocidente, destacando disputas
entre o poder real e o da Igreja.
46. Escreva um pequeno texto descrevendo o panorama
mundial às vésperas do sécu lo XVI, destacando tópicos por região, inclusive da Europa.
Respostas
parte do grupo dos homens
livres. Aba ixo desse grupo
vinham os escravos.
TEMA 1
Bastidores da História
1. b
2.
b
3. d
4. b
5. d
6. a
7. 3+4= 7
8. e
9. e
10. 1+4+8 = 13
11. a
12. c
13. d
TEMA2
Os primeiros
agrupamentos humanos
1. e
2. a
3. e
4. d
b) O cód igo de Hamurábi foi o
primeiro cód igo de leis escritas.
Sua função era estruturar o
poder despótico do estado e
consolidar a autoridade da
aristocracia.
Seus princípios foram inspirados
na Lei do Talião, que
determinava que a pena deveria
ser correspondente ao crime
("olho por o lho, dente por
dente").
b
3.
4. d
5. b
6. b
7. d
8. a
9. V-V-F-F-V
10. c
11. c
12. d
13. d
3. b
4. e
5. a
6. a
7. b
8. c
9. a
10. d
11. c
12. c
13. b
14. e
15. c
TEMA6
A Grécia antiga: das
origens ao Período Arcaico
1. e
2. d
3. e
4. a) A pólis grega é uma en tidade, ao
mesmo tempo, política, cultural
e religiosa. Conforme o próprio
t exto diz, ela unificou a cidade e
o campo. Retrata-se como a
referência centra l para a vida
cotidiana do homem grego, onde
se faz presente como cidadão.
A cod ificação das leis também
pode ser um elemento
relacionado à pólis.
TEMA4
5. e
6. a
7. a
8. b
As mais antigas
civilizações: o Egito
9. e
10. d
11. a
12. d
13. c
14. a
15. d
1. b
2. b
TEMA3
As mais antigas
civilizações: a
Mesopotâmia
1. c
2. a) A organização política
predominante na Mesopotâmia
f oi a cidade-Estado, onde o
monarca, funcionários do
governo e sacerdotes formavam
a aristocracia, enquanto
comerciantes e artesãos faziam
3. c
4. b
5. e
6. b
7. a
8. d
9. c
10. c
11. e
12. a
TEMAS
Antigas civilizações:
orientais, da África
e América
1. a
2. e
b) Porque, sendo escrita, a lei se
torna pública e menos suscetível
a alte rações pelos poderosos.
5.
b
6. c
7. d
8. b
9. c
10. b
11. b
12. d
13. 0 -1-2
14. 4+ 32 = 36
15. a) Entre os elementos "imitados"
de outros povos e sociedades
presentes nos "inícios da Grécia",
podemos citar as técn icas
agríco las, navais e os va lores
rel igiosos aprendidos com a
civilização cretense.
Respostas
79
b) Um exemplo de "diversidade
social e cultural", que
"caracterizou o início da Grécia",
é a diferenca
entre as cu lturas
•
que se desenvolve ram nesse
período, descritas pelos poemas
de Homero e Hesíodo.
16. b
TEMA 7
A Grécia Antiga: Períodos
Clássico e Helenístico
1. c
2. d
3. d
4. b
5. No processo histórico grego,
Atenas lidera a criação de uma
Liga militar entre as cidades-Estado gregas com o propósito de
impedir o avanço persa sobre a
região. A dominação e controle
ateniense após as Guerras
Médicas levou às guerras entre as
pólis gregas (Li ga de Delos x Liga
do Peloponeso).
TEMAS
Roma: das origens à
crise republicana
1.
2.
3.
4.
5.
6.
democracia era a base do
regime ateniense. Os debates
públicos, os discursos, a oratória
e a retórica t inham papel de
destaque, pois eram de grande
importância para a vida do
cidadão ateniense. No teatro,
encont ramos elementos tanto
políticos como dos costumes,
apontando reflexões e
dialogando com o modo de
viver dos cidadãos. Na prática
política, o discurso passa a
tomar grande importância nas
Assemble ias, local de debate
democrático.
b) São características do Período
Helenístico a presença de uma
unidade Imperial e de
elementos orientais.
7. e
8. c
9. d
10. a
11. a
12. d
13. b
14. c
15. a
16. d
80
1. 1+4= 5
3. b
4. d
5. a
6. a
d
b
c
7. c
8. d
9. d
10. e
11. d
12. b
13. c
14. e
15. b
16. c
17. 1+16 = 17
18. b
19. a) Para assegurar a manutenção
dos privilégios das elites
patrícias, através de fi lhos
legítimos de cidadãos romanos,
garantindo-lhes o poder político
e marginalizando outros grupos.
b) Escravos, libertos, estrangeiros,
mulheres, crianças, plebeus em
alguns períodos.
20. c
TEMA 9
Roma: Período Imperial
1. e
2. V-F-V-V-F
3. c
7. e
8. d
9. c
10. a
11. a
12. b
13. d
14. b
15. d
TEMA 11
O Islã e o mundo
após o século V
1. e
2. e
3. a
4. d
5. a
6. b
7. d
8. d
9. d
10. c
11. b
12. b
13. e
14. b
15. c
4. d
5. d
6. d
7. d
8. a
9. c
10. 1+2+8 = 11
11. c
12. b
13. c
14. c
15. d
16. c
17. a
18. a
19. b.
20. c.
Caderno de estudo
O Império Bizantino
2. c
b
d
a
6. a) Durant e o Período Clássico a
TEMA 10
TEMA 12
Surgimento da Europa:
a Alta Idade Média
1. As obrigações de um vassalo
compunham-se de compromissos
de reciprocidade estabelecidos nas
relações horizontais, ou seja, entre
senhores. As obrigações servis,
entretan to, definiam a condição de
submissão dos servos e a sua
exploração pelos membros da
nobreza e do clero.
2. d
3. c
4. d
5. a
6. a
7. c
8. b
9. e
10. b
11. e
12. b
13. c
14. c
15. b
16. e
TEMA 13
As Cruzadas da Europa
Medieval
1. a
2. d
3. a
4. c
5. c
6. b
7. e
8. a
9. d
10. e
11. e
12. b
13. 1+2+8+32 = 43
TEMA 14
O Renascimento
comercial e urbano
medieval
1. a) Respostas
prováveis:
• as peregrinações de cristãos
europeus aos Luga res Santos,
propiciando o estabelecimento
de re lações comerciais que
atendessem ao suprimento das
necessidades gerais daqueles
peregrinos em roma ria,
implicando relações de t rocas
de produtos e/ou de produtos
por moedas;
• as Cruzadas ou Guerra Santa,
enquanto iniciativa do
cristianismo representado pelo
Bispo de Roma, para libertação
dos Lugares Santos, que se
encontravam sob o controle
princi palmente dos povos
identificados com a fé islâmica;
•tra ta-sede um embate
iniciado no final do século XI e
que se estendeu até o f inal do
século XIII, contribu indo
significativa mente para o
incremento do intercâmbio
comercial e para a própria
expansão europeia, inclusive no
que concerne ao intercâmbio
comercial entre as regiões
europeias e o Oriente;
• a estabilização dos reinos
medievais e re lativa pacificação,
propiciando o incremento
demográfico e o esgotamento
das terras férte is, contribuindo
para a migração dos excedentes
demográficos em busca de
alternativas de sobrevivência
nas vilas e nos burgos e
disponibilizando mão de obra
para as atividades artesanais,
bem como para as re lações de
t rocas ou intercâmbios
comerciais;
• enriq uecimento da nobreza
feudal decorrente da Guerra
Santa ou Cruzadas, inclusive por
meio de saques, propiciando
acumulação de riqueza que
seria empregada na aquisição
de pro dutos disponibilizados
pelos intercâm bios comerciais,
incluindo o gosto pelos artigos
de luxo geralmente observados
no Oriente;
• também se inclui o
conhecimento de novos
produtos, como as especiarias,
que se incorporaram aos hábitos
alimentares e à conservação de
alimentos perecíveis;
• a própria trad ição comercia 1
das cidades da outrora
denom inada Magna Grécia, no
mar Mediterrâneo,
destacando-se as cida des da
península italiana, que atuaram
como entrepostos e pontos de
origem das novas rotas
comerc iais que se consolida ram
no interior da Europa, em cuj o
entroncamento se originaram
ou se desenvolveram burgos ou
cida des como polos comercia is;
• quanto à Guerra Santa,
deve-se considerar que foi por
ocasião da Quarta Cruzada que
os mercadores europeus das
cidades do Mediterrâneo
obtiveram o privilégio de
fixação de entrepos t os
comerciais para distribuição de
mercadorias proven ientes do
Oriente para as rotas
comerciais terres t res e fluviais,
que adentravam ao interior do
continente europeu, em direção
às fe iras que se consolidavam.
b) Respostas prováveis:
• As corporações de ofícios, bem
como as guildas, tinham como
importância a proteção mútua
mediante constitui cão de um
'
fundo, nos burgos,
especialmente contra a
predominância da aristocracia
feudal, que se impunha nos
feudos; enfim, as guildas ou
corporações de ofícios tinham
como objetivo principal a defesa
dos interesses econômicos e
profissionais dos trabalhadores
que lhes eram associados;
• ambas formavam uma
associação de mestres, que
eram donos de oficinas, bem
como artesãos ou artistas e
aprendizes das artes e ofícios;
• agregavam pessoas das
relacôes fam iliares ou outras
'
pessoas desprovidas de status e
condicões econômicas, como
'
aprendizes de uma profissão;
• as corporações de ofícios, bem
como as guildas, reproduziam e
consolidavam o conhecimento, a
normatização e o refinamento
das competências e
especializações profissiona is;
• constituíram-se guildas de
alfaiates, sapateiros, ferreiros,
açougueiros, artesãos,
comerciantes, artistas plásticos
entre outros profissionais;
• as corporações de ofícios e as
guildas associavam professores e
estudantes que, a partir do final
do século XII, e início do século
XIII, constituíram corporações
que se denominaram Universitas
Magistrorum, re unindo
professores, e Universitas
Scholarium, reu nindo
estudantes, com vistas aos
estudos gerais e que
propiciaram a gênese das
Universidades;
• também serão considerados,
positivamente, os comentários
críticos ou ressalvas sobre as
supostas diferenças entre
corporações de ofícios,
enquanto ambientes de
aprendizagem de uma
profissão, diferentemente das
guildas, consideradas
corporações de comerciantes.
Respostas
81
2. c
TEMA 15
3. e
A cultura medieval
•
europeia
4. b
5. e
6. c
7. e
8. b
3. a) Usura é um contrato de
do lavrador, de fáci l exercício e
pouca exigência intelectual, à
do mercador, mais complexo e
exigente, pois reque ria
daqueles que seguiam esta
carreira a prática de manejo
com moedas, negocia r preços
de modo a obt er lucro nas
t ransações e capacidade de
convencimento para ganhar
clientes.
b) Como características deste
período, o aluno poderia citar:
• o cresciment o acentuado da
atividade mercantil,
estimulando a retomada da
circulação monetária e da
de casas
consequente f undacão
•
bancárias e da atividade dos
cambistas;
• crescimentos dos pequenos
centros urbanos, fossem eles
antigas cidades, feiras em
franco desenvolvimento ou
mesmo pequenas fortificações,
conhecidas como burgos;
• ascensão de uma nova
camada social, a burguesia,
associada às atividades
comerciais e urbanas;
• surgimento de f eiras que
concentravam centros de troca
de produtos, bem como a
circulação de mercadorias entre
as cidades;
• desenvolvimento da atividade
artesanal, através das oficinas e
das corporações de ofício;
• retomada do cont at o
comercial com o Oriente,
abastecendo o mercado
europeu de especiarias.
10. b
11. a
emprést imo em que o devedor
é obrigado a pagar juros.
12. e
13. b
14. b
15. e
16. 2+4=6
82
b) A Igrej a condenava o usurário
por considerar que ele não
produz riqueza ao lucrar com
aquilo que não lhe pertence.
A prática da usura estaria,
port anto, con t ra riando o
princípio bíblico de que
"ganharás o pão com o suor do
seu rosto".
c) O Renascimento comercial e
urbano, ocorrido no fina l da
Idade Média, desencadeou o
processo de fo rmação do
capitalismo. A d inamizacão
das
,
atividades econômicas fo i
acompanhada da expansão das
atividades de crédito, inclusive a
prática dos empréstimos com
juros. A mentalidade ainda
fo rtemente religiosa, ao
condenar a usura, acabava
criando obstáculos para o pleno
desenvolvimento do
capitalismo.
4. a
5. a
6. d
7. e
8. a
9. b
10. e
11. b
12. a
13. 2+4+8 = 13
14. e
TEMA 16
Relações de poder
na Europa Ocidental
medieval
1. c
Caderno de estudo
2. c
3. a
4. c
5. d
6. d
7. e
10. a
11. a
12. e
1. a
2. d
9. a) No t exto, o autor opõe o ofício
8. e
9. a
13. b
14. b
15. d
16. c
17. d
18. V-F -V-F-F
19. a
Desafio
1.
O ideal é articular os itens
destacados no esquema-resumo,
mencionando o processo pelo qual
passou a historiografia (durante
o século XIX e sua renovacão
no
•
século XX) e os componentes que
formam a construção do
conhecimento histórico,
concluindo com uma reflexão
sobre a divisão tra dicional da
história e o eurocentrismo.
2. Resposta pessoal.
3. Tomando o texto como referência,
a única alternativa errada é a D. A
maior nota dada a uma alt ernativa
indica que ela seria a mais correta
'
e a menor, a que estaria
completamente errada. Seguindo
esse critério, podemos dizer que:
A = l; B = S; C = 4; D = O.
4. Ao fixa rem-se às margens de
grandes rios e com o consequente
desenvolvimento da capacidade
de armazenar produtos agrícolas e
domesticar animais, alguns
grupos humanos t iveram um
aumento populacional. Esse
crescimen t o gerou a necessidade
de administ rar a vida urbana, a
produção de produtos, seu
armazenamento, sua distribuicão
•
e a estruturação dos poderes.
Integra-se a tal quadro a
construção de d iques e canais,
erguidos em esforcos
coletivos em
•
benefício da comunidade.
5. Sim, pois o surgimento das
cidades em meio ao crescimento
de agrupamentos humanos
provocado pela sedentarizacão
no
•
período Neolítico favoreceu as
trocas comerciais entre as vilas
que rodeavam as cidades.
6.
Resposta pessoa 1. O texto deve
contemplar cada um dos itens
citados no esquema-resumo,
podendo ser completado por
algum dos aspectos
desenvolvidos no livro -texto.
Uma possibilidade interessante é
listar em uma página os itens do
esquema-resumo, explicando
cada um deles.
7.
Ambos os povos f ixaram -se em
reg1oes prox1mas a ri os e
desenvolveram técnicas de
irrigação que permitiram o
aumento da produção agrícola.
Também houve, nos dois casos, o
aumento da população em função
da melhoria das condicões
de vida
•
provocadas pela sedentarização e
o consequente crescimento de
algumas aldeias, que se
transformaram em cidades. É
possível identificar também na
história das duas civilizações a
existência de um Estado
centralizado que, a certa altura, se
responsabilizou pela construção e
manutenção de diques e canais de
irrigação.
8. Resposta pessoal.
9. No Egito Antigo, os camponeses
estavam subordinados ao Estado,
que detinha as terras e os
instrumentos de t rabalho. Eles
rea lizavam grandes obras públicas
e trabalhavam nas construções de
diques de irrigação, armazéns,
templos, palácios e monumentos
funerários.
10. Os Dez Mandamentos
apresentados por Moisés aos
hebreus impuseram ao povo um
código moral que, sendo atribuído
a Deus, conferia unidade e
estabilidade à comunidade,
fo rtalecendo os vínculos e a
identidade entre seus membros.
11. A civilizacão
fenícia se
'
desenvolveu numa estreita faixa
de terra localizada entre o mar e
as montanhas, onde eram
escassas as terras férteis. Em
função disso, os fenícios
dependiam muito da navegação.
Assim, tornaram -se grandes
pe scadores e exímios
comerciantes, tendo controlado as
rotas marítimas de toda a costa
mediterrânica. Esse domínio sobre
os mares conferiu enorme poder a
um grup o de grandes
comercian t es e donos de
embarcações, que assumiram o
governo das cidades fenícias. Esse
governo comandado por uma elite
de homens ligados à atividade
marítima f icou conhecido como
talassocracia.
12. Para controlar seu enorme
império, Dario I dividiu-o em
unidades administrativas
chamadas de satrápias e nomeou
homens de sua confiança para
governá-las. Para manter essas
satrápias sob sua autoridade,
conservava-as sob estrita
vigilância. Além disso, impôs um
único padrão monetário e criou
um eficien t e sistema de correios
que agilizava a comunicação entre
as várias partes do Império.
13. O importante é recon hecer e
selecionar para a elaboração de
seus respectivos textos as
informações rela tivas ao tema da
política, d ife renciando-as das
demais. Com isso, articular essas
informações com autonomia, sem
copiar fragmentos soltos do text o
didático. Um exemplo possível é o
apontado abaixo:
As primeiras cidades chinesas se
desenvolveram aproximadamente
no vale do rio Ama re lo. Elas
estavam organizadas como
cidades-Estado, não havendo
então um poder central. O
primeiro estado chinês foi criado
no século XVIII a.e. pelos re is da
dinast ia Chang, que uniram várias
cidades-Estado sob sua
autoridade e iniciaram a
construção de grandes templos,
palácios e fo rt ificações por meio
da mobil ização de m ilhares de
camponeses e escravos.
Derrubada pelo ataque de um
re ino do oeste por volta de
1100 a.e., a dinastia Chang fo i
substituída pela dinastia Chou (ou
Zhou). Sob o reinado dos novos
governantes, a China, conhecida
então como Reino do Meio,
atingiu grande esplendor cult ural.
Foi nesse período que o
pensamento de Confúcio
difund iu-se pelo império,
influenciando fo rtemente os
governos seguintes. Contudo, o
fo rtalecimento dos grandes
senhores de terra e a consequent e
fragment ação do poder político
favoreceram a invasão do império
por povos nômades vindos do
norte e do oeste, o que causou o
enfraquecimento dos Chou. Por
isso, o período que se estende do
século V a.e. ao século Ili a.e. fo i
marcado pelas guerras e pela
inst abilidade política, sendo
conhecido como "período dos
reinos combatentes". Essa
situação só chegou ao fim com a
ascensão ao poder de Shi Huang
Ti, do reino Ch'in, que fundou a
d inasti a Ch'in e reun ificou o
império. Durante seu reinado,
ocorreu f orte repressão política e
fo i iniciada a construção da
Grande Muralha da China para
proteger o império contra os
invasores nômades. A morte de
Shi Huang Ti, em 210 a.e., abri u
um novo período de rebe liões
internas e disputas pelo poder,
interrompidas em 202 a.e. com a
ascensão ao poder de outra
d inastia, a Han. Iniciaria aí uma
fase de expansão e de contenção
dos hunos, invasores nômades do
norte. A dinastia Han foi marcada
pela adoção do confucionismo
como doutrina of icial, mas
também pela penetração do
budismo na China. Foi ainda um
período de grande
desenvolvimento intelectual e
comercial.
14. Durante o apogeu da civilização
védica, os indianos não
constituíam um Estado unitário,
com poder centralizado. Embora
compartilhassem uma identidade
cultura l, estavam organizados em
cidades-Estado que, ao se
expandirem, constituíam
pequenos reinos comandados
pelos rajás. Em caso de uma
ameaça maior, esses reinos
uniam-se temporariamente sob as
ordens de um marajá. A formação
de um império organizado sob a
autoridade de um único chef e
político ocorreu logo após o fim do
domínio macedônico. Durante a
d inastia Máuria, o império indiano
conheceu um período de expansão.
Respostas
83
Contudo, após a morte do
imperador Asoka, no século Ili a.e.,
o império se fragmentou
novamente, só voltando a se
unificar no século IV d.e., sob a
dinastia Gupta.
15. A atividade comercial foi um dos
principais fato res de interação
en t re os povos africanos. Outros
aspectos que favoreceram o
intercâmbio entre os povos da
África est ão ligados ao
expansionismo de re inos e mesmo
de novas potências que
avancaram sobre o continente
'
africano.
16. O Período Pré-Homérico
ca racteriza-se pela formação e
desenvolviment o da cultura
m inoica na ilha de Creta e da
civilização m icênica, no
Peloponeso. O período também é
marcado pela chegada à
penínsu la Balcânica de povos
indo-europeus, como eólios,
aq ueus, jôn ios e dó rios. Há
controvérsias sobre se esses
últ imos t eriam sido os
responsáveis pela Primeira
Diáspora Grega, ma reada pelo
esvaziamento das cidades, a
retração do comércio e o
deslocamento da população para
as zonas rurais. Muitos
historiadores afirmam que o
conjunto de povos migrantes foi
responsável por esse
acontecimento. O período
seguin t e é conhecido como
Período Homérico, pois foi
associado às obras da Ilíada e
Odisseia, at ribuídas a Homero.
Nele ocorre a formação de
com unidades gentílicas, baseadas
na exist ência dos genos,
chefiados por um pater. O
crescimento populacional,
somado à escassez de terras
férte is na Grécia, levou a uma
crescente desigua Idade na
distribuicão das terras e na
'
consequente desagregação das
com unidades gentílicas. Essas
transf ormações provocaram a
Segunda Diáspora Grega, quando
os gregos se expandiram pelo
mar Mediterrâneo fun dando
colônias, e a formação e
consolidação das cidades-Estado,
84
Caderno de estudo
as pólis, sob controle da
arist ocracia proprietária de
terras. Esse t erceiro período
recebe o nome de Período
Arca ico.
pela insatisfação dos pequenos
agricultores livres e pela ascensão
dos comerciantes acabou
f avorecendo a rea lizacão de
'
refo rmas polít icas que reduziriam
o poder dos aristocratas e
permitiram maior participação
dos demos nos processos de
decisão política, instaurando a
democracia.
17. a) As transformações que
causaram a dissolução das
comunidades gentílicas foram o
aumento demográfico
combinado à escassez de terras
férte is, processo que resultou
na apropriação das melhores
terras pelos parentes mais
próximos dos chefes dos genos
e no surgiment o da
desigualdade social no interior
da sociedade grega.
21. Durante as Guerras Médicas, os
atenienses assumiram a liderança
da Liga de Delos e o contro le sobre
os recursos recolhidos das
cidades-Estado gregas para
financiar os gastos militares. Essa
posição privilegiada permitiu que
Atenas se destacasse como
potência militar, sobretudo nos
mares. Findos os conflitos contra
os persas, os at enienses se
negaram a abo lir a Liga e os
impostos. Usando seu poderio
militar, passaram a impor seus
interesses a outras cidades-Estado, inclusive interferindo na
deposição de governos
oligárquicos para favorecer os
defensores do regime
democrático no interior delas.
Quanto aos recursos recolh idos,
eram revertidos na rea lização de
grandes obras em Atenas e na
sustentação do seu regime
democráti co. Assim, o
aprof undamento da democracia
ateniense fo i em grande med ida
subsidiado pela sua ação
imperialista sobre as demais
cidades-Estado da Grécia.
b) A pólis grega se caracteriza pela
existência de uma área rura l e
outra urbana (a Acrópole),
estando o centro de decisões
concentrado nesta última. Para
os antigos gregos, a pólis era
uma comunidade de homens
livres que decidiam de maneira
autônoma sobre os destinos da
coletividade.
18. Drácon: leis escritas
Sólon: República censitária
(Conselho dos 400 e parti cipação
de acordo com a renda), fim da
escravidão por dívidas.
Clístenes: democracia (Conselho
dos 500). ostracismo.
19. Na semelhança est á a participação
cidadã. Nas diferencas t emos: a
'
cidadania na Grécia cabia apenas
aos homens atenienses adultos
(exclusão das mulheres e
escravos); democracia direta na
Grécia e indireta no Brasil.
22. As causas do imperialismo
ateniense estão relacionadas à
supremacia, adquiri da via Liga de
Delos, e interesses comerciais sobre
t oda a área grega. Como resu ltado,
houve um descontentamento com
a hegemonia ateniense, acirrando a
riva lidade com Esparta e seus
aliados, que culminou nas Guerras
do Peloponeso.
20. Esparta não experimentou, no
século VIII a.e., as dificuldades
econômicas prof undas como
aquelas que afetaram outras
cidades-Est ado gregas. Con t rolada
por uma elite guerreira que
mantinha sob seu poder os
camponeses hilotas, organizou -se
como uma oligarquia aristocrática
e assim se manteve por centenas
de anos. Quant o a Atenas,
organizou -se, a princípio, também
como um regime oligárquico,
controlado pela aristocracia
proprietária de terras. Contudo,
a instabilidade social produzida
23.
Helênico significa grego (aquele
vem da região grega chamada de
Hélade) e helenismo, a fusão da
cultura grega com a oriental.
Nessa fusão das duas cult uras, a
art e adquiriu um caráter mais
rea lista, a arquitetura ganhou em
grandiosidade e na política
prevaleceu o despotismo.
no esquema, devem constar o
monopólio do poder político pelos
patrício s e a decorrente
margina lização dos plebeu s,
reduz idos à condição de
dependentes ou agregados dos
pat ríc ios. En t re os resu ltados,
deve ser destacada a conquista de
direitos civis e políticos pelos
plebeus, exemplificada pela
criação do tribunat o da plebe, pela
elaboraçã o da Lei das 12 Tábuas,
pela liberação do casamento entre
pat ríc ios e plebeus e pelo advento
do acesso de plebeus às terras
públicas.
25. Resposta pessoal. Exemplo:
Com a expansão territorial e
militar romana, ocorreu um
enorme afluxo de bens das
províncias conquistadas, pela
pilhagem de guerra ou pela
cobrança de tributos, o que
causou uma queda cada vez mais
acentuada dos preços dos
produtos agrícolas. Dos territórios
conquistados chegavam m ilhares
de escravos, consolidando a
economia escravista. Ao mesmo
tempo, surgia uma poderosa
classe de comerciantes, os
homens-novos, ansiosos por
alguma participação política.
Os patrícios ligados ao Senado
concentravam em suas mãos as
terras conquistadas, enquanto os
pequenos proprietários plebeus
da península Itá lica, não
encontrando con d ições de
sobreviver no campo, vendiam
suas terras e t ransformavam-se
em mão de obra barata na cidade.
Em consequência, a cidade de
Roma cresceu desmed idamente, o
que elevou a tensão socia l. Toda
essa situação configurou a crise
da República romana, pois o
governo oligárquico não t inha
mais condições de fazer f rente às
crescentes pressões sociais e
políticas.
26. As Guerra s Púnicas
possibilitaram aos ro manos a
conqu ista do Mediterrâneo
Ocidental, pondo fim à
concorrência ca rtaginense e a
principal fo rça comercial e militar
da região. Com a vitória,
centros urbanos. Pressionada
pela miséria e pela fome, a
popu lação abandonou as cida des
e buscou se fixa r nas áreas rurais,
t rabalhando nas grandes
propriedades agrícolas. Por sua
vez, o Es tado viu esvaírem-se
seus recursos, tornando-se
incapaz de sustentar a pesada
máquina pública ro mana. Essa
soma de d ificuldades (crise de
mão de obra e de pro dução,
queda na arrecadação dos
impost os, alta do cust o de vida,
rura lização) contribuiu para o
colapso do Im pério no século V.
abriram-se novas possibilidades
de con quistas. Durante a
República, os chefes militares e
os ind ivíduos enriquecidos pelo
escravismo ganharam f orça. No
lado oposto da escala social
repu blicana, a ampliação do uso
da mão de obra escrava foi
acompanhada pela
proletarização da plebe, fato r de
impu lso para a inst abilidade
polít ica no fim da República, q ue
resu ltou em dita d ura s, guerras
civis e depois na instalação do
Princ ipado.
24. Entre as ra zões a serem indicadas
27.
a) Eram invioláveis e
re presentavam os interesses
populares.
b) Consolidara m as Leis escritas de
Roma, pondo fim às leis orais
consuetu d inárias, interpretadas
segundo interesses das elites
pa trícias.
c) As propostas dos irmãos Graco
defendiam a refo rma agrária e a
garantia da distribuição de
víveres para a população
urbana.
28. A exploração das riquezas das
província s e da mão de obra
escrava em larga escala
preju dicava os plebeus na
medida em que baratea va o
custo da produção e dificultava a
concorrência dos peq uenos
produt ores. Porém, ao mesmo
tem po, perm it ia a acumu lação
de riqueza nas mãos dos
governantes, dos grandes
comerciantes e dos patrícios,
q ue financiavam a polít ica do
"pão e circo". Essa polít ica, que
consistia em oferecer alimento e
diversão à plebe, mantinha-a
min imamente saciada e
ocupa da, di minu indo as chances
de revolta e o clima de crise
social.
29. Com o fim da expansão
territorial, caiu
considerave lmente a oferta de
escravos no Império. Como
grande par te da produção
depend ia do trabalho escravo, o
re sult ado fo i uma crise de
pro dução q ue, por sua vez, t eve
como efeito um aumento do
custo de vida, principalmente nos
30. As contribuições dos romanos à
civilização ocidental estão em
d iversas esferas da nossa
sociedade, como a língua de ra iz
latina, o d ireito romano, a religião
crist ã, etc.
31.
O primeiro t riunvirato (Júlio César,
Pompeu e Crasso) desdobrou-se
na ditadura de César que acabou
assassinado por senadores. A
reação a ta l acontecimento
resu ltou na fo rmação do segundo
t riunvirato (Marco Anton io, Otávio
e Lépido), evoluindo outra vez
para d isputas entre seus
membros, que culminaria na
vitó ria de Otávio Augusto e na
inst itu ição do Império Romano.
32. A Igreja cristã bizantina mesclou-se
com valores orientais e pouco a
pouco se diferenciou daquela que
t inha sua sede em Roma. A relação
entre o Patriarca e o imperador
bizantino em muito se
d iferen ciava da relação do papa
com os governantes dos reinos
medievais europeus. Além disso,
havia divergências na
interpretação da Bíblia, a exemplo
da questão da natureza de Cristo
e quanto aos ícones (imagens).
33. Resposta pe ssoal.
34. Resposta pessoal. Exemplo:
O esquema-resumo nos mostra
que durante a Idade Média
europeia havia uma enorme
d iversidade de modelos de
organização social, política e
econômica, bem como diferentes
padrões culturais pelo mundo. Em
determina das ocasiões, esses
modelos e pa d rões conviviam de
Respostas
85
maneira ma is ou menos pacífica,
a despeito de suas dife renças,
como nas situações em que
mercadores árabes-muçulmanos
negociavam t anto com reis
africanos pagãos como com
cristãos orientais; ou quando
mercadores crist ãos eram
recebidos pelos imperadores
chineses. Nesse período, o poder
estava disperso em pequenos
núcleos, que não tinham força
suficiente para subj ugar outros
povos.
35. A conquist a do Império Romano
Ocidental pelos bárbaros deu
origem à fo rmação de vários
re inos na Eu ropa, dent re os quais
o re ino dos francos, que, graças a
uma aliança firmada entre a
monarquia e o papado, consegu iu
se expandir e constituir um novo
Império. Todavia, o imperador j á
não gozava da mesma autoridade
dos antigos governantes
romanos. De um lado, a
influência da Igrej a sobre os
assuntos políticos tend ia a
crescer e, de outro, a imposição
da autoridade imperial dependia
da lealdade da nobreza guerreira
e proprietária de terras. Essa
dependência tornou -se a inda
maíor depois que Carlos Magno
dividiu o território do Império
Franco em condados e marcas, e
entregou sua adm inistração para
nobres por ele nomeados. Após a
morte de Carlos Magno e a
assinatura do Tratado de Verdun,
aqueles nobres ampliaram seu
poder e passaram a exercê-lo
com enorme autonomia,
t ornando-se praticamen t e
senhores absolutos das terras
que administravam.
36. Resposta pessoal. Espera-se que
sej a mencionado que o Tratado de
Verdun (843) fragmentou o
Império Carolíngio, completando
o processo de descent ra lização
política da Idade Média europeia.
37. Resposta pessoal. Exemplo:
Durante a Baixa Idade Média,
houve uma reconfiguração do
espaço, principalmente no que se
refere ao renascimento comercial
e urbano. O período foi marcado
86
Caderno de estudo
pela formação de cidades em
torno dos cast elos dos senhores
feudais e nas principais
encruzilhadas comerciais, assim
como a ret omada de cidades
abandonada. Outra
reconfiguração espacial foi
causada pelas Cruzadas,
promovidas pela Igreja Católica,
que visaram à difusão da fé
católica, tomando novos
territórios, especialmente a leste
do Mediterrâneo. Esse
expansionismo cruzadista
representava a confrontação
entre cristãos e islâmicos,
disputando territórios, regiões,
comércios, valores e riquezas, em
que se destacavam as motivações
econômicas.
período de estagnação. Na
verdade, durante a Idade Média,
como em outras épocas, houve
um grande desenvolvimento
artístico e cultural, a exemplo da
arquitetura gótica, do surgimento
das universidades, etc.
41. Com o desenvolvimento comercial
impulsionado pelas Cruzadas, a
urbanização europeia ganhou
enorme impulso,
t ransformando-se em eixos de
grandes mudanças sociais,
culturais e polít icas.
42. Para Santo Agostinho, assim
como para São Tomás de Aquino,
Deus criou, a partir do nada, o
Universo e tudo o que há nele,
incluindo o ser humano, cuja
alma é imorta l. Santo Agostinho,
porém, acreditava que o ser
humano, fe ito à imagem e
semelhança divina, teria se
corrompido desde o pecado
original, de modo que a salvação
dependeria exclusivamente de
uma graça de Deus. Nesse
sentido, nada do que o ind ivíduo
fizesse poderia salvá -l o. Já São
Tomás de Aquino defend ia que o
ser humano, sendo um ser
rac ional, tinha livre-arbítrio para
escolher entre o Bem e o Mal,
podendo assím encontrar o
cam inho da salvação da alma.
São Tomás buscava, deste modo,
conciliar fé e razão, refutando a
ideia agos t iniana de
predest inação. Essa atividade
pode ser desenvolvida
interdisciplinarmente com
Filosofia. Ao estudarmos as
bases do pensamento
agostin iano e compará-las às
ideias de São Tomás de Aquino,
podemos verificar o processo de
maior valorizacão
da razão, fa t or
•
que seria ainda mais evidenciado
no Renascimento. O pensamento
de Santo Agostinho teve como
eixo o fi lósofo Platão e São
Tomás de Aquino baseava suas
ideias em Aristóteles.
38. a) Na península Ibérica, a
formação dos reinos cristãos de
Leão, Castela, Navarra, Aragão e
de Portugal.
b) No Mediterrâneo, a retomada
pelos comerciantes europeus
ocidentais das rotas de
comércio.
c) No Império Árabe, o movimento
cruzadista significou mais um
fato r de pressão, de
enfraquecimento, que
contribuiu para sua
fragmentação.
39. Resposta pessoal. Exemplo:
O expansionismo europeu
dinamizou as transf ormacões
•
econômicas e sociais. Ocorreu um
amplo crescimento comercial,
tanto pelas rot as terrestres
quanto pelas marítimas. Com ísso,
houve o desenvolvimento do
grupo mercantil, da burguesia, e
da urbanização. Também ocorreu
um aumento das atividades
artesanais, com a formacão
eo
•
crescimento das corporações de
ofício.
40. A visão negativa da Idade Média
formou-se a partir do
Renascimento Cultural dos
séculos XIV, XV e XVI. Seus
integrantes estavam interessados
em apresentar novos
encaminhamentos culturais e
artísticos, considerando aquilo
que vinha antes deles como um
43.
Na Alta Idade Média predominou a
arquitetura românica, até o século
XI, com edifícios pesados, escuros,
de planta horizontal e paredes
grossas. Pouco ornamentados,
eram prédios sóbrios, que
conduziam o fie l à introspecção e
ao silêncio. Essas ca ra cteristicas
eram coerentes com um período
de insegurança, em que se ansiava
por proteção física e espiritual. No
interior desses edifícios, o fie l
estava mais propenso à
contemplação e à obediência do
que à ação e à reflexão crítica.
Exemplo: a Igreja de
Notre-Dame-la Grande de Poitiers,
França. Diferentemente, na Baixa
Idade Média (século XII em diante),
marcada pelo Renascimento
Comercial e Urbano, predominou a
arquitetura gótica, com edifícios
leves, muito altos e ornamentados,
iluminados pelas janelas amplas de
vitrais coloridos. Nesse ambiente,
fe ito para congregar um número
muito grande de pessoas, a
sensação é a de leveza e de
otimismo, refletindo a vida mais
dinâmica das cidades. Exemplo:
Igreja de Notre-Dame de Paris,
França.
44. Resposta pessoal. Exemplo:
A Baixa Idade Média fo i o período
em que prevaleceram processos
políticos de centra lização do poder
nas mãos dos monarcas. Para
tanto, unificaram moedas,
exércitos, impostos e leis
nacionais, anulando a autonomia
dos senhores feudais. Com seus
poderios, os reis favoreceram a
dinamização comercial e o grupo
mercantil emergente, ao mesmo
tempo que garantiam a ordem e os
privilégios sociais, atendendo,
assim, à nobreza tradicional.
Sobre esses grupos vale ressaltar
que a burguesia f oi favorecida pela
imposição de condições que
conferi am maior segurança e
solidez aos seus negócios, o que
lhe garantiu prosperar
economicamente. A nobreza
acabou encontrando na monarquia
centralizada um apoio important e
para cont ro lar as revoltas
campo nesas e para ter seus
pri vilégios assegurados. No
processo, vale ressaltar as guerras
civ is, envolvendo os grupos sociais
populares, a exemplo de Wat Tyle r,
John Bali, e as jacqueries.
45. Tente montar uma nova ordenação
de itens no seu esquema -resumo,
ao mesmo tempo destacando que
o Cisma do Ocidente foi a divisão
da cristandade ocidental em vários
papas, produto do conflito entre o
rei f rancês e o papado. Esse era o
confronto entre o poder tido como
universal/espiritual do papa e o
poder rea l dos capetíngios
franceses.
46. Resposta pessoal. Espera-se que
sejam apontados aspectos da Ásia,
com a expansão mongol e seus
desdobramentos na China, os mais
importantes reinos afri canos do
período e os povos e grandes
civ ilizações da América (maias,
astecas e incas).
Respostas
87
Significado das siglas
Acafe-SC
Associação Catarinense de Fundações
Educacionais {Sant a Catarina)
Cefet-CE
Centro Federal de Educação Tecnológica
do Ceará
Cefet-PR
Centro Federal de Educação Tecnológica
do Paraná
Cefet-SP
Centro Federal de Educação Tecnológica de
São Paulo
Cesgra nrio-RJ
Centro de Seleção de Cand idatos ao Ensino
Superior do Grande Rio (Rio de Janeiro)
Ceub · DF
Centro de Ensino Un ificado de Brasília
(Distrito Federal)
Efoa-MG
Escola de Farmácia e Odontologia de Alfenas
(Minas Gerais)
Ence-U e rj-Cefet-U FRJ
Escola Na ciona l de Ciências Estatísticas,
Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Centro
Federal de Educação Tecnológica, Un iversidade
Federal do Rio de Janeiro
UEM-PR
Un iversidade Estadual de Maringá (Paraná)
UE PB
UE PG· PR
Universidade Est adual da Paraíba
Universidade Estadual de Ponta Grossa {Paraná)
Uerj
Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Ufac
Ufa!
Un iversidade Federal do Acre
UFBA
UFC-CE
Un iversid ade Federal da Bahia
Universidade Federal de Alagoas
Un iversidade Federal do Cea rá
Ufes
UFF-RJ
Un iversidade Federal do Espírito Santo
UFG-GO
UFJF-MG
Universidade Federal de Goiás
Ufla-MG
Universidade Federal de Lavras {Minas Gera is)
UFMA
Un iversidade Federal do Maranhão
UFMG
Un iversidade Federal de M inas Gerais
Universidade Federal de Mato Grosso do Su l
Universidade Federal Flum inense {Rio de Janeiro)
Un iversidade Federal de Juiz de Fora {Minas Gerais)
Faa p-SP
Fundação Armando Álvares Penteado
{São Paulo)
UFMS
UFMT
Universidade Federal de Mato Grosso
Fac. Med. ABC-SP
Faculdade de Med icina do ABC (São Paulo)
Ufop-MG
Un iversidade Federal de Ouro Preto (Minas Gerais)
Fac. Souza M arq ues-RJ
Faculdades Souza Marques (Rio de Janeiro)
Un iversidade Federal do Paraná
Fatec-SP
Faculdade de Tecnologia de São Paulo
UFPA
UFPB
Universidade Federal da Para íba
FCC-SP
Fundação Ca rlos Chagas {São Paulo)
UFPE
Universidade Federal de Pernambuco
FCMSCSP
Facu ldade de Ciências Médicas da Santa Casa de
São Paulo
Ufpel-RS
Un iversidade Federal de Pelotas {Rio Grande do Sul)
UFPI/Psiu
Universidade Federal do Piauí/Programa Seriado de
Ingresso na Universidade
FEI-SP
Faculdade de Engenharia Indust rial {São Paulo)
Fesp-PE
Fundação Universidade de Pernambuco
UFPI
Universidade Federal do Piauí
FGV-SP
Fundação Getúlio Vargas {São Paulo)
Un iversidade Federal do Paraná
FMU•Fiam ·SP
Faculdades Metropolitanas Un idas, Faculdades
Integradas Alcânta ra Machado (São Paulo)
UFPR
UFRGS-RS
UFRJ
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Un iversidade Federal do Rio Grande do Sul
FMU ·SP
Faculdades Metropolitanas Un idas {São Paulo)
UFRN
Un iversidade Federal do Rio Grande do Norte
FUA•AM
Fundação Universidade do Amazonas
UFRRJ
Un iversidade Federal Rural do Rio de Janeiro
FUABC-SP
Fundação do ABC (São Paulo)
Universidade Federal de Santa Catarina
FUC-MT
Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso
UFSC
Ufscar-SP
Furg-RS
Fundação Universidade Federal do Rio Grande
(Rio Grande do Su l)
UFSJ-MG
Un iversidade Federal de São João Dei-Rei
(Minas Gerais)
Fuvest-SP
Fundação Universitária para o Vestibular
(São Paulo)
UFSM- RS
Universidade Federal de Santa Maria (Rio Grande do Sul)
IFCE
Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia do Ceará
UFS-SE
Un iversidade Federal de Serg ipe
UFTM·MG
Universidade Federal do Triângu lo M ineiro
{Minas Gerais)
Un iversid ade Federal do Tocantins
Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia Sul-rio-grandense
UFT-TO
UFU-MG
UFV-MG
Un iversidade Federal de Viçosa {Minas Gerais)
Mack•SP
Universidade Presbiteriana Mackenzie {São Paulo)
Unaerp -SP
Universidade de Ribeirão Preto (São Paulo)
Osec-SP
Organização Santamarense de Educação
e Cu ltura {São Paulo)
UNA-MG
Un ião de Negócios e Administração (Minas Gerais)
PUCC-SP
Pontifícia Universidade Catól ica de Campinas
(São Paulo)
UnB-DF/ PAS
Un iversidade de Brasília/Programa de Ava liação
Seriada {Distrito Federal)
PUC· MG
Pontifícia Universidade Católica de M inas Gerais
Un B-D F
Universidade de Brasília {Distri to Federal)
PUC-PR
Pontifícia Universidade Catól ica do Paraná
Uneb-BA
Un iversid ade do Estado da Bahia
PUC-RJ
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
Unemat-MT
Un iversidade do Estado de Mato Grosso
PUC·RS
Pontifícia Universidade Catól ica do Rio Grande
do Sul
Un icamp -SP
Un ifap
Un iversidade de Campinas {São Paulo)
PUC-SP
Pontifícia Universidade Catól ica de São Paulo
UCMG
IFSP
lfsul-RS
Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia de São Pau lo
Un iversid ade Federal de São Carlos {São Paulo)
Un iversidade Federal de Uberlândia {Minas Gerais)
Un iversidade Federal do Amapá
Un iversidade Federal do Estado de São Paulo
Universidade Catól ica de Minas Gera is
Unifesp
Un ifor-CE
Ucsal•BA
Universidade Catól ica de Salvador {Bahia)
Un ip-SP
Universidade Paulista Objetivo {São Pau lo)
UCS-RS
Universidade de Caxias do Sul {Rio Grande do Sul)
Un iversidade do Rio de Janeiro
Udesc
Universidade para o Desenvolvimento do
Est ado de Sant a Catarina
Unirio-RJ
Un ir-RO
Un isa-SP
Universidade Santo Amaro {São Paulo)
Un iversidade de Fortaleza (Ceará)
Fundação Universidade Federal de Rondônia
Uece
Universidade Estadual do Ceará
UPE
Un iversidade Estadual de Pernambuco
UEG-GO
UEL-PR
Universidade Estadual de Goiás
USU-RJ
Un iversidade Santa úrsula (Rio de Janeiro)
Universidade Estadual de londrina (Paraná)
Vu nesp-SP
UEMG
Universidade do Est ado de Minas Gera is
Fundação pa ra o Vestibular da Unesp-Un iversidade
Estadua l Pau list a Jú lio de Mesquit a Filho {São Paulo)
88
PROJETO
múLTIPLO
Os Cadernos de Est udo do Projeto Múltiplo
foram elaborados para auxiliar o est udante
a revisar os conteúdos abordados e verificar sua
aprendizagem, trazendo quadros- resumo dos
principais assuntos e centenas de questões de
vestibulares e de olimpíadas. Na área de Língua
Portuguesa, as questões de vestibulares são seguidas
da seção "O desafio da redação".
I SBN 976-652b29395 -3
editora scipione
Não compre nem venda o Livro do Professor!
Este exemplar é de uso exclusivo do Professor. Comerc ializar este livro, distribuído gratu itamente para análise e uso do educador,
configura crime de direito autoral sujeito às
penalidades previstas pela legislação.
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